Seres de luz têm comunicado que hordas de espíritos trevosos, malfeitores e obsessores que perambulam pela Terra, têm reencarnado, pois foram abertas comportas do astral inferior. Esses seres são rebeldes, viciados, desregrados, tiranos, perversos e inescrupulosos, almas sedentas de prazer, paixão e vingança, que se atiram com avidez sobre a humanidade, revelando vícios e taras estranhas e cometendo crimes aviltantes. Com isso, a humanidade vai se pautando por sensações inferiores, pela sedução de fortuna e de luxo, ficando cada vez mais neurótica, aflita e desesperada.
Contra essa carga magnética inferior planetária, tem ocorrido a eclosão da mediunidade, para a cooperação espiritual na redenção dos irmãos, desencarnados, confortando os sofredores, comovendo os obsessores obstinados e orientando os irmãos confusos. O médium, na desobsessão é o ponto de apoio das entidades, em sua luta ferrenha contra os poderosos agrupamentos e falanges das trevas. Mas o médium pode ser o mais necessitado de recuperação espiritual, principalmente se a sua compostura moral for inferior à sua desenvoltura mediúnica. Ele deve apurar os seus atributos de elevação espiritual, para ser portador de valores úteis e bons para ofertar ao próximo.
Na preparação de sua reencarnação, o espírito que virá para a matéria com o compromisso de mediunidade de trabalho voltado, seja na Umbanda ou outra linha de energia mais densa, recebe um complemento de energia vital eletromagnética no seus chacras, o que permitirá aos guias atuarem mais intensamente nas regiões dos plexos, facilitando-lhes o domínio do corpo físico do médium e possibilitando-lhes assumir suas principais características, com seu gestual e linguajar próprios.
Essa energia também é fundamental para que o médium umbandista possa suportar a difícil tarefa que deverá desempenhar nos entraves com o baixo astral, com os espíritos cruéis que manipulam as forças ocultas negativas, com os trabalhos de magia negra, com as demandas e energias negativas em geral. Essa é uma das principais funções do médium de Umbanda, ou seja, atuar contra esse submundo do baixo astral, contra as vibrações e ataques das falanges negras.
O êxito ou prejuízo do intercâmbio mediúnico depende principalmente do estado espiritual do médium, que, em seu desenvolvimento, precisa dar atenção à sua higiene física, moral e espiritual, para ter condições de desempenhar suas tarefas. Deve resguardar-se, defender-se e limpar sua aura, utilizando-se dos elementos da Natureza, em seus banhos de defesa com ervas, no uso de essências, defumações e outros.
E todos esses preceitos e cuidados, não são regras da Umbanda, são regras de conduta da vida humana em sociedade, seja qual for a filosofia adotada. Como exemplo, uso de velas, fogo, a defumação, ervas e flores, são tanto usadas na Igreja Católica, como nos diversos terreiros de candomblé, catinbó, umbanda, etc...
Assumir conscientemente sua mediunidade e saber lidar com ela
É preciso ter consciência de que a mediunidade não limita o ser nem escraviza ninguém, apenas exige do médium uma conduta de acordo com o que esperam os espíritos que atuam no plano material através dele, para socorrer os encarnados. E digo mais, a conduta não apenas do médium, mas do homem, deve sempre primar pelos conceitos da lei universal de Deus.
O médium na Umbanda deve entender que é um “templo vivo”, no qual se manifestam os sagrados orixás e seus irmãos em espírito, para melhor cumprirem suas missões, junto aos irmãos encarnados.
Deve assimilar a inovação que seu campo biopsíquico-espiritual está recebendo, sem criar confusões, para que não ocorram conseqüências desastrosas em sua vida e na vida daqueles que necessitam da orientação de seus guias. Precisa entender que como “templo vivo” foi ungido para as práticas religiosas e precisa cumprir suas funções e realizá-las.
Médium consciente:- O médium consciente faz a captação da mensagem da entidade e a decodifica, telepaticamente. O médium recebe e transmite segundo sua compreensão psíquica varia de acordo com o equilíbrio ou desequilíbrio de sua personalidade. É preciso deixar que o Guia conduza as consultas. Não interferir nem julgar os problemas dos consulentes, nem absorvê-los para si.
Buscar a energia de força vital positiva
Essa energia está em sua essência. Sua mediunidade deve ser um instrumento para alcançar a sabedoria interior, por meio do afloramento dos estados evolutivos do eu, seguindo um processo de crescimento espiritual de integração com as energias vibrantes magnéticas e luminosas, recebidas do plano espiritual.
Nem todos conseguem incorporar os seus guias, pois suas mentes criam bloqueios que impedem uma incorporação. Ser um médium de incorporação exige um reajustamento íntimo, de tal forma que a energia mental vibre naturalmente em assim se sintonize com a dos espíritos.
Manter a harmonia entre sua vida interior e exterior
Quando há desarmonia entre o exterior e o interior do médium, sua dor emocional pode se manifestar na sua consciência exterior, de tal modo que o médium acaba perdendo o equilíbrio psíquico, deixando vir à tona quadros mentais que destoam da mediunidade propriamente dita. Estando em desequilíbrio, naturalmente, com isso, acabará por transmitir idéias contrárias ao teor da orientação espiritual ali necessária.
Não permitir a interferência das dificuldades materiais
As dificuldades matérias são temporárias e, assim que o médium superá-las, recuperará seu entusiasmo e desejo de ser útil aos semelhantes. Portanto, o médium deve manter sua autoconfiança, amor próprio e auto-estima, desenvolvendo as habilidades que o tornarão capaz de superar as dificuldades que se apresentarem.
Rever-se internamente, sempre que necessário
Assumir quando precisar de amparo e de ajuda espiritual e psíquica. Enfrentar suas crises emocionais e/ou psíquicas sem sobrecarregar os circuitos espirituais. Manter pensamentos positivos, para bons efeitos. Tanto no corpo físico com no espírito. Há emoções que geram conseqüências drásticas e bloqueios no campo espiritual, que podem comprometer a mediunidade. O sentimento de raiva, por exemplo, drena a energia do corpo, deixando-o energeticamente anêmico. O medo, imobiliza o corpo físico, pressiona as emoções e reduz o foco do espírito. O ressentimento produz erosão energética, provocando assim a depressão de todas as funções no corpo espiritual. A culpa reduz o movimento de energia entre os órgãos e sistemas, diminuindo a capacidade física de reparar e substituir células, etc.
Não sentir ciúme nem inveja dos irmãos
É preciso agradecer as oportunidades que nosso Divino Criador nos está dando para evoluirmos, de acordo com as nossas necessidades e merecimentos. Lembrar, sempre, que somos espíritos eternos em trânsito evolutivo e que não cabe a nós conhecer ou reconhecer quem possui maior ou menor bagagem e merecimento.
Cuidar do seu Dom
Dom é a manifestação superior da vida, através das vias evolucionistas dos sentidos do ser, que, se estiverem em harmonia com os princípios da Criação, fluirão naturalmente, trazendo-lhe grande satisfação. Dom não se adquire; desperta-se a partir da relação do ser consigo mesmo, com seus semelhantes e com Olorum, doador e fonte natural de todos os dons.
Essas qualidades cada um traz em si desde sua origem e também as desenvolve com sua própria evolução, nas múltiplas encarnações.
A mediunidade é um dom, é um presente recebido como forma de acelerar o processo de resgate e evolução, por isso precisa ser bem cuidada e não deve ser temida. Os que temem o dom mediúnico de incorporação estão afastando de si um bem espiritual conquistado com muito esforço nas reencarnações passadas. Quando alguém desperta o seu dom, através das condutas virtuosas, é integrado na irradiação de Luz de Força do seu orixá e passa a ser um auxiliar direto da Lei Maior, um multiplicador de qualidades do seu dom, socorrendo o maior número possível de semelhantes.
Receber com amor e carinho os novos médiuns
Deve ser ajudado e orientado no seu desenvolvimento, com maturidade, lembrando ele só conseguirá internalizar e incorporar as experiências espirituais que vivenciar em si e através de si. Não é possível aos mais velhos imporem suas experiências, mas é possível serem ótimos mestres para os aprendizes.
Ser disciplinado
Entende-se por disciplina o respeito à organização dos trabalhos, às normas e preceitos e o acatamento das diretrizes da sua casa e orientações do dirigente espiritual. Disciplina não é escravidão e obediência cega. É, ao contrário, autodomínio e conhecimento de si mesmo.A pessoa verdadeiramente livre escolhe as obrigações com as quais quer e pode se comprometer, sendo então responsável por sua escolha, disciplinando-se para agir de acordo e estar à altura dela. Os espíritos trabalhadores na seara da melhoria do universo não lhe farão exigência excêntrica alguma. A indisciplina mostra falta de consciência e autodomínio, imaturidade e leviandade.
Auxiliar nos serviços da casa e cerimônias
O médium deve estar inteiramente integrado ao seu grupo de trabalho, considerando-o sua própria casa, seu lar, colaborando para que ele prospere e cresça. Deve ter consciência do que sabe e do que não sabe fazer bem e daquilo que é necessário em cada situação, ajudando no que puder.
Ser assíduo
O compromisso com a corrente espiritual significa constância e freqüência aos trabalhos do templo. A assiduidade e a pontualidade demonstram as qualidades nobres do médium. A constância mostra a evolução individual e um caráter firme determinado e perseverante.
Sempre que necessitar faltar, o médium deve comunicar de alguma maneira à direção da casa freqüentada. Mais de três faltas seguidas só são admissíveis em casos de extrema excepcionalidade.
Obedecer
É aprendendo a obedecer que estaremos exercitando nosso conhecimento e desenvolvendo nossa evolução. Caso o médium já desenvolvido, por alguma razão tenha trocado de Centro, deve incorporar os novos valores e suas aplicações, enriquecendo ainda mais suas práticas espirituais. Depois de aceito e integrado à nova Corrente Mediúnica e espiritual, poderá oferecer seus valores para apreciação e caso sejam aceitos, serão absolvidos e integrados naturalmente às práticas da casa que o acolheu.
Ter humildade
“A modéstia a tudo favorece”, diz o ditado. É preciso ter a humildade de aceitar a existência dos Guias Espirituais e outros seres e fenômenos imperceptíveis aos nossos sentidos normais, que são bem mais limitados do que normalmente se pensa, e não criar resistência quando incorporado. Se realmente compreendeu os compromissos que assumiu, jamais será soberbo, orgulhoso, ou vaidoso, pois saberá que o médium não é um fim em si mesmo Mediunidade é sinônimo de sacerdócio e trabalho espiritual é sinônimo de atuação dos espíritos santificados no respeito e fé em Deus e no amor à humanidade. A paciência e a tolerância são virtudes importantes para que sejamos elementos de agregação da Corrente de Trabalhos Espirituais.
Vigiar os pensamentos em relação a tudo e a todos
Procurar conhecer-se e descobrir o quanto se está realmente integrado à Corrente Mediúnica que o acolheu e se foi realmente aceito pela Corrente Espiritual que freqüenta.
Zelar pela memória e tradição
A Cultura é fundamental que todo médium saiba o Hino da Umbanda, algumas preces ou cantos para seu orixá e Guias, os cantos de abertura, defumação, chamada, sustentação, subida e encerramento.
É de extrema importância o médium acompanhar as aulas de estudos que são o alicerce, a viga mestra, que dará a sustentação e o conhecimento necessário, pois sem o conhecimento verdadeiro jamais o médium estará “pronto”. Devemos lembrar sempre que a Umbanda Sagrada tem fundamento e é preciso saber preparar.
O conhecimento, aprofundamento de estudos e esclarecimentos em geral são importantíssimos. Para que isso se realize adequadamente, é necessário que os praticantes e seguidores da Umbanda estudem em profundidade os seus fundamentos religiosos, tenham boas palavras e anulem, no seu íntimo tudo aquilo que não os engrandeça. É fundamental assumir uma postura mais firme, ativa e dinâmica, pois não vamos ao templo só rezar, mas, também trabalhar como membro ativo de uma corrente espiritual. Todos os trabalhos realizados em uma gira ou nas demais cerimônias são de suma importância, para que as atividades transcorram de forma harmônica e equilibrada. Portanto todas as tarefas são importantes para o bom andamento dos trabalhos, havendo uma afinidade delas reservadas ao médium de Umbanda. É só terem consciência da beleza espiritual da religião que abraçaram com fé, amor e confiança. Não adianta ter pressa. É preciso que tudo transcorra no seu devido tempo, por meio de constante aprendizado sobre as normas e os trabalhos da casa. Agradecer as oportunidades que está recebendo do Divino Criador, de acordo com as necessidades e merecimentos.Lembrar que nem sempre o médium coroado ou recebedor de algum outro mérito é o melhor ou mais preparado, mas pode ser o que mais está necessitado daquela experiência, no momento, para evoluir.
Não alimentar orgulho
Quem se destaca como médium mais aperfeiçoado, ou cujo tempo de lapidação é mais curto que o de outrem, não se deve se orgulhar ou se envaidecer. Se galgou mais responsabilidade é porque suas forças exigem dele mais preparação para cumprir suas tarefas.
Aceitar os acontecimentos como lições e aprendizados
Nem sempre temos o poder de mudar os acontecimentos e as circunstâncias, mas podemos mudar nossa maneira de reagir a elas, aproveitando os acontecimentos como desafios à nossa capacidade de adaptação.
Texto editado pelo médium Pedro Alboneti, trabalhador da Sociedade Espiritualista Legião da Fraternidade Branca e do Centro de Umbanda Ogum Beira-Mar. Desconhecendo a autoria do original.
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