Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

Amigos do Blog Xamãs na Umbanda

domingo, 27 de outubro de 2013

Se Eu Sair... O Terreiro Fecha!



É comum que depois de algum tempo que uma pessoa está num terreiro, mesmo que em pleno desenvolvimento mediúnico, ela pense que é insubstituível.
Isso é muito comum. O indivíduo tem a sensação clara de que se ela deixar o terreiro, o mesmo não sobreviverá, não conseguirá dar continuidade aos atendimentos e/ou coisa parecida. Ela começa a se achar vítima do sacerdote, dos médiuns mais antigos, dos seus irmãos de fé e até da consulência. Ela começa a ter um desejo inconsciente de "punir o terreiro" através da sua saída, pois ela terá a certeza que todos virão de joelhos implorar a sua volta.
Sei de pessoas que ficaram totalmente decepcionadas e mesmo depressivas ao verem que o terreiro em que eram membros sobreviveu à sua saída e que alguns meses depois nem se lembravam mais dela. Geralmente essas pessoas começam a falar muito mal do terreiro, do sacerdote e até mesmo inventam boatos dizendo que o terreiro está com problemas espirituais, administrativos, de moralidade ou outros quaisquer e por isso ela o deixou.
Conheço pessoas que ao deixar seus terreiros comentaram ter absoluta certeza de que seus "ex-sacerdotes" viriam correndo oferecendo um "cargo" ou alguma regalia para que voltassem. Um homem que conheci, não aceitou o convite de frequentar a corrente mediúnica de outro terreiro dizendo estar aguardando o telefonema do sacerdote pedindo sua volta. Eles não conseguirão sobreviver sem mim, afirmou ele.
Meses depois, ele não frequentava nenhum lugar ainda, outros do tipo abrem seus próprios terreiros...
Quero deixar claro que esse sentimento de ser insubstituível é natural em muitas pessoas, pois elas realmente são pessoas-chave para os terreiros em que frequentam. De fato, seus sacerdotes sentirão muito a sua saída. De fato elas farão falta. Mas cuidado para não cair nessa armadilha.
Da mesma forma e com a mesma gravidade, conheço sacerdotes que acreditam que os médiuns e membros do terreiro jamais deixarão sua corrente mediúnica e dizem: "ele não encontrará terreiro igual a este" ou ainda "ninguém o aceitará e ele voltará de joelhos pedindo para ser aceito".
Os dois lados se enganam. A verdade é que nem membros, nem sacerdotes são insubstituíveis e é preciso ter muita humildade, calma, paciência e, principalmente, muito equilíbrio para entender essa verdade.


Reflita sobre isso!
Por Rodrigo Queiroz (texto adaptado do original "Se eu sair, minha empresa fecha" de Luis Marins)

Fonte:http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br

sábado, 12 de outubro de 2013

Oração a Oxum


Saravá Mamãe Oxum.
Saravá Protetora dos velhos, das crianças e dos desamparados.
Benditas são suas águas que lavam meu ser e que me livram do mal.
Oxum, Divina Rainha, bela Orixá, venha a mim caminhando na Lua cheia e estendei o
Vosso Manto sobre minha cabeça.
Traga Mãe, em suas mãos, os lírios do amor e da paz.
Torne-me doce, sedutor e suave como és.
Dai-me forças para não cair extenuado pelo cansaço e pelo desânimo.
Dai-me forças para que eu não me perca nos caminhos da ingratidão e da descrença.
Amparai-me com o Vosso Poder, para que eu não me enverede pelas estradas escuras do pecado, da ambição, do ódio e da maldade.
Afastai de meu coração o sentimento de vingança.
Dai-me forças para saber perdoar os que me ofendem, os que me insultam, os que me perseguem e os que me humilham.
Que o amor seja constante em minha vida.
Que eu possa amar a tudo que existe.
A Vós Mamãe Oxum, que sois o reflexo divino do Amor, ergo as minhas preces em agradecimento pelas bênçãos que recebo e que irei receber.
Nas águas das cachoeiras, nos lagos e nos rios, a Vossa força irradia proteção e luz para os sofredores, os enfermos e os angustiados.
Ajoelho-me ante o Vosso manto luminoso e suplico com toda a minha fé que não me abandone nas horas de aflição e amargura.
Ajudai-me Mamãe Oxum, protegei-me agora e sempre.
Perdoe-me pelas minhas falhas.
Perdoai os meus erros e as minhas omissões.
Lançai o esplendor da Vossa Luz em meus caminhos para que minha humildade se transforme em força, a fim de chegar até Vós.
Saravá Mamãe Oxum.Orá iiê Oxum
 



Fonte:juntosnocandomble.com.br

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A inveja e o ciúme


Estes dois germens morais, atormentadores da criatura, mereceram de Allan Kardec uma indagação, por considerar necessária uma explicação sobre em quem recairia a culpa dos sofrimentos morais do homem. Ele já sabia que os (sofrimentos) materiais se originam no homem. Através da pergunta 933 de “O Livro dos Espíritos”, ficou sabendo que a inveja e o ciúme são dois vermes roedores, felizes são os que os desconhecem e que quando eles atacam não há calma nem repouso possível para quem os porta. São autênticos fantasmas que não dão tréguas e perseguem o homem até nos sonhos. Levantam o objeto das suas cobiças, do seu ódio, do seu despeito. O invejoso e o ciumento vivem ardendo em febre contínua. Desta forma, o homem passa a criar para si mesmo suplícios voluntários, fazendo com que a Terra seja um verdadeiro inferno. Abramos um parêntese: recorrendo ao dicionarista Aurélio Buarque de Holanda, perceberemos que ciúme é também um despeito invejoso; é inveja. E inveja é desgosto, pesar pelo bem ou pela felicidade desfrutada pelo outro. Pode-se sentir o quanto estes dois sentimentos, no fundo, possuem quase idêntica significação. Assim, anotaremos os dois como sinônimos, malgrado sintamos a nuance existente entre eles. Fechemos o parêntese. Aproveitando a oportunidade, Allan Kardec faz um comentário sobre a resposta dos Espíritos Orientadores, explicitando que a pessoa ciumenta o é, por natureza, de tudo que se eleva, de tudo que possa destacar-se da craveira comum. Mostram-se ciumentas porque não podem conseguir o que o outro logrou. Aditou mais que o homem só é infeliz pela importância que dá às coisas deste mundo. A vaidade, a ambição e a cobiça não atendidas lhe fazem infeliz. Caso ele colocasse seus pensamentos sobre o infinito, que é o seu destino, muito insignificantes e pueris lhe pareceriam as vicissitudes da Humanidade. Quem só vê felicidade na satisfação do orgulho dos apetites grosseiros é infeliz, mais ainda quando não os pode atender. Aquele, no entanto, que nada deseja ou ambiciona de supérfluo pode considerar-se feliz, enquanto o ciumento e o invejoso, na mesma situação, sentem-se vivendo uma calamidade. O homem civilizado, geralmente, raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Procura, entrementes, os meios disponíveis para dela sair. Investe neles e encontra a consolação no ensino cristão que lhe fornece a esperança de um futuro melhor, mais ameno. Percebe, claramente, que no Espiritismo encontrará a certeza desse futuro, caso siga seus ensinos. O ciúme/inveja leva à infelicidade, é inconteste. Necessário se torna, pois, conhecermos como ele se introduz em nosso íntimo. Saberemos entreter contato com ele quando refletirmos sobre a sua origem. Aí teremos a plena consciência da sua existência em nossa vida e nos capacitaremos a lidar com ele. Qual, então, o mecanismo que nos enfraquece o interior, viabilizando que a inveja/ciúme se interiorize em nós? Tudo se resume numa palavra: comparação. Quando se fala em inveja/ciúme chega-se à comparação. O processo comparativo está no contexto existencial do ser humano na Terra. Ele tem necessidade de alguém que lhe sirva de modelo emulativo. Quando nos comparamos com alguém e nos sentimos inferiores, nasce a inveja/ciúme, sutilmente. Pode afirmar-se que inexiste a inveja/ciúme se antes não tiver havido a comparação. A inveja/ciúme (lembram eles a estreita relação existente entre o amor e a caridade. Quem é caridoso, ama; quem ama, é caridoso ) é um sentimento inferior que se instala em nós sob a forma de frustração, de tristeza, de mal estar, de constrangimento por nos vermos miniaturizados, inferiores a alguém. Sentimo-nos menores por não termos o que o outro possui, seja o que for. A criatura entra em desequilíbrio íntimo, oriundo deste sentimento paralisante das verdadeiras forças psíquicas. Não desfrutamos do mesmo padrão de vida, da mesma cultura, do mesmo perfil físico, da mesma situação social e espiritual do semelhante e isto nos incomoda. A inveja/ciúme não aparece repentinamente, porém, instala-se de forma gradativa, imperceptível. Um dos primeiros sinais da presença dele rondando o nosso campo mental é nos acharmos melhor do que o outro e com isso passarmos, quase sempre, a nos vangloriarmos, enaltecermo-nos procurando, com esta atitude, manter o nosso equilíbrio que se insinua fugir. Ao criticarmos, diminuirmos, ofendemos alguém, sentimos necessidade de falar mal dele, estamos sentindo inveja/ciúme de sua performance. O arrogante é a pessoa que, em se comparando com alguém, a este se sente inferior. Já o invejoso/ciumento não tem como ver a luz , a alegria, a simpatia do outro, não encontrando, assim, respostas para a diversidade do mundo e das criaturas. A inveja/ciúme termina por conduzir a pessoa a não se gostar, a uma auto-aversão. A pessoa auto se rejeita por não se ver maior e melhor do que o outro. É uma frustração consigo mesma, é sentir-se triste com o que se é. Chega-se a dizer que a melhor definição para o homem não é mais a de um animal racional, mas a do homem como um animal que se compara e se imita. Tudo no homem gira em torno do estado comparativo, baseando-se o processo social na comparação. Aprende-se desde cedo a interiorizar esse processo em nosso modo de ser. As pessoas e as coisas são sempre comparadas umas com as outras. Todo processo comparativo inicia-se na família, que em um ou noutro momento nos foi apresentado alguém ou algum comportamento como modelo. Todos se sentem tão envolvidos pelo processo que nunca se dão conta da sua existência. Na escola há o mesmo sistema baseado na comparação. Busca-se, pelo estímulo em que todo aluno está imerso, que se tem de alcançar o primeiro lugar, a classe mais adiantada, o melhor conjunto esportivo, o mais eficiente professor se deve ter, a melhor nota... Assim acontece na sociedade, nos filmes, na propaganda no rádio, na televisão, nos jornais. Propaga-se que se deve olhar alguém com todas as possibilidades de riqueza, poder, prestígio, inteligência, beleza e magnetismo pessoal. Então, a propaganda passa a nos oferecer recursos e meios para chegarmos lá também, através da inoculação em nós do ciúme/inveja daquela posição. A inveja/ciúme é o sentimento que mais nos oprime, que mais nos enforca. Portanto, invejoso/ciumento é todo aquele que, no lugar de sentir prazer com aquilo que é ou com aquilo que tem, sofre com aquilo que não é e com aquilo que não tem. O gostar-se e o amar-se estão no cerne da questão. Não temos como hábito fazer a comparação conosco mesmos, o que seria altamente vantajoso. Não fazemos jamais uma análise do índice de crescimento nosso nos últimos tempos. Estamos melhores ou piores em termos sociais, psicológicos, financeiros, espirituais e morais? Na auto-comparação, fortalecemos o nosso ego, o nosso ponto de equilíbrio, e passamos a nos dirigir de dentro de nós mesmos e não do ponto de vista dos outros. Seremos, assim, o ponto referencial, donos de nossa vida e não mais temos os outros como ponto fundamental da nossa ânsia de viver. Este procedimento realiza o encontro de nós conosco mesmos. Somos o nosso apoio, e não buscamos sustento fora, porém, dentro de nós. Existimos para sermos, não melhores do que os outros, mas para sermos melhores do que nós próprios. Na essência de todo sentimento de inveja/ciúme existe o sentimento de admiração. No entanto, esta admiração somente surge caso estejamos já em postura de agradecimento pelo que alcançamos em termos de posição social, cultural, intelectual e moral. O invejoso/ciumento, ao ver alguém a quem deveria admirar, é impulsionado a malhar essa pessoa. Pode-se comparar com a situação dos planetas e das estrelas. Estas têm luz própria, enquanto aqueles dependem delas para refletir a luz que recebem. Por isso é que o amigo é aquele que se sente feliz com a felicidade do amigo, não o invejoso que tenta roubar a alegria do outro. Não se resolve a inveja/ciúme torcendo pela derrota, pela infelicidade do outro. No fundo ele sofre duplamente: pelo que o outro tem e pelo que não lhe é dado possuir. Sendo padrão de nós mesmos, reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Apenas exercitando a auto-comparação conseguiremos chegar à auto-aceitação, à realização própria do nosso tamanho. Conta-se que um sábio se achava triste, preocupado antes de morrer. Foi ele indagado pelos alunos sobre a causa daquela situação estranha, tendo em vista que ele havia sido, durante toda a vida, um exemplo de coragem como Salomão e de justiça como Moisés, de humildade como Francisco de Assis. O sábio respondeu: Exatamente. Quando eu me encontrar com DEUS após a minha morte, sei que Ele não vai me perguntar se eu fui Moisés ou Salomão, mas se eu fui eu mesmo.

Fonte:web

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Agressividade





Vivem-se, na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual no querido orbe terrestre.

O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as áreas do comportamento humano e da convivência social.


Desconfiança sistemática aturde as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias.


A probidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e a afabilidade são substituídas pela animosidade contumaz.


As pessoas mal suportam-se umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem significado.


Explica-se que muitos fatores sociológicos são os responsáveis pelas ocorrências infelizes.
Apontam-se a fugacidade de todas as coisas, a celeridade do relógio, o medo, a solidão e a ansiedade, como responsáveis pela frustração dos indivíduos, gerando as situações agressivas que os armam de violência e de perversidade.


A cultura e a ética não têm conseguido acalmar os ânimos, deixando que a arrogância e a presunção enganosas tomem conta dos incautos que se lhes submetem docemente.
Os relacionamentos sem afetividade real, estimulados por interesses nem sempre nobres, tornam-se em antagonismos, em decorrência de alguma negativa que se torna oportuna e é direcionada ao outro.


A maledicência perversa grassa nos arraiais dos grupos, minando as bases frágeis das amizades superficiais, e, não poucas vezes, transformando-se em calúnias insidiosas. Mesmo entre as pessoas vinculadas às doutrinas religiosas libertadoras que se baseiam no amor e na caridade, no respeito ao próximo e no culto aos deveres morais, o vício infeliz permanece, destruidor.


Armando-se de mau humor, não poucos homens e mulheres externam o enfado ou os sentimentos controvertidos em que se consomem, dando lugar a situações vexatórias. Em mecanismo de transferência psicológica atiram os seus conflitos à responsabilidade dos outros, como se estivessem desforçando-se da inveja que experimentam em relação aos mesmos.


Aumenta, assustadoramente, a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos, sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonização individual ou coletiva.


Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade.
As autoridades dizem-se atadas a dificuldades quase insuperáveis em razão do suborno, do tráfico de drogas, dos desafios administrativos, da ausência de pessoal habilitado para os enfrentamentos, falhando, quase sempre, nas providências tomadas.


Permanecem, desse modo, os comportamentos infelizes nos lares, nos educandários, nas vias públicas, no trabalho...
A agressividade é doença da alma que deve merecer cuidados muito especiais desde a infância, educando-se o iniciante na experiência terrestre, de forma que possa dispor de recursos para vencer a inferioridade moral que traz de existências transatas ou que adquire na convivência doentia da família...
* * *
A agressividade é herança cruel do medo ancestral, que remanesce no Espírito desde priscas eras.
Não diluído pela segurança psicológica adquirida mediante a fé religiosa, a reflexão, a psicoterapia acadêmica, a oração, domina os recônditos do sentimento e exterioriza-se de forma infeliz na agressividade.


A ausência dos diálogos domésticos saudáveis entre pais, filhos e cônjuges ou parceiros, que se agridem mutuamente, sempre ressentidos, extrapolam do lar em direção à via pública, transformada em campo de batalha, segue no rumo do local de trabalho, e até aos clubes de recreação, em contínuo destrambelho das emoções.


Nesse contubérnio afligente, Espíritos irresponsáveis e frívolos aproveitam-se das vibrações deletérias e misturam-se com esses combatentes perturbados, aumentando-lhes a ferocidade e estimulando-lhes os instintos inferiores.


O resultado são os crimes hediondos, asselvajados, estarrecedores, que aumentam o índice de maldade em razão da ingestão de bebidas alcoólicas, de drogas alucinantes e fatais...
A civilização contemporânea periclita nos seus alicerces materialistas, ameaçada pela agressividade e pelo desrespeito moral que assolam sem freio.


Sem dúvida, estudiosos do comportamento, educadores sinceros e devotados, religiosos abnegados, pensadores sensatos e sociólogos lúcidos vêm investindo os seus melhores recursos na construção da nova mentalidade saudável, em tentativas ainda não vitoriosas para a reversão do quadro aparvalhante, confiantes, no entanto, nos resultados futuros.
O progresso moral é lento e exige sacrifícios de todos os cidadãos que aspiram pela felicidade e pela harmonia na Terra.


As respeitáveis contribuições da Ciência e da Tecnologia, valiosas, sob qualquer aspecto consideradas, respondem por muitas modificações das estruturas ultramontanas, suprimindo a ignorância e o primitivismo. Nada obstante, também são usadas para o crime de várias denominações, especialmente através dos veículos da mídia: os periódicos, a Internet, a televisão, assim como o teatro e o cinema, com a sua complexa penetração nas massas, às vezes, usados vergonhosamente e sem qualquer controle, oferecendo campo de vulgaridades e informações que preparam delinquentes e viciosos...


A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se enferma gravemente, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente generalizando-se, conseguirá, no momento próprio, oferecer a recuperação, o reencontro com a saúde após a exaustão pelas dores...

Instala-se, desse modo, lentamente, o período da paz, da brandura, da fraternidade.
Sofrido, o ser humano ver-se-á compelido a fazer a viagem de volta às questões simples e afáveis, à amizade e à ternura, qual filho pródigo de retorno ao lar paterno após as extravagantes experiências que se permitiu.


Que se não demorem esses dias, que dependerão do livre-arbítrio dos indivíduos em particular e da sociedade em geral, embora o progresso seja inevitável, apressando-se ou retardando-se em razão das opções humanas.
* * *
A agressividade infeliz é doença passageira, embora os grandes danos que produz, cedendo lugar à pacificação.
Torna dócil a tua voz, nestes turbulentos dias de algazarra, e gentis os teus gestos ante os tumultos e choques pessoais...


Com sua sabedoria ímpar, Jesus assinalou: Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra.
Suavemente permite que a mansidão domine os territórios das tuas emoções, substituindo esses infelizes mecanismos da inferioridade moral pelos abençoados valores da verdade.


Divaldo Franco/Joanna de Angelis


Fonte:mensagemespirita.com.br

MÉDIUM DE QUE?!?!?!



Muitas vezes nos deixamos levar por estados de tensão deliberada e sucumbimos a forças violentas que nos envolvem mental e emocionalmente, formando um barril de pólvora psíquica que pode a qualquer momento explodir em atos de cólera avassaladora, agressão interna e fazer com que nos tornemos médiuns de atitudes pecaminosas e sejamos arrastados nas ondas psíquicas* e emocionais de agentes extrafísicos** da mesma natureza, tornando-se parte de uma reação em cadeia na qual já não se consegue mais distinguir quem é o obsessor e quem é o obsidiado.

Assim podemos nos tornar médiuns da desarmonia e da infelicidade, tornando-nos loucos temporários, permitimos-nos vivenciar as conseqüências de nossos próprios condicionamentos viciosos e diários, conscientes e inconscientes.

Depois nos permitimos chorar como crianças perdidas na noite escura, culpando uma vida que julgamos injusta, sentindo a dor dos sentimentos e emoções densas extravasadas e tentando se adequar à uma realidade agora arrasada pelo ódio e sofrendo as conseqüências do teor dos atos que praticamos.

Somos sempre influenciados e sugestionados uns pelos outros. Mas, no final, a decisão à vontade da prática de qualquer ato é sempre da própria pessoa. Mesmo que tenhamos em nossa companhia os piores tipos, a decisão final de qualquer ato que se pratique é da própria pessoa.

O quanto tentamos nos esconder atrás de nossas máscaras*** de “anjos” sem nos darmos conta de nossos defeitos escondidos em baixo do “manto da espiritualidade oca e vazia?”.

O quanto somos médiuns da nossa turbulência interna que não encontra paz na “Terra de nós mesmos?****

Para o verdadeiro trabalho espiritual, devemos encontrar força em nossa “herança cósmica”*****, muita determinação e vontade inabalável para vencer os nossos fantasmas do passado, nossas formas mentais oriundas de um passado mal resolvido, de muitas vidas manchadas pelo que chamávamos de “justiça”, feita através da espada banhada a sangue, onde as feridas abertas na Terra permanecem como cicatrizes espirituais de um passado cheio de dor, sem lucidez.
Hoje encontramos possibilidade de renovação, de limpar essas manchas com a luz do discernimento e do amor aos mesmos próximos de outrora!

Somos seres condicionados a atos violentos, explosões emocionais variadas. Temos nossas emoções e pensamentos moldados pelo ódio, pela vaidade, pela ganância, pela arrogância durante milhares de anos, mas hoje recebemos vinhas de luz que nos permitem trabalhar a cada dia para dissolver gradativamente nossos desvios, tornando-nos um caminho direto para a luz espiritual de fraternidade e compaixão.

Não deixemos nosso paiol se encher com a mesma pólvora que nos faz explodir vida após vida, e que cada ser espiritual que se aproximar seja tocado pela força e coragem de mudar, pela esperança de se tornar algo melhor a cada dia mudando assim a realidade a nossa volta.

Que nossos encontros espirituais se tornem comemorações extrafísicas****** de pessoas que olham para um passado longínquo e sentem no brilho do olhar a beleza da esperança de uma nova vida livre da dor do ódio e da discórdia. Com um abraço fraterno e um caminhar de mãos dadas onde o único risco é o de ser atingido pelas flechas do amor e do discernimento no caminho da evolução espiritual.


Vanderlei Oliveira 


Notas:

 Ondas psíquicas: Ondas mentais criadas por grupos de pessoas com idéias afins.
 Agentes extrafísicos: Seres espirituais que se manifestam sem serem vistos por não possuírem o corpo físico mais denso.
 Máscaras de Anjos, ou Máscaras espirituais: São nossas “capas”, em ambientes espirituais. Tentamos passar a imagem de anjinhos escondendo e sem dar conta de que o ego camufla nossos verdadeiros defeitos, escondendo-os até de nós mesmos.
Terra de nós mesmos: Termo utilizado pelo amparador Emmanuel, através de Chico Xavier, para designar o nosso próprio interior, nossos próprios pensamentos, sentimentos e emoções.
 Herança cósmica: O potencial divino existente em todos os seres. A luz espiritual que reside e sustenta todas as formas de vida.
Comemorações extrafísicas: Encontros de grupo de desencarnados que viveram momentos em conjunto em encarnações na Terra e se encontram para matar saudade e relembrar passagens de vidas que ficaram para trás.


Fonte:http://soufelizporserumbandista.blogspot.com.br

sábado, 20 de julho de 2013

Amor, palavra de ordem na gira!



Amor, palavra de ordem na gira!
"O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor." (Rom. 13,10)
"Chegado mais um dia para exercer minha mediunidade! Que bom amanhã é dia de gira!"
Todos os dias por todo o nosso país e por diversos outros países médiuns de Umbanda começam suas preparações para irem para as giras.
Fazem seus preceitos (dieta alimentar, banho de imantação, etc) e vão até seus terreiros. 
E logo pensamos: "Hoje vou estar pronto para ajudar meu semelhante. Quero me doar, quero permitir que as entidades possam realmente passar sua luz e energia aos espíritos, encarnados e desencarnados, que estarão no terreiro."
Chegando no terreiro, olhamos a assistência e vamos nos trocar, conversar, etc.. Toca o adjá e nos deslocamos até o congá para mais um dia de gira. "Pronto agora vou me concentrar e me doar."
Muitas vezes sequer temos este pensamento, não é verdade? E vejam que este pensamento não basta! É sim um bom e grande início, fundamental até, mas não é tudo! Você imediatamente vai pensar: "O nosso Pai-de-santo endoidou! o que ele vai querer agora?"
Nossa postura enquanto umbandistas deve ser diária. Mas não é isso que quero falar hoje, quero falar de nossa postura antes e durante a gira. Devemos olhar para a assistência e agradecer a cada um que ali está. Olhar para todos os cantos e agradecer a todos os espíritos desencarnados e necessitados que ali estão. Entender que não somos nós que estamos ajudando eles. Que esta relação de nós ajudarmos e eles (assistência) são ajudados. Pois isto é uma mentira!
Um terreiro só existe quando existe assistência, encarnada ou desencarnada! São os irmãos da assistência que darão a oportunidade sagrada para o nosso trabalho, para o nosso resgate kármico, para a abençoada tarefa de exercício mediúnico. Ou seja, a assistência não pode e não deve ser encarada como pessoas que estão lá para receberem algo de nós. Porque nós é que vamos receber a oportunidade, nós é que estaremos recebendo esta dádiva. Quem dará aos irmãos da assistência e a nós, são os Orixás por meio dos guias e protetores.
Você poderá dizer que está dando o seu tempo, seu suor! É verdade, nós realmente estamos dando muita coisa, sacrificando outras. Mas sem nenhuma dúvida não estamos fazendo favor a ninguém! E este pensamento, o de fazer favor aos outros, é que devemos abolir completamente. Afinal ele é o irmão do orgulho, primo do egoísmo e marido da soberba. Nós não estamos fazendo favor a ninguém, senão a nós mesmos!!!
Estamos na gira para ajudar! Sem dúvida. Estamos na gira para nos doarmos! Sem dúvida. Estamos na gira para praticar a caridade e exercer o amor! Sem nenhuma sombra de dúvida. E tudo isto não significa em absolutamente nada que estamos fazendo um favor a quem quer que seja.
Amar de forma verdadeira e plena, e assim praticar a caridade, exercer a doação de mente, corpo e alma, e ajudar a todos que se deslocarem até um terreiro esta é a nossa tarefa! E devemos fazê-lo com humildade, e nunca nos sentindo superiores aos irmãos da assistência, pois de fato não o somos.
Seguindo esta lógica e esta postura como olhar para a assistência e não agradecer a cada um por ali estarem? Como não nos curvarmos diante de cada um ali e perceber como eles são importantes, e como a Umbanda é abençoada por me dar esta oportunidade? Como não tratar todos que vão ao nosso terreiro com muito respeito, com muito amor e devoção?
Com esta postura não podemos tratar ninguém com desdém, com superioridade, com arrogância como se fôssemos os salvadores! Olhar para cada um da assistência e nele enxergar Deus, e tratá-lo como se Deus fosse, como se fosse um ente que mais gostamos, esta será a nossa postura! Não só nas consultas, não só incorporados, mas antes da gira, na hora de chamar para as consultas, nos intervalos, enfim, demonstrar que o Amor é a palavra de ordem na gira!!!!
Deixar todos confortáveis, fazer com que todos se sintam acolhidos, benvindos, e que aquele local (o terreiro) sempre estará de portas abertas para eles e que sempre serão recebidos com amor e felicidade, com alegria mesmo. É mais que uma postura, é um dever de cada um dos médiuns. E é o começo de nossa atividade enquanto umbandistas, é o início dos trabalhos de caridade da Umbanda, é o amor em exercício!
Tratem todos como gostariam de ser tratados! isto é o mandamento de Cristo: Amar o teu próximo como a ti mesmo!
Obrigado a todas as pessoas que vão até nosso terreiro, a todos os espíritos que até lá se locomovem, afinal vocês são a razão de existir de nossa casa! Que os Orixás abençoem a cada um de vocês, e a todos os médiuns de Umbanda para que possamos juntos fazer de nosso mundo um mundo de Amor e Paz e assim que seja pleno de luz.
Saravá!


Fonte:centropaijoaodeangola.net

sábado, 6 de julho de 2013

Valorize sua Mediunidade


Médium de Umbanda
...O médium de Umbanda, ainda que muitos não o valorize, é o ponto chave do ritual de Umbanda no plano material.
...E por sê-lo, deve merecer dos filhos de Fé já maduros (iniciados) toda atenção, carinho e respeito quando adentram no espaço interno das tendas, pois é mais um filho da Umbanda que é “dado” à luz. E tal como quando a generosa mãe dá à luz mais um filho, onde tanto o pai quanto os irmãos se acercam do recém-nascido e o cobrem de bênçãos, amor, carinho e... compreensão para com seus choros, o novo filho de Fé ainda é uma criança que veio à luz e precisa de amparo e todos os cuidados devido à sua ainda frágil constituição íntima e emocional.
...Do lado espiritual, todo o apoio lhe é dado, pois nós, os espíritos guias deles, sabemos que este é o período em que mais frágil se sente um ser que traz a mediunidade.
...Para um médium iniciante, este é um momento único em sua vida, e também um período de transição, onde todos os seus valores religiosos anteriores de nada lhe valem, pois outros valores lhe estão sendo apresentados.
...Para todos os seres humanos este é um período extremamente delicado em suas vidas. E não são poucos os médiuns que se decepcionam com a falta de compreensão para com sua fragilidade diante do novo e do ainda desconhecido.
...É tão comum uma pessoa dotada de forte mediunidade e de grandes medos, ser vista como “fraca” de cabeça pelos já “tarimbados” médiuns. Mas estes não param para pensar um pouco no que realmente incomoda o novo irmão e, com isto, o Ritual de Umbanda Sagrada vê mais um dos seus recém-nascidos filhos perecer na maior angustia, e socorre-se a outros rituais que primam pela ignorância do mundo espiritual e sufocam nos seus fieis, seus mais elementares dons naturais.
...Muitos apregoam que tantos e tantos brasileiros são umbandista, e que isto demonstra o vigor da religião umbandista. Mas, infelizmente, isto não é verdade, e só serve para diminuir o que poderia ser uma grande verdade.
...Vários milhões de brasileiros já assumiram suas mediunidades por completo e são médiuns praticantes, que incorporam regularmente seus guias dentro das tendas onde trabalham, ou nas suas reuniões mais intimas em suas próprias casas.
...Mas alguns milhões de filhos de Fé com um potencial mediúnico magnífico já foram perdidos para outros rituais, porque os diretores das tendas não deram a devida atenção ao “fator médium” do ritual de Umbanda, assim como não atentaram para o fato de que aqueles que lhes são apresentados pelos guias zeladores dos novos médiuns, se lhes são enviados, o são pelo próprio espírito universal e universalista que anima a Umbanda Sagrada, e que é o seu espírito religioso, que no lado espiritual tem meios sutis de atuar sobre um filho de Fé, mas no lado material depende fundamentalmente dos pais e mães no Santo, animadores materiais desse corpo invisível, mas ativo e totalmente religioso.
...É tão comum vermos médiuns já “iniciados” que não tem a menor noção da existência desse corpo religioso umbandista que se move através do plasma universal que é Deus, é fé e é religiosidade. “Eu sou filho de tal orixá...”, e pronto! Sua fé acaba a partir daí, e sua ligação com este plasma divinizado numa religião fica restrito a isto: “Eu sou filho de tal orixá”.
...Incorpora seus guias, estes trabalham, e maravilhosamente, pois estão em comunhão total com este espírito ativo que é o corpo religioso umbandista, corpo este que assume a forma de orixás ou de seus pontos de forças, mas que não deixam de irradiar essa energia divina chamada “Fé”.
...O ritual é aberto a todas as manifestações, mas o lado material ( médiuns) tem de ser esclarecido de que as manifestações só acontecem por causa desse espírito religioso invisível conhecido por Ritual de Umbanda Sagrada, e que fora dele não há manifestações, mas tão somente possessões espirituais.
...É este espírito invisível que sustenta todas as manifestações, quando em nome da Umbanda Sagrada são realizados.
...Houve um tempo em que os orixás foram sincretizados com santos católicos, pois aí a concretização do ritual aconteceria. As imagens “mascaravam” a verdade oculta e as perseguições religiosas, políticas e policiais foram abrandadas.
...Mas, atualmente, isto já não é preciso como meio de expansão da Umbanda Sagrada. Hoje já existe liberdade suficiente para que todos digam abertamente: “Sou um filho de Fé, sou um filho de Umbanda!”.
...Mas para que isso possa ser realmente dito, é chegado o tempo de a Umbanda deixar de perder seus filhos recém-nascidos para religiões que ainda recorrem a princípios medievais, quando não obscurantistas.
...Há de ser criada uma forte linha de fé doutrinadora dos sentimentos religiosos dos filhos de Fé, pois só assim a Umbanda Sagrada sairá do interior das tendas e dos lares e abarcará, num movimento abrangente e envolvedor, os milhões de irmãos que afluem às tendas ou aos médiuns à procura de uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimento.
...É chegado o momento de todos os médiuns, diretores espirituais, dirigentes espirituais e pais e mães no Santo, imprimirem aos seus trabalhos mais uma vertente da Umbanda Sagrada: a doutrinação dos irmãos e irmãs que afluem às tendas nos dias de trabalho.
...É preciso uma conscientização dos pais e mães no Santo de que os necessitados, os aflitos, os carentes afluirão não só às tendas de Umbanda, mas também a todas as outras portas abertas onde há uma promessa, um vislumbre de socorro imediato. ...Mas só aquelas portas que, a par do socorro imediato, oferecerem uma luz para toda a vida, alcançarão seu real objetivo, pois a par do imediato também oferecem o bem duradouro, que é a fé forte numa religião. E a Umbanda Sagrada é uma religião!
...Por isso ela tem de sair das tendas e conquistar corações dos que a ela afluem nos dias de trabalho, e conquistar o respeito e a confiança de todos os cidadãos no seu trabalho de doutrinação e salvação de almas.
...Nós temos acompanhado com carinho e atenção os irmãos umbandistas que têm oferecido a maior parte de suas vidas a esta necessidade da religião umbandista – abençoados sãos estes verdadeiros filhos de Umbanda, mas temos acompanhado a vida de todos os pais e mães no Santo e temos visto que bloqueiam a si próprios e às suas potencialidades doutrinadoras dentro da Umbanda Sagrada, quando limitam a si e sua religião aos trabalhos dentro de suas tendas, quando os seus guias incorporam e trabalham.
...Limitam-se só a isto e limitam à própria religião umbandista, pois não concedem a si próprios as qualidades que seus orixás lhes mostram que são possuidores. Muitos filhos de Fé, movidos de nobres e dignificantes intenções, buscam nas línguas a explicação do termo “Umbanda”. Alguns chegam a mergulhar no passado ancestral em busca do real significado desta palavra.
...Nada a opor de nossa parte, mas melhor fariam e mais louvável aos olhos dos orixás seriam seus esforços, caso já tivessem atinado com o real e verdadeiro sentido do termo “Umbanda”.
...Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m'banda, no médium que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana. Umbanda é o portador das qualidades, atributos e atribuições que lhe são conferidas pelos Senhores da natureza; os orixás! Umbanda é o veiculo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um Umbanda está apto a incorporar tanto os do Alto, quanto os do Embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em si mesmo, um templo.
• Umbanda é sinônimo de poder ativo.
• Umbanda é sinônimo de curador.
• Umbanda é sinônimo de conselheiro.
• Umbanda é sinônimo de intermediador.
• Umbanda é sinônimo de filho de Fé.
• Umbanda é sinônimo de sacerdote.
• Umbanda é a religiosidade do religioso.
...Umbanda é o veiculo, pois trazem em si os dons naturais, pelos quais os encantados da natureza falam aos espíritos humanos encarnados.
...Umbanda é o sacerdote atuante, que traz em si todos os recursos dos templos de tijolo, pedras ou concreto armado.
...Umbanda é o mais belo dos templos, onde Deus mais aprecia ser manifestado, ou mesmo onde mais aprecia estar: no intimo do ser humano.
...Umbandas foram os primeiros espíritos dos sacerdotes, que aos poucos foram criando para si, no intimo dos médiuns filhos de Santo já preparados para recebe-los, uma linha tão poderosa, mas tão poderosa que realizavam curas milagrosas nos freqüentadores dos terreiros de “macumba”.
...Umbandas eram os caboclos índios que dominavam os quiumbas e libertavam os espíritos encarnados de obsessores vingativos e perseguidores.
...Umbandas eram os pretos-velhos que baixavam nas “mesas brancas” e faziam revelações que não só deixavam admirados quem os ouviam, mas encantavam também.
...Umbandas eram os exus e pombas-giras brincalhões, debochados e francos, tanto quanto os encarnados, pois falavam a estes de igual para igual, e com isso iam rompendo o temor dos filhos de Santo para com seus “santos”.
...Umbanda era o inicio do rompimento da casca grossa da rituália de culto aos eguns (os sacerdotes) já no outro lado da vida.
...Umbanda o sacerdócio; embanda, o chefe do culto; Umbanda, o ritual aberto do culto dos ancestrais.
...Umbanda, onde na banda do “Um”, mais um todos nós somos, pois tudo o que nos cerca, através de nós pode se manifestar.
...Umbanda, na banda do “Um” , um todos são e sempre serão, desde que limpem seus templos íntimos dos tabus a respeitos dos orixás e os absorvam através da luz divina que irradiam seus mistérios. Daí em diante, serão todos “mais um”, plenos portadores dos mistérios dos orixás.
...Na Umbanda, o médium não é esvaziado, mas tão somente enriquecido com a riqueza espiritual de todos os orixás.
...Umbanda provém de “m'banda”, o sacerdote, o curador.
...Umbanda é sacerdócio na mais completa acepção da palavra, pois coloca o médium na posição de “doador” das qualidades de seus orixás, que impossibilitados de falarem diretamente ao povo, falam a partir de seus templos humanos: os filhos de Fé!
...Despertem para esta verdade, pais e mês de Santo! Olhem para todos os que chegam até vocês, não como seres perturbados, mas sim como irmãos em Oxalá que desejam dar “passagem” às forças da natureza que lhes chegam, mas encontram seus templos (mediunidade) ocupados por escolhos inculcados neles, através de séculos e séculos que estiveram afastados de seus ancestrais orixás. Não inculquem mais escolhos dizendo a eles que tem orixá brigando pela cabeça deles, ou que exu está cobrando alguma coisa.
...Tratem os filhos que Olorum, o Incriado, lhes envia com o mesmo amor, carinho e cuidados que devotam a seus filhos encarnados.
...Cuidem deles; transmitam a eles amor aos orixás, pois orixá é o amor do Criador às Suas criaturas.
...Ensinem-lhes que, na lei de Oxalá, ninguém é superior a ninguém, pois na banda do “Um”, mais um todos são.
...Mostrem-lhes que orixá é um santo, mas é mais do que isso: orixá é a natureza divina se manifestando de forma humana, para os espíritos humanos.
...Não percam tempo tentando contar lendas do tempo de cativeiro, quando irmãos de cultos diferentes, raças diferentes e formações as mais diversas possíveis, eram reunidos numa só senzala e evitavam a mistura dos orixás com medo de perderem seus últimos vestígios humanos: seus “santos”de cabeça e de fé. O tempo da escravidão já é passado e Umbanda é liberdade de manifestação dos orixás através dos seus veículos naturais; os médiuns.
...Ensinem-lhes que, se estão aptos a incorporarem o “seu” pai de cabeça, também estão aptos a serem as moradas de todos os outros “pais”, pois orixá é antes de qualquer coisa e acima de tudo, isto: senhora da cabeça. é senhor da coroa luminosa que paira em torno do mental purificado do filho de Fé já liberto dos escolhos que o mantinham acorrentado e escravizado a tabus e dogmas religiosos, que antes de tudo visavam impedi-lo de ser mais um na banda do “Um”, e mantê-lo na eterna dependência da vontade dos carnais senhores dos cultos ao Criador, onde um é o pastor e os restantes, só rebanho, ovelhas mesmo!
...Digam que na banda do “Um”, o rebanho é composto só de pastores, pois “Umbanda” é sacerdócio.
...Esclareçam ao filho recém-chegado que se sente incomodado, que isto não é nada ruim, pois há todo um santuário aprisionado em seu intimo que está tentando explodir através de sua mediunidade magnífica.
...Conversem demoradamente com ele e procurem mostrar-lhe que Umbanda não é a panacéia para todos os males do corpo e da matéria, mas sim o aflorar da espiritualização sufocada por milênios e milênios de ignorância e descaso para com as coisas do espírito.
...Expliquem que pode fazer o que quiser com seu corpo material, mas deve preservar sua coroa (cabeça), pois é nela que a luz dos orixás lhe chega e o liberta dos vícios da carne e do materialismo brutal.
...Ensinem-lhe que, como templos, deve manter limpo seu íntimo, pois nesse íntimo há uma centelha divina animada pelo fogo divino que a tudo purifica, e que o purificará sempre que entregar sua coroa ao seu orixá. Instrua-os com seu mentor guia chefe, irmãos e irmãs (pais e mães de Santo).
...Estabeleçam um dia da semana ou do mês dedicado exclusivamente a um guia doutrinador que lhe falará da Umbanda a partir da visão mais acurada desta religião, em que os fiéis são mais que fiéis: são “meios” onde toda uma gama magnífica de seres de altíssima evolução se manifestam como humildes pretos-velhos, garbosos mas amáveis caboclos, inocentes crianças ou humanos exus e pombas-giras. Sim porque nós conhecemos irmãos exus que possuem muito mais luz do que vocês imaginam. E se preferem atuar como exus, é porque assim, bem humanos, chegam mais rápido até onde desejam: aos consulentes sofredores e veículos de espíritos sofredores afins.
...Ensinem aos médiuns que eles trazem consigo mesmo todo um templo já santificado e que nele se assentam os orixás sagrados. E que através desse templo muitas vozes podem falar, e serem ouvidas pois Umbanda provem de Embanda: sacerdote!
...E o médium é um sacerdote, um embanda, um Umbanda, ou mais um na banda do um, a Umbanda!
Parte do texto retirado do Livro: “ O CÓDIGO DE UMBANDA ”
Obra psicografada por Rubens Saraceni

sábado, 29 de junho de 2013

Médium de Umbanda



Sem dúvida nenhuma, a mediunidade ainda é um tema, que causa dúvidas e bastante polêmica entre os umbandistas. Volta e meia nos deparamos com superstições, mitos, medos, anseios, expectativas as mais diversas, de médiuns novatos e mesmo de alguns, que já possuem uma experiência mediúnica a bastante tempo.
Invariavelmente, também escutamos opiniões, declarações, testemunhos, e orientações sobre mediunidade e a sua prática, formatado por especulações, definidas por vivências pessoais e conceitos desenvolvidos através do achismo (“eu acho que…”).
Muitas vezes tomamos conhecimento de médiuns que são menosprezados nos seus trabalhos mediúnicos, considerados como médiuns que estão com nada, que cometem muitas gafes ou ratas no exercício da sua mediunidade e cujo o trabalho de suas entidades são assim, como que “pasteurizados”, ou sejam mantém um padrão de verossimilhança com trabalhos já realizados por entidades em outros médiuns, ou na casa que o médium frequenta.
Por maior que seja a abrangência e a difusão da mediunidade, hoje não mais reclusa aos centros espíritas e os templos umbandistas, as pessoas sempre esperam, no seu íntimo, o sobrenatural, o maravilhoso, o diferente se manifestar e atuar na prática mediúnica.
A busca pelo milagre está enraizado no inconsciente coletivo e o médium se vê transformado no milagreiro de plantão. Não só ele tem que ter êxito no que faz, mas se esse resultado puder ser acompanhado do fantástico, do inusitado e do espetacular melhor ainda.
Se a forma como os trabalhos são realizados pelas entidades, incorporadas em seus médiuns, não devem pecar pela padronização, com algo já visto ou vivenciado, o padrão já serve plenamente de fiel para se julgar o comportamento das entidades nesse médium, e por consequência o próprio médium. Em outras palavras, é necessário que as entidades se comportem como se espera que seja o seu comportamento.
Assim, o vocabulário, a manifestação, as ações e reações de uma entidade devem estar dentro do padrão geral, reconhecido para aquele tipo de entidade, senão o pobre médium é que leva a pior.
Vejamos o exemplo de uma entidade Criança ou Erê, como muitos denominam, existem dois padrões reconhecidos para a manifestação desse tipo de entidade: um é de criança, criança mesmo (período infantil), o outro é a criança pré-adolescente. Para cada tipo de padrão das possíveis manifestações da entidade Criança esperasse que as mesmas reproduzam o comportamento adequado. Assim, uma criança infantil, deve ser traquina, gostar de doces, balas e confeitos, falar miudinho como criança, e somente ter atitudes correlatas a qualquer criança encarnada, da idade que ela representa. As de manifestações pré-adolescentes, podem ter um vocabulário maior, brincadeiras mais elaboradas, discutir alguns assuntos mais adultos, ingerir bebidas alcoólicas e fumar.
Por conta desse rígido padrão de comportamento, aceito como realidade no universo umbandista, é que surgem os esteriótipos, tais como, a de um médium adulto, vestido de fraldas, sentado no chão, nú da cintura para cima, com uma chupeta na boca, segurando uma mamadeira em uma das mãos e um brinquedo na outra. Ou então, encontramos médiuns femininas incorporando crianças (meninas pré-adolescentes), com o esteriótipo de pomba-giras, insinuando-se e falando de amarrações e sexo, só porque já estão entrando na fase da explosão hormonal, com certeza os hormônios, nesse caso, são os espirituais.
Seguindo essa mesma linha de padronização, o preto-velho é um escravo, que tem que falar errado o tempo todo, que certas orientações e conceitos ele jamais pode pronunciar, pois como oriundo da senzala e sem nenhuma instrução formal, ele não passa de um analfabeto e inculto. O caboclo então, nem se fala. As pomba-giras, coitadas, tem que ser todas mulheres da vida, prostitutas, que continuam a realizar as suas orgias, agora no mundo espiritual, com os exus, que além de serem o diabo em pessoa, ainda são verdadeiros garanhões.
Realmente, tenho que as vezes, concordar com os nossos detratores… Sim, de fato somos uma cultura de periferia, cujos os adeptos são pobres, incultos, analfabetos e sem o mínimo de instrução!
Por favor, me poupem e me economizem!
Esse estado de coisas não pode mais perdurar na Umbanda. Temos que quebrar essa barreira de estagnação que habita em nosso seio e impede a compreensão do poder da Lei chamada EVOLUÇÃO.
Somos umbandistas, porque queremos nos encontrar com o Sagrado, desejamos evoluir espiritualmente, colaborar com a Obra Divina, com a formação de uma consciência planetária superior, saindo desse ciclo de provas e expiações e assumindo definitivamente a nossa cidadania espiritual universal.
Não podemos e nem devemos mais continuar a repassar mitos e lendas, estórias da carochinha, conversas para boi dormir, o saci, o capeta e a fada do dente. Não devemos mais nos render aos vícios de comportamento, nem a crenças dogmáticas.
A Umbanda está muito além do movimento umbandista, e esse se perde no emaranhado de sua estaticidade produzida, por nós mesmos, os que se dizem umbandistas e que deveriam ter um sério compromisso com o estudo doutrinário, a ciência, a filosofia e os conceitos religiosos existentes na nossa religião e propagados pelo mundo espiritual através das entidades trabalhadoras afins.
Vamos falar claramente sobre mediunidade?
  1. A mediunidade é uma benção, uma misericórdia divina, uma ferramenta ou instrumento de comunicação entre o plano dos espíritos desencarnados e o dos espíritos encarnados (nós, os terráqueos).
  2. É uma benção e uma misericórdia, pois ela é uma adaptação das faculdades, que nós mesmos perdemos a milhares de anos atrás, quando abusamos das leis universais. Nessa época tinhamos a faculdade da visão e audição direta com o plano espiritual e não precisávamos de intermediários para tal função. Sem entrar no detalhamento do motivo que levou a perca de tais faculdades, precisamos saber somente que, após perdê-las, o mundo espiritual proporcionou a humanidade essa possibilidade de contato, através dos canais mediúnicos. Determinadas modificações no psiquismo humano gerou a mediunidade.
  3. A mediunidade é algo complexo, que envolve delicados fatores para a existência do processo de suas manifestações.
  4. O primeiro deles é a necessidade da existência do psiquismo de um ser encarnado. Sem esse campo de atuação não existe mediunidade. Ou seja, sem o médium, não é possível a manifestação mediúnica de qualquer espécie. Parece uma coisa óbvia, mas parace que as pessoas esquecem dessa obviedade ao analisar, criticar e classificar um médium ou a mediunidade alheia.
  5. A segunda é que, no caso da incorporação e discorreremos nesse artigo somente sobre este tipo de mediunidade, necessário se faz a existência de uma entidade espiritual, nesse caso, um ser totalmente a parte do médium. Temos, claramente, a interferência de uma individualidade em outra. Acontece que a entidade não entra no corpo do médium, nem tão pouco anula a individualidade que ocupa, como muitos acreditam.
  6. Se não existe anulação da individualidade do médium, queremos dizer com todas as letras que não existem médiuns inconscientes. Repito: NÃO EXISTEM MÉDIUNS INCONSCIENTES!
  7. Afirmo isso, sem constrangimento nenhum, pois na acepção do conceito que se disseminou no mundo mediúnico é que na dita mediunidade inconsciente, não existe nenhuma interferência do médium, e a tão falada inconsciência ainda serve para credibilizar a manifestação mediúnica e por consequência o próprio médium.
  8. Como não existe interferência, se o psiquismo e portanto, a individualidade do aparelho mediúnico continua a existir e logo a se manifestar no laço médium e entidade espiritual?
  9. Sim, é claro que evidentemente podem acontecer lapsos de memória, problemas de solução de continuidade, vazios, trechos sem definição clara, passagens desconexas e um despertar mediúnico com lembranças que mais parecem um sonho, que não se consegue recordar direito, no entanto, no exercício da mediunidade o psiquismo do médium está plenamente atuante. Afinal, a entidade precisa desse psiquismo ligado para poder atuar.
  10. Em outras palavras e levando em consideração as devidas proporções, para você ler esse texto eu precisei de um software (psiquismo) chamado processador de texto, para que o computador (médium) conseguisse formatar este artigo e você (consulente) pudesse interagir comigo (entidade espiritual). Ora, eu somente pude formatar esse texto na forma, como você está lendo, com esse tipo e tamanho de fonte de letra, como essa cor etc., porque encontrei um processador de textos (psiquismo) que me permitiu fazê-lo. Um processador mais simples, talvez não me permitisse colorir o texto. Portanto, a capacidade e o conhecimento encontrado no psiquismo do médium é que possibilita a entidade a qualidade de sua manifestação.
  11. Desenvolvimento mediúnico é nada mais, nada menos, do que proporcionar ao médium condições dele se tornar um fiel tradutor da manifestação das entidades que ele incorpora. O médium é um filtro para manifestação da entidade, quanto menos impurezas (interferências) este filtro tiver, mais fiel será a manifestação da entidade espiritual. A inconsciência, colocado sob este ponto de vista, é diretamente proporcional a capacidade de fidelização do médium para a comunicação do guia espiritual.
  12. Outro fato, que muita gente esquece ou não percebe, é que a entidade não fala diretamente através do médium, já que não existe posse. A linguagem do espírito é o pensamento, logo a entidade transmite o seu pensamento para o psiquismo que está interagindo e o médium então catalisa essa informação e repassa para frente. Esse processo é ato contínuo e a catalização seu principal segredo. Devemos lembrar sempre que a entidade depende do médium e de seu psiquismo e que também estamos falando de um processo sutil e delicado em que energias espirituais estão atuando como facilitadores para a prática mediúnica. Sim, próximo ou longe do seu aparelho mediúnico, a entidade realiza diversas ligações energéticas com o corpo espiritual do médium para poder tanto manifestar seus pensamentos, como para caracterizar sua personalidade espiritual.
  13. Ao contrário do que todos pensam, o médium deve procurar estudar e ter conhecimentos suficientes para exercer a sua mediunidade, já que a entidade se utiliza desta cultura pré-existente no psiquismo do médium, inclusive dos arquivos inconsicentes do mesmo (experiências vivenciadas em outras reencarnações) para formatar um diálogo fiel ao que deseja transmitir ao consulente. São evocados lembranças, conhecimento arquivados na memória, mas já esquecidos, enfim, uma gama de facilitadores que proporcionem uma sintonia fina entre entidade e médium.
  14. Uma entidade espiritual, na maioria das vezes, está em um estágio evolutivo superior ao médium que incorpora, senão for o caso, pelo menos está atuando em um plano menos limitador, que permite mais liberdade de ação e conhecimento. Construir uma ponte que facilite essa interação fiel, entre um psiquismo e outro é o desafio que a mediunidade impõe a ambos (médium e entidade). As dificuldades são enormes: individualidades e psiquismos diferentes, planos existenciais separados por uma barreira dimensional e distanciamento evolutivo são algumas dessas variáveis, que colaboram para transformar a mediunidade em um processo complexo, sutil e misterioso. Quanto mais potente, reforçado por conhecimentos e cultura for o psiquismo do médium, melhores serão as condições para se produzir interações de qualidade. Não é regra, mas tem seu peso e deve ser levado em consideração.
  15. Ao falarmos em psiquismo, estamos usando outra forma de denominação, para o que comumente, se chama animismo. Animismo, na mediunidade é a participação da inteligência encarnada nas manifestações espirituais. Em outras palavras, é a contribuição do próprio médium no exercício da sua mediunidade. Considerado um estigma por muitos, e transformado ao extremo como mistificação, essa contribuição, como vimos é real e o espírito manifestante, precisa e faz pleno uso dessa faculdade ao qual, no meu entender, é melhor conceituada com o termo psiquismo. Anismismo/Psiquismo, não é crime de lesa mediunidade, é necessidade inerente ao processo de manifestação mediúnica. O psiquismo, pode ser comparado ao períspirito da mediunidade, é a base com o qual a entidade trabalha para gerar a manifestação de seus pensamentos, desejos e vontades. É o meio que possibilita a expressão da entidade na matéria.
  16. Um último fator que deve ser levado em conta é a famosa padronização dos processos de incorporação. Os espíritos que trabalham na corrente espiritual da Umbanda, se utilizam da roupagem fluídica de caboclos, preto-velhos e crianças, entre outros, não porque, necessariamente, um dia já foram índios, escravos e crianças, mas sim porque essas roupagens representam os arquétipos (modelos) para apresentação dos Mestres da Fortaleza (caboclos), da Pureza (crianças) e da Sabedoria (pretos-velhos). Exús/Pomba-giras, porque se faz necessário uma roupagem mais densa para cumprirem os seus papéis de agentes da justiça kármica e frenadores (repressores) de demandas e magias nos círculos espirituais em que atuam. Para se ter apenas uma idéia, todos os espíritos que se utilizam da roupagem fluídica de crianças são espíritos adultos, e que resolvem se manifestar como crianças, por se afinizarem com o trabalho e o modelo de Mestres da Pureza.
Acreditamos que conseguimos levantar um pouco do denso véu que recai e transforma a mediunidade em algo misterioso e ao mesmo tempo difícil de se lidar.
Devemos estar sempre alertas, para o fato que tanto nós como as entidades espirituais convivem e somos consequência da nossa pluralidade de existências. E que também estamos sob a vigência da Lei Maior chamada EVOLUÇÃO. Por conta disso, nada, mas nada mesmo pode ficar estático, impenetrável, insolúvel, misterioso e incognoscível (que não se pode conhecer) no Universo. Impenetrável, insolúvel e incognoscível, somente Deus.
Respeitemos, pois, a mediunidade alheia.
Não sejamos críticos daquilo que não podemos garantir em nós mesmos.
Não menosprezemos o trabalho alheio, para mais tarde não sermos nós os menosprezados.
Por maior que seja a nossa certeza e fidelidade (inconsciência) mediúnica, lembremos que amanhã podemos nos deparar com uma situação completamente nova que não consigamos catalisar direito.
Para isso é que existe uma máxima que diz: médiuns desenvolventes somos todos, para sempre.
Divaldo Franco, o grande orador espírita, um dia deixou de estudar o tema escolhido para ele ministrar uma palestra, por que tinha certeza, que nessa hora um espírito se aproximaria dele e lhe inspiraria. Chegado o momento, chamado ao púlpito, com centenas de pessoas a frente, Divaldo se desesperou. Nada de espírito algum se manifestar, e como ele não tinha estudado, nem dele mesmo conseguiria proferir algo sobre o tema em questão. Quando seu silêncio estava se tornando constrangedor  sua instrutora espiritual Joanna de Angelis lhe apareceu e chamou a sua atenção. Aquele seria a última vez que Divaldo seria ajudado por um espírito se ele não estudasse os temas das palestras antes de efetuá-la. Além de proporcionar o seu aprendizado individual, estudar os temas, permitem a Divaldo, criar um arquivo em seu psiquismo para facilitar a comunicação do espírito instrutor e na formação da concatenação das idéias a serem transmitidas.
Diante de fatos como esses, eu prefiro que meus conhecimentos sejam, como já foram tachados, originados de livros e internet, pelo menos eu estudei e pesquisei bastante; que eu seja um médium que não está com nada e que cometa gafes e ratas no exercício da minha mediunidade, eu prefiro estar em constante desenvolvimento e aprimoramento mediúnico, ou como já disse Raul Seixas, “Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante”.
Agradeço a todas as entidades que escolheram trabalhar com este médium (falho e cheio de defeitos), com certeza, elas sim, acreditam na minha capacidade e estão satisfeitos com os resultados que alcançam.
Em resposta a todas as críticas a minha mediunidade, digo apenas o seguinte: os cães ladram e a caravana passa.

PAI CAIO DE OMULU
Fonte:umbandasemmisterio.blogspot.com.br

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