Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mãe Maria




A presença de Mãe Maria se faz sentir cada vez mais fortemente entre nós, seja por meio de um resgate histórico da atuação das mulheres em nosso planeta, seja pela atuação da mãe de Cristo a partir do plano espiritual.

Por Rosana Felipozzi


A história nos conta capítulos de um cristianismo escrito pelos homens. Mas, e as mulheres? Onde estão os relatos de suas vidas?

Até hoje, desconhecemos muitos acontecimentos envolvendo grandes mulheres que acompanharam, viveram e atuaram brilhantemente durante a passagem de Jesus na Terra. Se houve um tempo em que não era interessante saber o que essas histórias podem nos revelar, em nossos dias podemos sondar, pesquisar e até contar livremente aquilo que ficou oculto, por ser tão importante.

Alguns poderão perguntar: “Mas por que deveríamos nos ater especificamente à vida das mulheres? A questão feminina ou das diferenças sexuais teriam relevância diante da espiritualidade?”

Porém, ocorre que em nossa condição humana somos regidos pela Lei de Causa e Efeito e, a cada encarnação, ainda estamos cumprindo nossos compromissos num programa bem elaborado no qual a escolha sexual é uma das grandes alavancas para a conquista evolutiva.

Em “O Livro dos Espíritos”, no capitulo IV, Pluraridade das Existências, nas questões 200 a 202, Kardec nos responde sobre o sexo dos espíritos. Esta é realmente, uma questão bastante delicada e polêmica porque grande parte da humanidade está inserida nessa condição; ora encarnando no sexo masculino, ora no feminino. No entanto, há uma certa negligência com relação ao assunto, talvez provocada por crenças bastante vívidas em nós, mas que não condizem com os ensinamentos fornecidos pelos espíritos a Kardec, ou mesmo por total falta de observação da própria realidade enquanto espíritos.

Para muitos, a crença num Deus/Pai masculino é entendida ao pé da letra e não como uma força superior, a inteligência suprema, causa de todas as coisas. Sendo Deus a causa, não está sujeito aos efeitos, pois comanda as leis que nos regem.

As questões do masculino e feminino somente deveram interessar a todos nós, espíritos encarnados, pois necessitamos integrar esses dons.

Diante desse grau de consciência, podemos desenvolver melhor os dons e atributos femininos necessários a um espírito encarnado num corpo de mulher, o mesmo ocorrendo com os homens.

Pouco compreendemos as relações existentes entre a sexualidade e a espiritualidade, o sagrado, o profano, o que foi ocultado daquilo que é real e verdadeiro sobre esses assuntos. Talvez, ao repensarmos essas questões sob uma óptica mais profunda, estejamos também ampliando nosso entendimento sobre as relações humanas, sociais, religiosas e até mesmo políticas.

Entender o amor de uma forma mais pura e o que o refinamento e a pureza espiritual, porém verdadeiramente proporcionar às nossas personalidades, também ajudará a minimizar as diferenças de gênero, cor ou qualquer outro fator restritivo, possivelmente aproximando-nos pela observação, aceitação e vivência dessas diferenças.

Sem abandonarmos os preconceitos que há muito não condizem com a necessidade evolutiva da Terra, não seremos capazes de decidir pelo amor.

A imagem de Maria como uma grande mulher, a representante máxima dos dons e atributos femininos – dos quais conhecemos apenas uma parte – precisa ser resgatada, e seu papel, revisto. Se desejarmos ardentemente a nossa evolução e a do planeta, podemos começar por uma reflexão sobre a “escolhida” para ser a mãe de um grande ser de luz, aquele que nos ensinou o caminho do amor. Provavelmente, nós nos surpreendemos, pois há muito mais a ser conhecido sobre ela.

Rever a vida de Maria e todo o ensinamento contido em suas atuações poderá trazer à tona tudo o que nos foi subtraído por séculos a respeito do sagrado feminino.

Será que, ao conhecimento melhor sua vida, não a estaremos tornando mais humana, mais próxima, onde certamente ela gostaria de estar?

Uma boa sugestão de leitura sobre alguns aspectos da vida de Maria e seu trabalho na espiritualidade, é o livro “Maria – Mãe de Jesus” (FAE Editora). A começar pela capa, exibindo retrato de Maria – ditado pelo mentor espiritual Emmanuel ao fotógrafo Vicente avelã, através do médium Chico Xavier – todo o conteúdo nos aponta passagens desconhecidas de sua volta ou conhecida por muito poucos.

Os textos e mensagens reunidos pelo organizador Edison Carneiro são psicografias feitas por Chico Xavier; algumas informações foram extraídas do livro “Memórias de um Suicida” , de Yvonne A. Pereira; e ainda alguns relatos coletados no “Evangelho de Lucas”- considerado pelos espíritos como textos que, apesar das inúmeras traduções e transcrições, chegaram ao nosso tempo com uma parcela mínima de erros e distorções.

A maioria das descrições da vida de Maria, verdadeiros quadros verbais, são de autoria do espírito Humberto de Campos, alguns, do espírito Emmanuel, além de poemas de outros espíritos.

Logo em suas primeiras páginas lemos que “Maria é um dos espíritos mais puros que foram dados à humanidade conhecer”

Assim, seria interessante entender o que Kardec, no “Livro dos Espíritos”, nos informa a respeito da ordem a que pertencem os espíritos puros e quais são suas características. No livro segundo, em “Mundo espírita ou dos espíritos”, cap I, ele diz que os espíritos puros fazem parte da primeira ordem dos espíritos e têm como caracteres gerais a superioridade intelectual e moral absoluta, em relação aos espíritos das outras ordens, não sofrendo mais nenhuma influência da matéria.

Pertencem à primeira classe – classe única – na qual os espíritos percorrem todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria, havendo atingido a soma das perfeições de que é susceptível a criatura. Não tendo mais provas nem expiações a sofre, não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, vivem a vida eterna, que desfrutam no seio de deus. Gozam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos ás necessidades ou vicissitudes da vida material. Essa felicidade ressalta Kardec, não é a de uma ociosidade monótona, vivida em contemplação perpétua. Eles são mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Dirigem a todos os espíritos que lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoar e determinam suas missões. Assistem os homens nas suas angústias, incitam-nos ao bem e ajudam-no a expiar suas faltas.

Kardec também nos clareia o entendimento afirmando que os espíritos puros são por nós designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins, e podemos nos comunicar com eles, porém sem a presunção de tê-los constantemente sob nossas ordens.

Um período histórico bastante interessante e do qual praticamente não temos notícia por fontes oficiais, é aquele após a separação dos discípulos, ao se dispersarem por lugares diferentes para a difusão das mensagens de Cristo, ou melhor, da Boa Nova.

Nessa ocasião, Maria se retirou para a cidade de Batanéia, onde alguns parentes mais próximos a esperavam com especial carinho.

Segundo Humberto de Campos, “para aquela mãe amorosa, cuja alma digna observa que o vinho generoso de Cana se transformou no vinagre do martírio, o tempo assinalava sempre uma saudade maior no mundo e uma esperança cada vez mais elevada no céu”.

“Sua vida era uma devoção incessante ao rosário imenso de saudade, ás lembranças mais queridas. Tudo que o passado feliz edificara em seu mundo interior revivia na tela de suas lembranças, com minúcias somente conhecidas do amor, que lhe alimentavam a seiva da vida”.

Após esse tempo passado em Batanéia, informa-nos Humberto de campos que Maria aceita o oferecimento feito por João, filho de Zebedeu, de irem morar em Éfeso (cidade da Lídia, na costa ocidental da Ásia Menor).

João nunca esqueceu as observações que o Mestre lhe havia feito na cruz. Sua responsabilidade com respeito à Maria e o título de filiação recebido como prova das mais altas expressões de amor universal, sempre o acompanharam.

Humberto de Campos também relata que em Éfeso, as idéias cristãs ganhavam terreno, o que encheu de ânimo e entusiasmo tanto João quanto Maria.

Morando em Éfeso ambos firmaram uma associação de interesses espirituais. A casa de João, com a chegada de Maria, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, nas quais as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros. Enquanto Maria externava suas lembranças em sua choupana, que se tornou conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”, João pregava na cidade.

Durante sua permanência em Éfeso, Maria recebeu a visita de Paulo de Tarso. Emmanuel nos fala um pouco dessa visita: “Paulo visitou a mãe de Jesus na sua casinha singela, que dava para o mar. Impressionou-se fortemente com a humildade daquela criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo vestido de mulher.”

“Paulo de Tarso interessou-se pelas suas narrativas cariciosas, a respeito da noite do nascimento do Mestre, gravou no íntimo suas divinas impressões e prometeu voltar na primeira oportunidade, a fim de recolher os dados indispensáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os cristãos do futuro”.

“Maria colocou-se à sua disposição, com grande alegria”.

“O projeto deste evangelho continuou a ser alimentado, mas dificultado pelas viagens constantes do apóstolo”.

“Estando preso na Cesaréia, Paulo resolveu encarregar Lucas da redação”.

Valendo-se das informações de Maria, a biografia de Jesus foi então escrita. Lucas, o médico amigo, se incumbiu de escrever o velho projeto de Paulo, satisfazendo-lhe integralmente o desejo, nos informa Emmanuel. Por isso o evangelho de Lucas é também conhecido como o “Evangelho de Maria”.

Retornando aos relatos de Humberto de Campos temos:

“A Igreja de Éfeso exigia de João a mais alta expressão de sacrifício pessoal, pelo que, com o decorrer do tempo, quase sempre Maria estava só, quando a legião humilde dos necessitados descia o promontório desataviado, rumo aos lares mais confortados e felizes os dias, as semanas, os meses e aos anos passaram incessantes (...)”

“A velhice não lhe acarretara nem cansaços nem amarguras. A certeza da proteção divina lhe proporcionava ininterrupto consolo”.

Durante essa fase, Humberto de Campos nos revela que Maria, ao receber notícias de Roma, sobre as dolorosas perseguições impostas a todos os que fossem fiéis à doutrina, agora chamada de cristã, entregou-se às orações como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se encontrassem em angústias, por amor de seu filho.

Enlevada em suas meditações, Maria viu se aproximar o vulto de um pedinte. Nesse momento, afirma Humberto de campos, Maria ouviu: “Minha mãe – exclamou o recém-chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho – venho fazer-te companhia e receber a tua benção”.

Após convidá-lo a entrar e muito impressionada com aquela voz, sentiu-se emocionada e tocada por aquelas palavras. O hóspede anônimo lhe estendeu as mãos e falou: “Minha mãe, vem aos meus braços!”

Nesse instante, Maria fitou suas mãos e viu nelas as chagas, como as que seu filho revelava na cruz. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Ele, porém, levantando-a, ajoelhou-se aos seus pés e, beijando suas mãos, lhe disse: “Sim, minha mãe, sou eu! Venho buscar-te, pois meu pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos.”

Humberto de Campos nos diz que, após esse acontecimento, Maria cambaleou, querendo manifestar sua felicidade e agradecimento, mas seu corpo havia sido paralisado. Enquanto isso, aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação do anjo.

No dia seguinte, dois portadores humildes desciam a Éfeso, de onde regressaram com João, para assistir os últimos instantes da Mãe Santíssima.

Quanto ao trabalho executado por Maria no plano espiritual, destacamos alguns trechos expostos no livro e que foram descritos pela médium Ynonne A. Pereira em “Memórias de um Suicida” , através do espírito Camilo Castelo Branco, destacado escritor português do século 19 que tendo cometido suicídio, foi socorrido amorosamente pela Legião dos Servos de Maria.

Segundo suas lembranças no Vale dos Suicidas, Camilo descreve: “Uma região de muitas dores do plano espiritual que abriga aqueles que tentaram por fim à própria vida...”

Ele nos conta que o cenário desse vale é de criaturas disformes, tanto homens quanto mulheres, caracterizados pela alucinação. Uma povoação envolvida em densos véus de penumbras, gélida e asfixiante, onde se aglomeram os habitantes de além-túmulo. Porém, mesmo em lugar tão terrível, assevera Camilo, a misericórdia de Deus se manifesta. Periodicamente, recebiam a visita de uma singular caravana. Era como a inspeção de alguma associação caridosa.

Ele diz que esse grupo procurava aqueles entre os presentes cujos fluidos vitais, arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do invisível intermediário, ou de transição.

Senhoras faziam parte dessa caravana. Além delas, conta Camilo, um pequeno pelotão de lanceiros formava uma coluna, como batedores de caminhos, um cordão de isolamento contra quaisquer hostilidades que pudessem surgir. Um oficial comandante erguia uma flâmula na qual se lia em caracteres azul-celeste “Legião dos servos de Maria”.

Camilo afirma também que se passaram anos até que, finalmente, teve condições de ser socorrido e transferido para o Hospital Maria de Nazaré. Primeiramente, o comboio os encaminhou durante algum tempo, a um conjunto de muralhas, como as velhas fortificações medievais, até que parou em frente a um grande portão, que seria a entrada principal da Colônia Correcional.

Surpreso, tanto Camilo quantos seus companheiros entraram em uma cidade movimentada. Edifícios, ministérios públicos ou departamentos, casas residenciais bem como indivíduos – atarefados e uniformizados com longos aventais brancos, ostentando ao peito a cruz celeste com as iniciais LSM -, eram avistados.

Ao serem convidados a descer ao departamento de vigilância, continua Camilo, foram reconhecidos e matriculados pela direção como internos da Colônia. Daquele momento em diante, estariam sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações, pertencentes à legião chefiada pelo grande espírito Maria de Nazaré.

Nas viaturas, iguais a leves trenós ligeiros e confortáveis, puxados por cavalos e com capacidade para dez passageiros, foram levados ao departamento hospitalar. Novos letreiros indicavam, a direita, o manicômio, e a esquerda, o isolamento. Camilo e seus companheiros ingressaram pela entrada central, onde se podia ler: Hospital Maria de Nazaré.

Atravessaram imenso parque, colunas, arcadas, torres e terraços repletos de flores. Árvores frondosas e aves mansas entre outras tantas maravilhas que faziam parte dessa região.

Além do hospital, a legião dos filhos de Maria mantém também no plano espiritual outras instituições; uma delas é a Mansão da Esperança. Essa instituição é, na verdade, uma cidade universitária, segundo nos esclarece Camilo. É um local onde ciclos de estudos e aprendizagem são ensinados nas escolas.

Lá, ele recebeu ensinamentos de moral, filosofia, ciência, psicologia, pedagogia, cosmogonia e até um novo idioma, o qual será futuramente o idioma que estreitará as relações entre os homens e os espíritos.

Para finalizar Camilo nos informa que em todas essas instituições se reconhece o amor maternal de Maria. Nelas, não a encontraremos com freqüência em corpo espiritual, porque sua presença portentosa distrairia os obreiros de suas obrigações rotineiras. Mas a cada passo, em cada processo, nos menores detalhes, a sua influência e as suas orientações estão presentes.



Revista Espiritismo e Ciência – Numero 38 – Mythos Editora

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vozes sutis na Luz do Coração




Quando mergulhamos no centro de nós mesmos e nos reencontramos e descobrimos que há uma luz dentro de nossos corações...





Procurem elevar os pensamentos, para uma Causa Maior que todos nós, Fonte Imanente da Vida Universal. Cada um do seu jeitinho, com sua expressão espiritual de liberdade ao se ligar com o Infinito, da maneira que quiser.
Abram o coração naquela sintonia do Amor Maior; esqueçam-se das coisas do seu dia-a-dia, seus problemas de trabalho, de família, e seus problemas pessoais. Soltem-se um pouco. Observem o som da música e a atmosfera espiritual de que, juntos, nós participamos. Lembrem-se da presença dos amparadores e amigos sutis, que ajudam a todos nós.
Lembrem-se de que, neste mesmo momento, muitas pessoas estão na correria do tráfego, para suas várias atividades de casa, de trabalho ou de estudo. Outras, hipnotizadas em frente à televisão, condicionadas às novelas e noticiários. Outras mais, nos bares da vida, afogando as mágoas no álcool. E ainda outras, mais espalhadas em vários cantos, utilizando-se de drogas, no amortecimento da consciência, na fuga de si mesmas. Entretanto, nós estamos aqui, onde, juntos, nos conectamos a outra atmosfera, sutil, que não pertence a nenhum de nós, a nenhum espaço em particular, mas que é de todos que a sintonizam, por todo o planeta. Independente de raça, cultura ou religião, é a mesma atmosfera de Amor Profundo, que dá origem a todos nós. Observem o som da música, como permeia o ar e vai chegando até vocês...
Hoje, quando me levantei, tive a nítida percepção de que, neste dia, nada que fosse meu em particular seria importante, e que eu estaria sob a ação mediúnica direta de consciências extra físicas, para determinadas finalidades. Eu levantei sabendo que o dia não era meu! Que o dia seria para outras atividades, invisíveis e coletivas, das quais eu só sou o intermediário. Eu fui fazer o programa de rádio e lá, um pouco antes da gravação, eu vi o lance espiritual que estava rolando. Achei que era só ali, direcionado para o programa. No entanto, ao chegar aqui, eu percebi que o lance também valeria para nossa reunião. E eu vou deixar que siga, por intuição... Então, de olhos fechados e corações abertos ao Todo que está em tudo, com modéstia e serenidade, escutem essas palavras que vou projetar aqui, sob a influência dessa atmosfera sutil, em nome da Luz.
No meio da correria dos homens, o barulho, a agitação mental e física, em meio a tantas tragédias que ocorrem diariamente, muitas crianças morrendo de fome, muitas pessoas vitimadas pela violência, muita miséria, e muito sangue rolando... E um grande vazio dentro dos corações, com climas que fazem perder a esperança de dias melhores, climas pesados, que fazem o mais otimista dos homens baixar a guarda e a energia, e se entregar! Contudo, algumas vozes espirituais se levantam e, mesmo em meio à agitação, projetam suas inspirações entre os homens. Algumas vozes sutis ousam se levantar no silêncio, por entre os planos, e elas projetam suas energias, seus pensamentos e seus sentimentos, para que cheguem até aos homens de boa vontade, em seus corações, comunicando ânimo, força na jornada, inteligência para superar os desafios, e sentimentos altos para superar as dificuldades. Essas vozes sutis se levantam, no silêncio, sabedoras de que não serão ouvidas por mentes agitadas. Mesmo assim, essas vozes espirituais se erguem, e elas falam diretamente ao espírito dos homens, em seus corações. Às vezes, passam inspirações pela música, ou por intermédio de outros homens, nas condições apropriadas. De quem são essas vozes sutis, que falam aos homens de boa vontade e os exortam a permanecerem serenos e firmes na jornada? De quem são essas vozes que atravessam o infinito e chegam até nós, revestidas de músicas, de palavras amigas, e de inspirações plenas de energia? São as vozes dos nossos entes queridos, que moram em outros planos, que se comunicam com todos nós, invisivelmente, mesmo que nós não saibamos disso. E, além deles, as vozes dos mentores espirituais de todas as tradições, que orientam a eles e a nós.
Mais acima, a voz espiritual das grandes consciências que trabalham coletivamente, sempre em silêncio. E, mais além ainda, a voz dos Devas... E a voz do TODO, que, invisivelmente permeia tudo. Essas vozes espirituais vêm falando, há muito tempo, sobre os valores da consciência, sob não se deixar levar pela aparência das coisas; vêm alertando a todos sobre a prática do Bem, do esforço individual em crescer, evoluir, estudar, e seguir em frente... Essas vozes espirituais sempre exortam a humanidade sobre o respeito ao próximo, o amor, a luz e o discernimento, e os homens teimam em não escutá-las, presos de estranha surdez consciencial. Ah, essas vozes espirituais entram em contato com todos nós somente pelas vias do espírito...
Quando mergulhamos no centro de nós mesmos e nos reencontramos e descobrimos que há uma luz dentro de nossos corações. Uma luz que é a essência espiritual e que tudo sabe, tudo compreende, e que comunica, muitas vezes, aquilo que as vozes sutis vêm dizendo por dentro de nós mesmos, com os seus próprios pensamentos e sentimentos, que brotam, de forma aparentemente espontânea e que, na verdade, são delas, ligados à nós, pelas vias anímico-mediúnicas.
As pessoas fazem cerimônias, marcam datas, visitam tumbas, mas não entram em contato com essas vozes. Porque elas não estão a sete palmos para baixo da terra, nem estão no número de uma tumba, ou mesmo num cerimonial artificial, feita apenas por uma lembrança que estaciona na mente, mas não aquece o coração. Não! Essas vozes espirituais não freqüentam cerimoniais áridos, secos de amor, idealizados apenas pelo condicionamento cultural, ou pela obrigação de alguém. Estas vozes espirituais só se ligam aos corações. Não é necessária uma reunião para que elas se comuniquem. Basta apenas a sintonia entre os planos. E essas vozes ficam contentes quando vêem as pessoas reunidas em prol de objetivos maiores. Quando as vêem ligadas a sentimentos superiores, tendo a certeza daquilo que é tão importante em suas vidas. Essas consciências extra físicas, que são nossos irmãos, parentes e amigos de jornada espiritual, ficam muito contentes quando nós somos responsáveis espiritualmente com aquilo que estudamos e propomos. E elas nos saúdam de outros planos, mesmo que nós não as vejamos, mas elas estão lá, e vêem aqui. E a presença delas, lá ou aqui, não pode ser motivo de choro ou luto, mas motivo de alegria e de abraços.
E muitas dessas presenças espirituais, que nos acompanham, sequer as conhecemos nesta vida; são parceiros e parceiras, amigos e amigas de outras jornadas, e que não nos esqueceram. Nós não nos lembramos deles, mas eles se lembram de nós. Há entes queridos que nós não conhecemos atualmente. Há amigos que nós não lembramos. E, em qual condição essas vozes espirituais falam mais forte em todos nós?
É justamente nos momentos de nutrição espiritual da meditação, silenciosa e individual. Ou mesmo nas reuniões espirituais em que se encontram – ou, melhor dizendo, se reencontram -, na mesma atmosfera de luz, nos mesmos propósitos, homens e mulheres, com qualidades e defeitos, trabalhando e estudando juntos. Elas sabem da importância disso no mundo atual; percebem a importância e se reúnem e aumentam o contato espiritual, de alguma maneira. Sim, nesse mundo de tanta tragédia e tanta tristeza, essas vozes espirituais se levantam e falam de vida e de luz, principalmente quando reunidas num trabalho na mesma egrégora, no mesmo grande coração. Nesse mundo cheio coisas complicadas e pessoas confusas, com tanta agitação e barulho, também existem músicas maravilhosas.
E há pessoas maravilhosas reencarnadas aqui, no mesmo mundo, vivendo junto com a gente. Sim, nesse mundo, onde as pessoas não são confiáveis nem para si mesmas, também há amigos leais e verdadeiros, que o céu colocou em nossas vidas. Amigos maravilhosos, que viajam junto na mesma Nave Mãe Terra, na mesma vida da gente.
Levem a atenção para o chacra cardíaco e visualizem uma esfera de luz cor de rosa no seu peito (como um poderoso sol rosa brilhante). Essa luz rosada é o amor de vocês. Suavemente, façam essa luz rosa se expandir para fora da caixa torácica, como um brilho que vai se ampliando e dilatando para fora. Então, essa massa luminosa forma uma faixa de luz cor de rosa, que sai do peito alguns centímetros para frente. A seguir, essa faixa se volta para cima, faz uma curva no ar e entra pelos seus olhos. Repetindo: uma faixa de luz cor de rosa se projeta do peito para frente e se volta para cima, esticando até seus olhos e enchendo-os de luz rosa... E fluindo para cima, por dentro, para o cérebro, em busca de um caminho para sair, que vocês mesmos escolhem: o topo da cabeça ou a nuca. Entra o fluxo de energia e sai pelo ponto que vocês desejarem, suavemente. Uma faixa luminosa, sempre curvada à frente, para cima, e que entra pelos olhos. Prestem atenção na música; pensem naquelas consciências espirituais que estão ligadas a vocês e, por entre os planos, projetem um abraço, um beijo, e alegria no contato. Deixem a música passar por vocês, como médiuns dela. Que ela passe por seus chacras e se propague invisivelmente para outros seres, aqui da Terra, e além... Principalmente para aqueles que jamais ouviram algo assim.
Nesse planeta de agitação e barulhos, a música é algo maravilhoso, passando por pessoas maravilhosas, e chegando maravilhosamente a outros seres no espaço. As vozes espirituais falam também através da música e, para quem compreende e sente, ela vai preenchendo o ar devagarzinho e vai crescendo. Pensem no bem de todos, que essa música se propague para todos os planos. Pensem que isso é uma maravilha e irá curar outros, à distância, pessoas que não estão bem aqui e do outro lado. Pensem que essa música mora em seus corações, compartilhado-a com outros planos e seres, numa mesma maravilha que vai guiando seus pensamentos e sentimentos nas ondas sonoras. Deixem que ela guie suas energias... Na Luz... No Bem... Na Paz... Na Cura... Em nome do Eterno.



Escrito por Wagner Borges


Paz e Luz!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O QUE É A CANALIZAÇÃO ESPIRITUAL?



Muitos acham para o contato espiritual com seres que vivem em outros planos ou mundos dimensionais somente pode ser feito através do processo mediúnico, isto dentro dos ensinamentos da doutrina espírita, porém, existem outras formas para contatá-los. A ciência esotérica ensina que há muitas outras formas de comunicação espiritual além dos processos da mediunidade clássica.

Os cinco sentidos têm extensões que são classificados pelo esoterismo, desentidos ocultos ou canais. O contato espiritual está se tornando cada vez mais comum e o esoterismo moderno o classifica de canalização espiritual consciente, o que revela que está havendo uma nova expansão da consciência no ser humano, por isso, os canais espirituais estão começando a se abrir gradualmente na humanidade, independente da religião ou crença de cada um.

O problema é que muitos estão confundindo canalização com mediunidade; há médiuns que são canais e não sabem, e há pessoas que são médiuns, mas se julgam canais.
Segundo o espiritismo, médium é o intermediário entre os vivos e as pessoas que desencarnaram. Ora, quando existe a morte do corpo físico, a alma deixa o mundo físico e passa para o mundo astral para continuar sua jornada e, mais tarde, deixa também este plano para passar ao mundo mental. Quando completa sua jornada no mundo mental, vai para o primeiro plano da alma, que em esoterismo tem o nome de búdico, para retornar a reencarnar. Não podemos esquecer que é a alma que encarna, por isso, nunca é demais repetir o que o esoterismo oriental ensina que: “somos uma alma que tem um corpo e não um corpo que tem uma alma”.

Assim, o médium é aquele que se coloca como intermediário entre dois planos ou dois mundos, o físico e o astral. Enquanto cumpre esse objetivo, há uma contração da atividade mental, da vontade, do sentimento e da consciência, o médium pode perder de forma parcial ou total sua consciência, e pouco ou nada se recordar quando termina o trabalho espiritual. Isto porque na mediunidade a entidade pode incorporar, utilizando-se dos corpos físico e astral do médium.

Contudo, mesmo quando a entidade é de nível superior, um verdadeiro Guia, por exemplo, pode não haver incorporação mas a utilização dos canais psíquicos; neste caso, o médium pode sofrer perda parcial ou total da consciência, mas na continuidade de sua espiritualização, e por orientação do Guia, ele se desenvolve até que se torne consciente. Aqui, ele estará canalizando. Deste modo, há uma evolução na própria mediunidade. Os Guias e outras entidades que trabalham para a Grande Luz Divina, as que estão temporariamente servindo no Mundo Astral, atualmente não estão incorporando no médium; geralmente ficam ao lado dele, do lado direito ou esquerdo, por detrás ou por cima dele, mas não dentro de seu corpo. Isto leva o médium a ter uma consciência parcial ou total do que se passa durante seu trabalho espiritual.

Já na autêntica canalização espiritual, que é sempre consciente, existe uma expansão do sentimento, da mente, da consciência e da vontade. Neste caso, o canal é um intermediário temporário entre vários planos, podendo canalizar qualquer ser que esteja num dos planos superiores ao físico, sem perda de consciência. Na mediunidade comum só se consegue atingir o plano ou mundo imediatamente a seguir ao físico, o plano astral.

Na mediunidade tradicional, a perda de consciência é uma característica marcante, muito embora todo médium possa se tornar consciente e, como já disse, existe uma evolução neste tipo de trabalho; assim, a tendência dos médiuns é de se transformarem em verdadeiros canais conscientes, psíquicos e mentais.

Quando o médium busca e aceita a ajuda de seus verdadeiros Guias, segue suas instruções, ele se desenvolve espiritualmente e mais rápido alcança um nível superior de consciência. Um dos objetivos principais dos verdadeiros Guias é levar o médium ao seu Mestre de Alma, e isto depende de um correto desenvolvimento espiritual, da transformação da mediunidade em faculdade psíquica ou mental, mas consciente.

Na canalização espiritual não há a incorporação, como pode ocorrer na mediunidade. No momento da canalização há uma fusão ou união energética de nível superior com um Ser de Luz quando se trata de um canal espiritualmente desenvolvido, e nesse instante o canal é como uma parte desse Ser e o Ser é como uma parte do canal. Isto se dá nos níveis búdicos e átmicos (alma), utilizando a mente superior e os chakras cardíaco e coronário como pontes até à consciência física do canal; por isso, é uma união de almas e não de corpos.

Há, sim, uma dinamização e expansão energética dos corpos sutis do canal, da consciência, do sentimento e da mente que, muitas vezes, atinge o próprio corpo físico provocando sensações de paz, amor universal, serenidade, segurança, além de ocasionar, por vezes, mudanças na fisionomia do canal, em virtude da tônica e das energias do Ser que está sendo canalizado se-rem muito fortes.

Deste modo, a canalização é um processo de comunicação energético-espiritual consciente com seres que vivem e evoluem em outros planos, mundos, estrelas e universos multidimensionais, que acontece porque existiu uma expansão da consciência, por menor que ela seja.

Paz e Luz

http://garighan.blogspot.com

O QUE É A CANALIZAÇÃO ESPIRITUAL?



 

É um processo de comunicação energético-espiritual consciente com seres que vivem e evoluem em outros planos, mundos e universos multidimensionais.
Entre alma e a mente-cérebro-coração existe um canal principal chamado pelo esoterismo oriental de antakarana, que é como uma ponte entre planos, mundos e dimensões diferentes. Quando corretamente desenvolvido, e existindo uma espiritualização do ser humano, o canal mental e o chakra cardíaco se abrem e através deles são recebidos os ensinamentos e mensagens de sabedoria dos Seres de Luz.
Todos temos múltiplos canais psíquicos, mentais, telepáticos,intuitivos, etc. e muitos deles estão em estado latente e necessitam de desenvolvimento. Ao longo dos tempos estas potencialidades foram rotuladas de várias formas, tais como: faculdades superiores ou espirituais, dons, poderes, canais, sentidos ocultos, etc.Nos nossos dias, o termo canalização está mais em uso e serve para designar aquelas pessoas que têm um ou mais canais desenvolvidos, de modo parcial ou total, e que se comunicam conscientemente com seres que vivem e evoluem em outros planos e mundos dimensionais, tendo absoluto controle de sua mente e de sua vontade.
Não se trata de mediunidade. A canalização é sempre consciente e existe no momento da comunicação uma expansão da consciência, do sentimento, da mente e da vontade. Umverdadeiro canal deve ser uma pessoa espiritualizada, com ideais superiores de vida e de serviço aos Mestres e à Humanidade.
telepatia intuitiva é um dos canais espirituais do ser humano que vem se desenvolvendo, gradualmente, naqueles que buscam uma espiritualidade maior e mais abrangente, que não ficam confinados a livros, teorias e posturas dogmáticas, mas buscam verdadeiramente o Caminho da Luz, com pureza de sentimentos e com consciência.Estes almejam a expansão de sua sensibilidade,dos seus sentimentos, da consciência, da mente e da alma, assim como, uma unificação entre o eu inferior e o eu superior.
Esta expansão é fundamental em qualquer processo de desenvolvimento e ampliação dos sentidos físicos que estão sintonizados para captar as faixas vibratórias horizontais (visão, audição, olfato, paladar e tato), os nossos tão conhecidos cinco sentidos, através dos quais as informações do mundo externo nos chegam à consciência física. Desenvolvendo-os, expandindo-os, podemos captar as faixas vibratórias verticais, que são as que nos sintonizam com outras dimensões e nos levam ao universo fantástico de nossas almas de uma forma consciente. Segundo a ciência oficial, no espectro eletromagnético, e dentro de uma tão vasta escala de freqüências e comprimentos de ondas, a visão humana ocupa uma minúscula faixa. Existe uma grande necessidade de ampliarmos essa faixa de visão, irmos muito além do estágio atual para conseguirmos enxergar em outros mundos e planos dimensionais. Disse o Mestre Djwhal Khul, o Tibetano, através da Alice A. Bailey disse: “O trabalho telepático de alma para alma para a humanidade, esse é o tipo mais elevado de trabalho possível. Quando o homem, como alma, começa a responder a outras almas e a seus impactos e impressões, então rapidamente se torna pronto para o processo que a conduz à iniciação ...esta forma de comunicação, tem sido responsável por todos os escritos inspirados de real poder, pelas Escrituras do mundo, pelas elocuções iluminadas, pelos discursos inspirados, e pela linguagem do simbolismo. Isto só é possível quando existe uma personalidade integrada e, ao mesmo tempo, haja o poder de focalizar a si mesmo na consciência da alma. A mente e o cérebro devem, simultaneamente, ser colocados em perfeita relação e alinhamento.”
Através da canalização, os Seres que trabalham para a Luz Divina comunicam-se ou unem-se com a alma do canal, que por sua vez através do antakarana, transmite a mensagem para o chakra coronário (glândula pineal). Este passa os impulsos energéticos inteligentes para o hemisfério cerebral direito, que os envia para o hemisfério esquerdo, onde está a linguagem falada e escrita do canal e por meio da qual a mensagem é descodificada na língua pátria que o canal tenha armazenado na memória cerebral. Simultaneamente, o chakra cardíaco recebe as vibrações rítmicas dos sentimentos amorosos do Ser que se está comunicando.
Os Mestres também podem se utilizar de outros canais conscientes que o ser humano tenha desenvolvido ou que esteja em processo de desenvolvimento como, por exemplo, a telepatia intuitiva. Tudo isto, depende de muita prática, treino, discernimento, um correto desenvolvimento espiritual, grande entrega e transformação interior. O verdadeiro canal é um servidor voluntário dos Mestres de Luz ou Ascensionados e da Grande Fraternidade Branca, também conhecida como Hierarquia Oculta ou Governo Oculto do Mundo, por isso trabalha em favor da evolução da humanidade e do planeta.
Todas as mensagens ou ensinamentos espirituais canalizados, sejam eles telepáticos, diretos, escritos ou gravados, devem ser lidos ou ouvidos com o coração, com o chakra cardíaco, e não com a mente racional, que sempre procura classificar, comparar e interpretar, correndo o grande risco de distorcer a sua correta interpretação.
Os cinco sentidos humanos não conseguem ainda captar corretamente aquilo que vem de uma dimensão, plano ou mundo muito acima da terceira dimensão ou mundo material. Quando um dos canais inicia sua abertura é preciso muito trabalho para se chegar àquilo que os Mestres chamam de: “um canal cem por centro”. O que isto quer dizer? Trata-se do discípulo que não interfere em nada na mensagem ou nos ensinamentos que lhe são transmitidos, passa tudo fielmente, uma vez que sua personalidade encontra-se melhor sintonizada à alma, proporcionando um maior equilíbrio interno. Dizemos também que, neste caso, o discípulo está em unidade com a alma e que tem uma correta compreensão das suas tarefas e missões espirituais. Uma grande maioria daqueles que hoje se comunicam por estes meios com os Mestres estão em processo de desenvolvimento dos seus canais, ainda não atingiram o ponto ideal, seus canais estão parcialmente abertos, ou seja, facilmente ocorre a interferência, nas mensagens ou ensinamentos, do inconsciente ou do arsenal de conhecimentos que estão registrados no cérebro, ou, o que é mais comum, da personalidade daqueles que estão canalizando. Por isso, alertamos e aconselhamos muito trabalho na sublimação e transformação internas, o importante é não desanimar nem dar ouvidos a vozes que só geram confusão e que nada contribuem para ajudar e esclarecer. Todo autêntico discípulo sabe que deve persistir no seu aperfeiçoamento e dedicar-se inteiramente aos objetivos de sua alma e de seu espírito. Todos aqueles que estão no caminho da luz sabem que ele é infinito e que, por isso, sempre haverá muito para aprender, transformar, transmutar e renovar.
Quando um canal ainda está nessa fase onde a personalidade ou a mente interferem nas mensagens que recebe deve buscar a ajuda do Mestre para limpar as mensagens, retirando tudo aquilo que resultou da interferência da personalidade, e aproveitar as “pérolas de sabedoria” trazidas pelo Mestre (ou pelos Mestres) à sua alma.
Muitos Guias e Mentores de Alto Nível são discípulos avançados dos Mestres de Luz que se encontram no Mundo Astral servindo a Obra Divina, do mesmo modo como existem discípulos avançados e Mestres atualmente encarnados em várias partes do mundo, implantando no mundo físico o Grande Plano Divina para a Terra. Na Era Aquariana a comunicação espiritual será muito diferente do que foi conhecido no passado. Este novo processo está sendo chamado decanalização espiritual ou channeling para se distinguir do processo da mediunidade. E qualquer ser espiritualizado, quer esteja no mundo físico, astral, mental, búdico ou em qualquer dimensão, utilizará este processo de uma forma consciente, controlado pela vontade, mente, consciência e sentimento. No processo mediúnico de incorporação a entidade, que se encontra no mundo astral, se utiliza dos corpo astral e do corpo físico do médium, que por causa disto pode perder a consciência e a vontade, parcial ou totalmente. Na canalização espiritual, o ser que se encontra no mundo mental ou búdico, (ambos estão acima do mundo astral) e que está transmitindo as mensagens ou os ensinamentos através dos canais conscientes não incorpora, não limita a consciência, não impõe nada e só expõe. Ambos,
atingem uma união ou fusão onde as duas almas, simultaneamente, utilizam-se dos mesmos instrumentos, ou seja, os três veículos: mental, astral e físico. Neste processo o canal está completamente consciente, podendo parar quando quiser e canalizar onde quiser. É o canal que controla o processo e não o Mestre ou algum outro ser externo a si. Contudo, existem médiunsque estão assim classificados mas já são canais conscientes, utilizando-se da canalização espiritual. Os dois processos são bem distintos na sua manifestação.
Sobre a canalização consciente os Seres de Luz ensinam que: “Eles  estabelecem contato com a alma e suas informações fluem então através desta última para a consciência, traduzidas através das palavras e conceitos que cada um tem disponível. Existem infinidades de maneiras pelas quais Eles podem transmitir informações para a alma.” “Na canalização consciente Eles gravam na mente a mensagem por meio do que pode ser chamado também de telepatia. Alguns fazem transmissões através do emprego de uma forma de telepatia superior”6 , que se dá através docanal mental antakarana. “À medida em que cada um se desenvolve e passa a compreender mais coisas, Eles podem transmitir mensagens mais complexas ou mensagens com alcance mais amplo. As informações que cada um recebe a respeito de um tema em determinado estágio do seu crescimento serão geralmente expandidas, esclarecidas e modificadas no decorrer do desenvolvimento espiritual. É por isso que é tão importante registrar e reler o que foi canalizado”.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FORMAS-PENSAMENTO



Considerando que toda e qualquer ação e todo e qualquer pensamento fica registrado na memória vital do espírito e no éter-cósmico, pode-se caracterizar as formas-pensamento como concretizações de pensamentos. Por exemplo, se um homem, num ambiente de trabalho, sente inveja de um colega pelo fato de este se mostrar mais competente, mais esforçado e, portanto, mais solicitado e admirado, a inveja do primeiro "cria" no éter-cósmico uma forma-pensamento própria do sentimento. Essa forma-pensamento pode possuir forma física, como a de uma faca, de um homem morto, ou pode possuir forma indefinida, caracterizando apenas o sentimento pelo qual ela foi gerada. A forma-pensamento pode se depositar no éter-cósmico ou pode "colar-se" ao indivíduo invejado, no caso do exemplo em questão, causando-lhe prejuízos psíquicos e até físicos. Está aí a explicação científica do famoso "mau-olhado", agouro direcionado a uma pessoa que, efetivamente, na maioria dos casos, logra prejuízos. Porém, as formas-pensamento não se resumem apenas a sentimentos baixos. Elas podem se originar de sentimentos nobres, como o amor ou a benevolência. Por exemplo, uma mãe, amando profundamente seus filhos, ao assistir ao progresso dos mesmos, se enche de alegria e envia formas-pensamento benéficas a eles, que podem se caracterizar por imagens alegres como um coração, um rosto sorrindo, ou por formas indefinidas mas de cores vivazes e alegres. Também fatos e acontecimentos podem gerar formas-pensamento, como no caso de uma guerra em que muito sangue foi derramado e muitos espíritos sofreram atrozmente e pereceram. Tudo isso pode ocasionar uma grande mancha escura na região onde a guerra se sucedeu, com grande aglomerado de formas-pensamento negativas, gerando, não raro, perturbações de ordem psíquica nos próprios moradores da região, em função da grande quantidade de energias deletérias. Além disso, um determinado homem, através de seus incessantes clamores de inveja, pode, por exemplo, lançar formas-pensamento de um lugar para qualquer outro. Por invejar a casa de um amigo, por exemplo, um indivíduo manda, inconscientemente, formas-pensamento negativas para lá, e as mesmas ficam ali depositadas, gerando diversos males, de acordo com a intensidade do pensamento do emissor. Por isso, é sempre bom pedir em nossas orações ajuda àqueles que, mesmo sem querer, exercem esse maligno prejuízo aos outros, e pedir também que nossa casa, assim como nós mesmos, possamos ser limpos pelos espíritos amigos de quaisquer formas-pensamento negativas que possam ter-se depositado em nossa casa ou em nós. É importante acrescentar que somente os espíritos já evoluídos é que conseguem dar a forma e comandar com plenos poderes suas formas-pensamento; os demais espíritos as produzem inconscientemente. 


Fonte:www.nossolar.net/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Carta do Cacique Mutua (dos Povos Xavantes) a todos os povos da Terra







O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos. O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora. Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado. Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, agarganta pediu saliva. Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo. Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.

Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio. O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.

Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o índio.

Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes. Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento.

Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue. Pela manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Maso homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.

Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós. Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.

É verdade que, depois que homem branco chegou, o homem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo.

Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.

O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.

Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar.

Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta. O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu. Com um grito agudo perguntou: Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu? Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens. O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia.

A ave de cabeça majestosa me atraiu para a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.
Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo. Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor. As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra. Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.

Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.

Os caciques caraíbas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.

O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.

O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.
Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto!

Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer. Rio Xingu! Vamos nos fortalecer!

Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer. Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver.

Cacique Mutua",

Xingu, Pará, Brasil, 08 de junho de 2011.

Fonte: http://relampiar.blogspot.com

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Karma e Dharma




A palavra de origem sânscrita “KARMA” significa em si mesma, lei de ação e conseqüência.

O KARMA (kar= agir, fazer ; ma= efeito, ação) tem como significado básico "Ação", que gera uma reação, o que mais tarde Newton traduziu como uma das leis básicas da física: "toda ação corresponde a uma reação igual e em sentido contrário". 

Dessa forma, o karma pode ser considerado como o destino, a colheita, conseqüência do que nós mesmos criamos e semeamos. Expressa, portanto , o encadeamento das causas e efeitos, garantia da ordem do universo.

Mas como o karma é a própria formação do destino (do latim destinare= fixar previamente, determinar com antecipação), temos nosso destino nas mãos, não precisamos temer o novo, pois temos o livre-arbítrio para conquistá-lo.

O DHARMA, palavra que significa lei, dever, direito, justiça, designa a bagagem moral, intelectual e espiritual que o homem possui na vida presente, fruto do trabalho evolutivo de encarnações anteriores. É o resultado da aquisição individual em material pronto para se expandir. É o potencial para a vivência do karma. 

Sendo assim, como o passado sempre encontra o futuro, o karma também pode ser entendido como a conseqüência futura da utilização do dharma, evidenciando que o que se planta hoje, colhe-se amanhã.

Por isso o dharma é a tarefa a ser executada nessa vida, e que foi legada à Alma por seu próprio arbítrio. É a retidão, conformidade à ordem cósmica, lei que rege nossa natureza essencial. Caracteriza então a possibilidade de evolução do homem no presente. Tanto revela o que foi aprendido e deve ser revisto como o que inexiste nele, as qualidades ainda não assimiladas. É, portanto a chave para a compreensão da missão do ser nessa vida.

E para julgar nossas ações existe nos mundos superiores o Tribunal da Justiça Divina, que também chamamos de Lei Divina, composto por seres superiores, mestres de consciência desperta cuja função é pesar nossas ações e aplicar de forma justa a sentença.

Segundo as Escrituras Sagradas, existem vários tipos de Carma:

Individual: quando é aplicado especificamente a uma pessoa (é importante ressaltar que nem todo sofrimento ou acontecimento desagradável é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso sofrimento. Por exemplo, uma pessoa que é atropelada após atravessar uma rua sem a devida atenção).

Familiar: quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família. 

Regional: quando é aplicado em determinada região. 

Nacional: é uma ampliação do carma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.

Mundial: quando é aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais, atualmente vemos os problemas econômicos mundiais, iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, etc.

Katância: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e serem penalizados.

Kamaduro: que é o carma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.

Karmasaya: esse carma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério. Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos o pecado do adultério. 

O karma é o somatório das tendências da Alma, bagagem adquirida no trilhar da Evolução Espiritual durante as várias encarnações, portanto também são nossos maiores dons, potencialidades já trabalhadas, e que, estão prontas para serem doadas nessa vida, e por isso pode nos proporcionar grandes realizações.

O karma se torna negativo e difícil quando é um vício da Alma, um padrão cristalizado, um hábito, um caminho que a Alma não quer deixar de trilhar porque está apegada, seja por acomodação, ignorância ou pelo simples medo do novo. 

Não podemos esquecer, que nesta fase de evolução planetária, é muito importante é o aprendizado do livre-arbítrio, o uso sábio da capacidade de fazermos nossas escolhas, para que possamos aperfeiçoar nosso Ser Crístico. 
O termo Cristo é de origem grega (Krestòs), e significa Herói Solar, designando o Iniciado que, assim como o sol, que no centro do sistema centraliza os planetas nas suas órbitas, ao seu redor, tem a capacidade de centralizar seus corpos físico, emocional e mental, encaminhando assim suas atitudes com equilíbrio, portanto é um sábio diante do seu destino.

Essa é a possibilidade que se abre por estarmos nessa roda do karma, encadeando causas e consequências que podem nos levar à mestria do Cristo. Aceitar o dharma e se perdoar diante dos medos e das falhas, renova e floresce a Alma no seu processo de amadurecimento espiritual.


Fonte:http://ponteoculta.blogspot.com

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Médiuns anímicos e fantasiosos





Só podemos insistir fastidiosamente na tecla batidíssima de que só há um caminho para qualquer médium lograr o melhor êxito no seu trabalho mediúnico que é o estudo incessante aliado à disci­plina moral superior. O Espiritismo explica que não existem privilégios por parte de Deus para qualquer de seus filhos. Deste modo, nenhum médium ignorante, fantasioso ou anímico transformar-se-á em um instrumento sensato, inteligente e arguto, se não o fizer pelo estudo ou próprio esforço de ascensão espiritual.
Não contrariamos a tese de que é preferível o médium analfabeto, ingênuo e imaginativo, mas dotado de virtudes cristãs sublimes, ao médium intelectivo, culto e desembaraça­do, porém vaidoso, mal intencionado ou interesseiro. Mas é evidente que ainda é melhor o médium humilde, bom e desin­teressado, mas estudioso das obras espíritas e dos bons com­pêndios profanos, que se imuniza contra os automatismos psi­cológicos, as sugestões alheias e as interferências anímicas.
Atualmente o homem não precisa nascer em berço privi­legiado para ser culto, pois as facilidades modernas..., desmentem os que por displi­cência alegam dificuldade para se educar. Aliás, já nem é pre­ciso enxergar para ler, pois até os cegos já dispõem de vasta biblioteca em "braille". Alguns médiuns avessos à leitura abandonam-se à fama voluptuosa e cômoda de que são exce­lentes medianeiros, embora analfabetos. No entanto, o certo é que o fazem mais por preguiça e desinteresse do seu progres­so intelectivo e espiritual. Todo ser convocado para contribuir mediunicamente junto à mesa espírita - ou no terreiro de umbanda - deve se reconhecer uma criatura endividada procedendo à colheita dos frutos espinhosos da sementeira imprudente do passado. Sob tal condição, ela assume graves compromissos para com os seus benfeitores desencarnados, assim como é responsável pela própria renovação moral, intelectiva e espiritual.
O primeiro dever do médium analfabeto ou inculto é justamente o de alfabetizar-se e procurar adquirir cultura, lembrando-se de que o sacrifício inicial, para isso, pode ser uma imposição do seu próprio carma muito gravoso. Não se justifica o velho e cômodo sistema, muito de gosto de alguns médiuns displi­centes, de justificarem a sua ociosidade mental com a esfar­rapada desculpa de possuírem a inata intuição, sensata e certa, de todas as coisas, sem qualquer conhecimento das obras espíritas. Os mais ingênuos ainda acrescentam que o seu vasto conhecimento intuitivo os dispensa atualmente de qualquer novo aprendizado doutrinário, pois é fruto do seu contato com o Espiritismo em vidas anteriores.
Sem dúvida, todos os homens nascem analfabetos, mas todos precisam aprender a ler. Uma vez que as próprias crianças conseguem alfabetizar-se, é evidente que isso ainda será bem mais fácil para os adultos, que já possuem maior desenvolvimento e acuidade mental. Inconscientes do seu ridículo, aqueles que se blasonam de ser iletrados, mas ina­tamente cultos,  lançam tor­rentes de sandices... e exortações prenhes de lugares comuns à conta de brilhante tese filosófica...

Ramatís - do livro MEDIUNISMO.


Fonte:http://www.triangulodafraternidade.com

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