Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

Amigos do Blog Xamãs na Umbanda

sábado, 31 de março de 2012

A Umbanda e a Magia dos Sinetes Astrais






Todo aquele que estuda sobre o esoterismo das religiões sabe que não existe fenômeno material sem seu substrato astral e vice-versa ! Sabe, também, que todas as Entidades Astrais, sejam de que Plano Espiritual forem e qualquer que seja a denominação que se lhes dê, necessitam do fator “meio”, ou seja, de suporte material adequado para se revelarem no Plano Material.

Assim, também os Símbolos Sagrados de Umbanda (Lei de Pemba) não são meros sinais gráficos materiais. Na verdade, eles reproduzem as estruturas esquemáticas dos Campos de Forças do Mundo Astral e, assim, refletem o fluxo e a atuação das Forças Sutis Astrais sobre as Forças Elementares Cósmicas, Planetárias e Terrestres.

Desta forma, com os Símbolos Sagrados de Umbanda, podemos invocar, fixar e/ou irradiar a Força Astral (Axé) de uma Entidade Espiritual em determinados Pontos Riscados que, ritualisticamente fixados em suportes materiais bem preparados, passam a se constituir em Meio de Comunicação entre a Entidade Espiritual e seus devotos, tal e qual acontece com um Médium, um Congá ou um Assentamento. É dentro dessas condições que os Símbolos Sagrados de Umbanda têm larga aplicação na Magia Talismânica, mormente no preparo e consagração de Guias, Sinetes e outros Talismãs.

Já existe toda uma literatura Umbandista sobre o “como” e o “porque” preparar-se tais objetos talismânicos e até amuletos. Mas, em toda essa literatura não existia nenhuma referência de como se situar o Ser Humano – agente ou paciente – dessa Magia de Pemba e nem como classificá-lo ou individualizá-lo nessas condições. Abordar esse “esquecido” tema foi o objetivo principal do livro – Pemba, A Grafia Sagrada dos Orixás -, de Mestre Itaoman, publicado em 1990 e do qual se extraem os apontamentos elucidativos que se seguem.

O Ser Humano é, por excelência, o Ponto de Junção entre o Plano Espiritual e o Plano Material porque suas funções cerebrais transmitem a percepção do Mundo Físico, captadas por seus cinco sentidos básicos, à sua Consciência Individual, a qual tem o poder de aperceber-se, para além dos reflexos instintivos, daqueles substratos astrais contidos nesses contatos, gerando a percepção extra-sensorial.

Por isso mesmo, a Matemática Pitagórica relacionou o Ser Humano à Entidade Matemática Cinco (número 5) , justamente pela existência dos cinco sentidos humanos : visão, audição, tato, olfato e gosto. Daí decorre o fato da Geometria Esotérica relacioná-lo com o Polígono Piramidal por este objeto ter cinco (5) superfícies: quatro verticais inclinadas e uma base horizontal plana.

A Magia Talismânica Heleno-Semita simboliza-o pelo Pentagrama, a famosa Estrela de Cinco Pontas, por assim melhor poder expressá-lo em sua Dupla Polaridade :

Positiva – Uma só de suas pontas apontando para cima;
Negativa – Uma só de suas pontas apontando para baixo.
O Pentagrama em posição positiva é o símbolo do Ser Humano harmônico e evolutivo, com seus desejos e instintos submetidos à sua consciência; o Pentagrama em posição negativa é o símbolo do Ser Humano desajustado e regressivo em conflito consigo mesmo, cuja consciência está subjugada aos seus instintos.

Um Talismã Mágico, de origem européia medieval, demonstra claramente os conceitos acima expressos.

O pentagrama apresenta-se nas duas posições antagônicas, positiva e negativa, conforme se veja seu verso ou seu anverso : Os nomes de Adam e Eve, personagens míticos semitas, contrapõem-se aos nomes de Samael e Lilith, o Arcanjo do Sol e a Potestade da Lua Negra; Uma figura humana contrapõem-se à figura do Bode Expiatório.
No círculo exterior, apresentam-se letras do alfabeto hebraico, as quais têm relações específicas com a Kabalah e que podem ter caráter defensivo ou retaliatório.

Assim, a Estrela de Cinco Pontas é um símbolo talismânico universal da Raça Humana e tem-se notícias de seu uso no Tantrismo (Índia e Tibet), na Cabala (Judéia), no Pitagorismo (Grécia), na Magia (Europa Medieval), na Teosofia (nas modernas Europa e Américas). Então, também nós o utilizamos no Esoterismo da Umbanda. Por que não ???

Pois, sendo o Ponto de Junção por excelência entre o Material e o Imaterial, qualquer Ser Humano na condição de “médium” precisa e depende de manter atuante, equilibrada e benéfica a sua condição de “receptor de percepções extra-sensoriais” procurando sempre repor as energias bio-elétricas que seu corpo físico dispende na prática de cultos esotéricos, caritativos ou não. Para isso, ele precisa estar em sintonia harmônica com a Vibração Sutil que emana de seu Orixá Regente Planetário, cuja Força Sutil dinamizava os Astros Celestes que regiam a Natureza no momento em que aquele Ser Humano sorveu o primeiro Hausto de Vida em seus pulmões, ou seja, no momento de seu nascimento.

Precisa, também, saber conjugar eficientemente esta Vibração de seu Orixá Regente Planetário com a Vibração de seu Orixá de Cabeça, ou seja, aquele a quem, por escolha própria antes de sua atual reencarnação, seu Espírito imortal (Ori Orun = Cabeça no Além), ajoelhado perante Olorum (Deus), decidiu ou precisou dedicar sua futura “Cabeça na Terra” (Ori Aiye = intelecto ou personalidade).

Como vimos, o Orixá Regente Planetário é determinado pela data de nascimento e a ele estão ligados seu Arcanjo e Anjo de Guarda; mas, seu Orixá de Cabeça”, a quem estão ligados seu “Santo” e seu “Eshu Guardião”, só pode ser determinado por um Babalaô, através de um Jogo Divinatório como o Tabuleiro de Ifá, o Colar de Ifá ou, como último recurso, os Búzios. Para esta determinação, não há outra alternativa ou escapatória.

Portanto, na Magia Talismânica de Umbanda, não é o bastante representar o Ser Humano pelo Pentagrama; é necessário também :

Classificá-lo por Forças Sutis Espirituais, Astrais e Planetárias;

Individualizá-lo em seus outros relacionamentos espirituais com a sua Falange

Espiritual, com seus Guias e/ou Protetores;

Nominá-lo por seu nome astral e/ou iniciático;

Graduá-lo em função do mérito que venha alcançando nas pelejas em prol de seus próximos.

E, para isso, a Magia Talismânica de Umbanda tem seus próprios símbolos sagrados para representar aos seus Ôrixás, Guias e Protetores, aos Planetas e Signos Zodiacais, às Forças Elementares da Natureza, à Numeralogia e Grafia Sagrada com que cria e grafa Nomes Próprios e/ou Iniciáticos, bem como pode representar os Vórtices e Canais de Energias Sutis que percorrem o organismo intra e supra corpóreo do Ser Humano, caminhos de energias estes que são, também, controlados pelo Imolé Eshu Bara, o Senhor Guardião do Corpo e dos Caminhos do Destino de cada um de nós, os quais ele abre ou fecha conforme os méritos e os deméritos de nossas ações conscientemente perpetradas.

Com o conjunto desses Símbolos e com sua Grafia Sagrada, à qual os Umbandistas denominam por Lei de Pemba, a Umbanda não precisa recorrer à simbologias de origem egípcia, tântrica, hebraica, grega ou latina para compor seus Sinetes ou Talismãs.

É de se notar, também, que as representações das formas geométricas (e a matemática que as inspiraram), não são propriedade exclusiva de nenhuma civilização ou época. Elas existem desde sempre na Natureza : a espiral da casca de um caracol, o oval de um seixo rolado, o triângulo de uma lasca de sílex, o cubo, a pirâmide, o hexágono e muitas outras formas encontráveis nos minérios e cristais, a forma poligonal de uma estrela-do-mar !

Não há aqui espaço para o ensinamento das correlações entre os Símbolos Sagrados de Umbanda e os símbolos de outras procedências, tais como Astrologia, Alquimia, Cabala e Magia. Mas, realmente, a correlação existe e quem quiser aprofundar-se no assunto em questão pode referenciar-se no livro de Mestre
Itaoman acima citado, embora seja difícil encontrá-lo nas livrarias.

Por isso mesmo, vamos limitar-nos a apresentar os doze Sinetes Astrais básicos referentes aos doze Signos Zodiacais, de forma que cada pessoa possa encontrar aquele referente à data de seu nascimento e, então, utilizar-se dele, por sua conta e risco, para obter proteção contra “temporais astrais” que, infelizmente, certos ambientes ou pessoas mal vibrados podem ocasionar.

O material em que devem ser confecionados é aquele referido como o metal característico do Signo Zodiacal.

Sobre um dos seus lados, cada Sinete Astral tem gravado os Símbolos Umbandistas relativos ao Signo Zodiacal, o Planeta Regente, o Orixá de Nascimento, a Força Sutil do Elemento da Natureza, o símbolo do Vórtice Astral captador de energias sutis de seu organisno extra-corpóreo e o símbolo astral sintético da Entidade Espiritual Guardiã de seu corpo físico e astral, ou seja, seu Imole Eshu Bara.

Em seu outro lado, tem signos cabalísticos não reveláveis publicamente, ou seja, só são reveláveis dentro da relação Mestre-Discípulo.

Cada um desses Sinetes Astrais é, pois, comum a todas pessoas nascidas sob esse mesmo Signo Astral e por todas elas podem ser utilizados, é evidente que para grafá-los magisticamente é necessário ter-se sido iniciado na Lei de Pemba de Umbanda, a Grafia Sagrada dos Orixás.
OS SINETES ASTRAIS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Com muito mais razão, a Individualização, a Graduação Astral, o Nome Iniciático e demais possibilidades de defesa e/ou retaliação inerentes à Simbologia Astral de um Sinete Talismânico de Umbanda, só devem ter confiada sua elaboração a um verdadeiro Babalaô da Corrente Astral do AumBhanDan, ou seja, a um militante graduado da Umbanda Esotérica.

Só ele poderia elaborar um Sinete Astral com o Círculo de Proteção Magística, poderoso e atuante, igual ao que abaixo apresentamos e que corresponde, neste caso hipotético e demonstrativo, a uma pessoa nascida sob o Signo de Sagitário; individualizada por um nome de batismo Paulo da Silva; graduada como médium de Preto Velho, sob a proteção da Vibração Original de Yorimá ou Obaluaiyé e do Senhor Eshu Pinga-Fogo, protegida toda essa classificação, individualização e graduação sob a invocação protetora dos Sons Sagrados ou Mantra Umbandístico : Sammany – Yaracy – Yaci – Anacauam.

Toda essa correspondência Astral, Espiritual e Magística acima citada está expressa apenas num dos lados (verso) do Sinete Astral.

FACE ANTERIOR DE UM SINETE ASTRAL DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Cada Umbandista deveria conhecer o seu Sinete Astral de Proteçäo Individual
Mana, Aché e Benção.

Trechos adaptados do livro de autoria de Mestre Itaoman,
“Pemba, a Grafia Sagrada dos Orixás” – Publicado pela Editora Thesaurus

quarta-feira, 28 de março de 2012

Tambor Xamânico



Marcus Fraga


O tambor é um catalisador de energias. Todo instrumento que emite som natural, ou seja, não eletrônico, é catalisador da energia refinada que está ao nosso dispor no universo para que possamos curar e sermos curados. Essa vibração penetra a matéria de nossos corpos, relaxa a musculatura, afrouxa as ligações entre as moléculas e propicia níveis mais profundos de concentração.

O som do tambor afina nosso coração com o coração da Mãe Terra, desperta a energia individual e coletiva em ritos e cerimônias, sendo esta energia o despertar de nosso curador interno. O som do tambor é como o som do coração. A batida está dentro de nós, no nosso coração, e trazer esta batida para fora no tambor é exteriorizar nossa emoção, cantar esse momento sagrado, tocar o sopro da alma, vibrando para fora do corpo, é a expressão da alquimia da vida. 

Os xamãs consideram o tambor como o "cavalo" que os leva em viagens a outros mundos. O ritmo das batidas altera nossa percepção e estado de consciência, permitindo-nos entrar em contato com os mundos visíveis e invisíveis para proporcionar cura, meditação, auto-conhecimento, empreender jornadas, nos harmonizarmos com a Terra e contatar os ancestrais, espíritos e animais guardiães. 

Encontrar nosso ritmo interno e afiná-lo ao da Mãe Terra é equilíbrio e cura. As mulheres podem sentir os toques do tambor em seus úteros, geradores de vida, tal qual a Terra. As ancestrais buscavam alinhar coração e útero ao som do tambor, entrando em sintonia com a Mãe Terra, e encontrando assim seu som primordial, bem como o seu som e ritmo interno. O tambor é coração, pulsa cheio de vida, de ritmos que se alteram. O coração, assim como o tambor, é o mapa de toda a jornada de cura. Escutar o toque do tambor é também escutar a batida de nosso coração, sendo assim, é o guia para que nunca nos percamos na busca do contato com outras realidades e energias.

http://www.terramistica.com.br

sexta-feira, 23 de março de 2012

O BUSCADOR EM TEMPOS DIFÍCEIS





Por Vivian Weyrich




Fé e gratidão caminham juntas. São forças dentro de você que lembram que você é um escolhido, inseparável de Deus. Fé e gratidão são sentimentos de certeza absoluta mesmo diante da inexistência de qualquer prova física, de qualquer sinal, de qualquer milagre. E se você acredita, quem poderá lhe deter?
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A lei da atração é a arte de puxar para si o que há de melhor no espaço em que Deus está operando; este caminho vai queimando os vícios mentais e unificando a luz dentro de si. O único problema é que você se acostuma com o que é bom e o ruim possui um gosto mais amargo para o buscador do que para uma pessoa comum. Isso acontece porque o buscador também está cansado, ele tem caminhado muito, talvez desde que veio para este planeta e, obstinadamente seguindo em frente, sem buscar pelos sinais, ou respostas que possam lhe dar segurança.
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Quanto mais luz você atrai, mais a luz vai exigir de si mesmo! Como isso? Se eu estou na luz, devo estar sendo beneficiado por ela e não exigido!
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Não estamos vivendo um tempo fácil, estamos vivendo na faixa de Gaza em termos espirituais — o planeta está se preparando para uma grande separação, onde o joio terá que ser separado do trigo em termos vibráteis. Qualquer vacilo é sentido como um açoite em seu espírito, porque não há mais espaço para o meio termo. Este tempo vai exigir do buscador uma posição clara e precisa sem espaço para a expressão “meia boca”. Se a luz exige mais, é sinal que ela quer de você pureza de sinais vibráteis, do contrário você não passará para o outro reino de realização!
Para quem decidiu caminhar pela sombra, não há diferença entre ser açoitado todos os dias ou não. Para aquele que decidiu caminhar pela luz qualquer deslize é sentido. A luz lhe puxará de volta como uma mãe que diz: “Viu só, eu avisei que você iria se machucar aí, vem pra cá!”
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“O buscador se sentirá muito sozinho, porém essa solidão será completamente preenchida pelo espírito. Você saberá que nunca esteve tão bem acompanhado diante de toda a separação. Sem amigos com quem compartilhar as mesmas sensações, sem parentes, sem companhia, o buscador só poderá compartilhar este momento tão singular com Deus. O espírito lhe chamará para ser profeta de si mesmo e a luz lhe guiará para um lugar onde ninguém mais é necessário.”
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Sombra é contato com a mente. Sombra é estar no mundo. Sombra significa que ainda há resquícios de julgamentos. Enquanto a mente está se metendo na vida alheia, julgando, reclamando... O espírito está centrado na luz, saindo do mundo, entrando em gratidão, louvor e adoração — realizando-se na excelência de Deus. De novo, de que lado você vai ficar? Se você está ouvindo o chamado, perceberá para onde deve ir. Se você não ouve chamado algum, continue caminhando... Um passo de cada vez…Use de disciplina, invista na unidade através das afirmações e orações. Qualquer dia o clarinete toca retumbante em seus ouvidos e você não terá dúvida — haverá uma lanterna em seus pés.  É o espírito iluminando a sombra!
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UNIVERSO EM VOCÊ
Vivian Weyrich

quarta-feira, 21 de março de 2012

Brilho no olhar




:: Maria Isabel Carapinha ::

Somos um reflexo vivo do que pensamos e sentimos! A energia que emanamos é um reflexo do que há dentro de nosso ser; se carregamos dúvidas, ressentimentos, mágoas, tristeza e até mesmo raiva, tudo isso se reflete em nosso olhar.

Quando olhamos para uma pessoa sentimos de imediato em seus olhos o reflexo de sua alma, por mais que tentemos disfarçar o que de fato estamos sentindo, em nosso olhar está tudo estampado.

Os componentes fundamentais do equilíbrio emocional são o amor-próprio e a sua resistência frente a fatores e acontecimentos externos. Eles lhe levarão rumo a relacionamentos saudáveis e a obter o máximo de satisfação em seu trabalho. Com uma nova forma de viver, você desenvolverá a sua criatividade, intuição e espiritualidade.

O equilíbrio emocional é fundamental para que você curta a vida em todos os seus aspectos mais amplos. Desta forma, você enxergará a vida com prazer, sentirá uma ligação de alma com o Universo, sentirá que faz parte de um todo maior e que sua vida pode ser direcionada, sem necessidade de controle e esforço pessoal.

Os bons relacionamentos carecem de um elemento básico sempre presente, que é a empatia. Empatia é a nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro frente a uma situação, é sentir o que o outro está sentindo, é enxergar pela ótica do outro, levando até mesmo em consideração o seu grau de discernimento em relação à vida e da sua evolução. Muitos relacionamentos conturbados e doentios têm em comum a falta de empatia por parte dos envolvidos.

A empatia não é algo fácil de colocar em prática, depende de esforço pessoal e de boa vontade.
Algumas técnicas são fundamentais quando decidimos que o equilíbrio emocional deve fazer parte de nossa vida. Dentre elas destaca-se a meditação e a radiestesia que é a forma de identificação de quais energias estão nos fazendo mal e que devem deixar de fazer parte de nossas vidas. Esta verificação energética se realiza como um todo abrangendo a energia de sua casa, o seu ambiente de trabalho e a sua energia pessoal.

Se a sua vida não está caminhando da forma como você deseja, tenha absoluta certeza que você não está no seu equilíbrio pessoal pleno. Situações e pessoas que lhe fazem mal podem ter que deixar de fazer parte de sua vida, mas para que haja essa mudança é fundamental que você decrete isso para si mesmo e decida viver de uma forma diferenciada rumo ao equilíbrio emocional.

A meditação é muito importante nesta etapa inicial porque o levará a decidir o que deseja para sua vida, ela proporciona uma redução significativa de sua ansiedade e lhe traz consciência sobre tudo que está vivendo.

Como saber se estou no meu equilíbrio emocional pleno? Avalie alguns aspectos de sua vida e verifique se o seu amor-próprio existe, se está satisfeito com seu trabalho, se possui amizades verdadeiras e se tem saúde.

Os sintomas da falta de equilíbrio emocional são doentios e nos levam a condições frustrantes, implicamos com os outros, sentimos insatisfação pessoal constante, atribuímos a responsabilidade de nossa vida aos outros, somos intolerantes diante dos fatos diários, adiamos o cumprimento de tarefas e nos cobramos de maneira contínua.

Além da meditação e da radiestesia, como elementos de transformação de sua condição emocional, o exercício físico é um tratamento altamente eficaz para sintomas de depressão e ansiedade. O exercício físico melhorará a oxigenação de seu cérebro e, portanto, sua memória e concentração, sua clareza na resolução de problemas, gerando ainda bem-estar físico.

É muito duro admitir isso, mas na grande maioria das vezes, somos os responsáveis pelo nosso fracasso, sabemos o que é melhor a ser feito, a decisão está na nossa frente e adiamos a mesma constantemente e como que uma regra já pré-estabelecida, nossa vida continua a mesma.

Estar no seu equilíbrio emocional significa acima de tudo descobrir o bem-estar em todas as situações de sua vida, significa entender e seguir o fluxo natural e tirar o melhor de cada situação. Significa aceitar e procurar ajudar para modificar o que não deseja mais e com isso entrar em harmonia com o seu próprio ritmo. Permitirá desta forma que a Ordem Divina faça parte de sua vida e com isso se integrará ao Universo permitindo que o que lhe é reservado aconteça de fato!

Você atrai magneticamente as pessoas para sua vida e que sempre correspondem ao seu momento energético atual, portanto, será que você neste momento se encontra em seu equilíbrio emocional? Se a resposta for negativa, então, só há uma decisão a ser tomada: cuide de seu equilíbrio emocional e traga de volta o seu brilho no olhar, para que pessoas e situações diferentes passem a fazer parte de sua vida.

Somos responsáveis por nossa vida, e se ela não anda da forma que se deseja, só depende de você a decisão de modificá-la!

Fonte:http://somostodosum.ig.com.br

segunda-feira, 19 de março de 2012

Médiuns anímicos e fantasiosos




Só podemos insistir fastidiosamente na tecla batidíssima de que só há um caminho para qualquer médium lograr o melhor êxito no seu trabalho mediúnico que é o estudo incessante aliado à disci­plina moral superior. O Espiritismo explica que não existem privilégios por parte de Deus para qualquer de seus filhos. Deste modo, nenhum médium ignorante, fantasioso ou anímico transformar-se-á em um instrumento sensato, inteligente e arguto, se não ofizer pelo estudo ou próprio esforço de ascensão espiritual.
Não contrariamos a tese de que é preferível o médium analfabeto, ingênuo e imaginativo, mas dotado de virtudes cristãs sublimes, ao médium intelectivo, culto e desembaraça­do, porém vaidoso, mal intencionado ou interesseiro. Mas é evidente que ainda é melhor o médium humilde, bom e desin­teressado, mas estudioso das obras espíritas e dos bons com­pêndios profanos, que se imuniza contra os automatismos psi­cológicos, as sugestões alheias e as interferências anímicas.
Atualmente o homem não precisa nascer em berço privi­legiado para ser culto, pois as facilidades modernas..., desmentem os que por displi­cência alegam dificuldade para se educar. Aliás, já nem é pre­ciso enxergar para ler, pois até os cegos já dispõem de vasta biblioteca em "braille". Alguns médiuns avessos à leitura abandonam-se à fama voluptuosa e cômoda de que são exce­lentes medianeiros, embora analfabetos. No entanto, o certo é que ofazem mais por preguiça e desinteresse do seu progres­so intelectivo e espiritual. Todo ser convocado para contribuir mediunicamente junto à mesa espírita - ou no terreiro de umbanda - deve se reconhecer uma criatura endividada procedendo à colheita dos frutos espinhosos da sementeira imprudente do passado. Sob tal condição, ela assume graves compromissos para com os seus benfeitores desencarnados, assim como é responsável pela própria renovação moral, intelectiva e espiritual.
O primeiro dever do médium analfabeto ou inculto é justamente o de alfabetizar-se e procurar adquirir cultura, lembrando-se de que o sacrifício inicial, para isso, pode ser uma imposição do seu próprio carma muito gravoso. Não se justifica o velho e cômodo sistema, muito de gosto de alguns médiuns displi­centes, de justificarem a sua ociosidade mental com a esfar­rapada desculpa de possuírem a inata intuição, sensata e certa, de todas as coisas, sem qualquer conhecimento das obras espíritas. Os mais ingênuos ainda acrescentam que o seu vasto conhecimento intuitivo os dispensa atualmente de qualquer novo aprendizado doutrinário, pois é fruto do seu contato com o Espiritismo em vidas anteriores.
Sem dúvida, todos os homens nascem analfabetos, mas todos precisam aprender a ler. Uma vez que as próprias crianças conseguem alfabetizar-se, é evidente que isso ainda será bem mais fácil para os adultos, que já possuem maior desenvolvimento e acuidade mental. Inconscientes do seu ridículo, aqueles que se blasonam de ser iletrados, mas ina­tamente cultos,  lançam tor­rentes de sandices... e exortações prenhes de lugares comuns à conta de brilhante tese filosófica...

Ramatís - do livro MEDIUNISMO.

quinta-feira, 15 de março de 2012

AS DIFICULDADES DA MEDIUNIDADE




Atuar como um intermediário entre seres pertencentes a planos diferentes não é uma tarefa simples, mas é a função do médium, e exige intenso e intermitente esforço de concentração, disciplina e trabalho.

- Nathalia Leite -
Se a convivência com seres "normais", encarnados, já é suficiente para levar muita gente à loucura, o que dizer das situações bizarras com as quais os médiuns e paranormais devem lidar diariamente. Imagine, por exemplo, receber visitas de espíritos que não sabem que estão mortos; ver a alma de um enteado deixando o corpo no momento do desencarne; sair do corpo durante o sono e se ver na cama dormindo; escrever mensagens em outros idiomas e sequer entender o que está escrito; andar por aí sem conseguir discernir quem está nesta ou em outra dimensão. As histórias envolvendo os médiuns seguem por esse caminho. 

São várias as dificuldades e os desafios enfrentados pelos médiuns quando ainda não se adaptaram às suas faculdades psíquicas, ou ainda não as conhecem bem. Em muitos casos, o próprio desabrochar da mediunidade já é um tanto traumático e amedrontador para o indivíduo, levando-o ao desespero. Segundo Wiliam Jones, presidente do Centro Espírita Seara Bendita, muitas pessoas não prestam a devida atenção a essas manifestações em suas vidas; às vezes nem percebem sua mediunidade, e acabam inutilizando uma ferramenta que pode ser fundamental para o próprio auxílio espiritual, ou o auxílio a uma comunidade.

Na introdução do livro A Vida no Planeta Marte, Hercílio Maes (1913-1993), médium que psicografou diversas obras do espírito Ramatís, conta que seu caso começou de forma muito desagradável: "O excesso de fluidos, que vibravam em mim, transformou-se num fenômeno de opressão e ansiedade, que me levou aos consultórios médicos, ingressando, então, na terapia de sedativos e tratamentos de neurose de sangue, sem que, no entanto, conseguissem identificar a verdadeira causa do meu estado, o qual era todo de ordem psíquica. Felizmente, um amigo sugeriu-me que eu devia desenvolver-me num centro espírita. Aceitei a sugestão e, efetivamente, em menos de trinta dias, recuperei minha saúde, quanto a esse estado aflitivo e anormal de perturbações emocionais. Devotei-me, então, a uma leitura intensa do setor espiritualista. Todavia, não consegui livrar-me da complexa confusão anímica, que é a ´via-crucis´ da maioria dos médiuns em aprendizado. No meu deslumbramento de neófito, alvorocei-me no anseio de obter ou desenvolver, o mais depressa possível, a mediunidade sonambúlica, pois ainda ignorava que as faculdades psíquicas exigem exaustivo esforço ascensional e que a disciplina, o estudo, a paciência e o critério cristão são os alicerces fundamentais do bom êxito. Além disso, a dor, com todos os seus recursos impiedosos, assaltou-me por largo tempo; doente, fui submetido a quatro operações cirúrgicas; sofrimentos morais, aumentados ainda por prejuízos econômicos, fecharam-me naquela situação acerba em que a alma se vê forçada a olhar as profundidades de si mesma em busca de um mundo extraterreno, liberto das ansiedades mesquinhas e de caráter transitório".

"Então, no silêncio das noites insones, meditando profundamente, consegui encouraçar-me daquela resignação intrépida que decide o homem a aceitar todos os seus espinhos, desde que seja a serviço do Divino Mestre. E minha alma ouviu o cântico sublime daquele amor que nos leva a compreender que somos uma unidade cooperadara do equilíbrio do Universo Moral, servindo a Deus e ao próximo" .

"Após ter imposto esse traçado a mim mesmo, um dia, escutei a voz amiga e confortadora de Ramatís para guiar-me. E, então, a minha mediunidade começou a florescer como a flor cuja raiz encontrou um solo rico de energias vivificantes" .

Primeiros Avisos

Antes de relatar esse processo, Maes descreve com detalhes o primeiro contato que teve com Ramatís, aos três anos de idade. Já havia nele uma forte predisposição para a mediunidade que, contudo, só veio a aflorar muitos anos depois. Uma explicação possível para o caos em que se transformou sua vida num primeiro momento, pode ter sido a interferência de seu mentor espiritual para avisá-lo que precisava começar a se preparar. Quando a pessoa não atende ao chamado, seja por descrença, descaso ou desatenção, seu mentor pode incitar algum tipo de transtorno - que pode ser de ordem material, física ou existencial - com o objetivo de alertar o médium. "É uma forma de sinalizar o fenômeno", observa William.

Para Albert Paul Dahoui, escritor de A Saga dos Capelinos (série de nove livros sobre Capela), a mediunidade aconteceu de forma inesperada. Em 1969, aos 22 anos, ateu e materialista, Albert procurava explicações para a vida e o universo através da ciência. "Namorava aquela que viria a ser minha primeira esposa, e ela era umbandista. Quando mencionou o fato, achei aquilo tudo muito estranho e resolvi investigar", ele conta. Após meses de insistência, conseguiu convencer a esposa a levá-lo ao centro de umbanda. "Lá pelas tantas, ela teve uma manifestação. Neste instante, impelido pela curiosidade, levantei-me para observá-la melhor. Assim que o fiz, senti uma irresistível vontade de me sacudir. Um espírito incorporou-se, como se diz no linguajar comum, e me arremessou contra o chão, após um vôo sensacional. Assim que me levantei, já livre da incorporação, meu corpo todo tremia, mesmo que jamais estivesse tão calmo quanto naquele momento. Pensei comigo: ou enlouqueci ou existe algo nessa coisa toda que preciso descobrir. Alguns dias depois, entrava para o centro de umbanda". Mais tarde, Dahoui percebeu que já manifestava os sintomas desde os dez anos.

Embora continuasse freqüentando o mesmo centro, não foi na umbanda que ele encontrou explicações suficientes para esclarecer inúmeras dúvidas que lhe surgiam. "Temos a sorte de ter os livros de Alan Kardec, assim como o trabalho de vários pensadores e médiuns, especialmente Chico Xavier. Já, na umbanda, salvo exceções que acredito existir mas não as conheço, os livros doutrinários ou são pobres, ou são escritos por pessoas que podem até ter boa vontade, mas são culturalmente primárias". Albert, que acabou se tornando médium de incorporação e intuitivo, acredita que a mediunidade e os estudos que dela decorreram lhe conferiram uma maior compreensão do universo e dos processos que o constituem. "Mas isto é um trabalho para sempre", adverte. "Adquirir conhecimento é uma atividade permanente. Entretanto, a compreensão dos fatos existenciais nos dá uma força maior e nos permite superar os problemas".

Problemas e Soluções

Militar do exército, hoje na reserva, o médium e escritor Eurípedes Kühl, de 68 anos, também não teve um começo muito tranqüilo. "Tinha sonhos recorrentes sobre desastres aéreos, que se confirmavam em, no máximo, 48 horas. Queda de aviões não são rotina, mas também não são raras. Acontece que eu passei a saber onde e quando. Aí, não me restou escape: procurei freqüentar reunião mediúnica, na tentativa de entender o que isso representava", conta Eurípedes. Aos poucos o tema dos sonhos deixou de ser" queda de aviões", e passou a todo tipo de tragédia, que em seguida se consumava, até que um dia as premonições cessaram.

Assim como Dahoui, Eurípedes acredita que, ao conseguir educar a mediunidade, passou a ter uma nova visão da vida e do universo. "Tenho procurado ser mais tolerante, fato que só bem me faz. A visão da vida e da reencarnação, sob a ótica espírita é, para mim, a maior contribuição filosófica que o Espiritismo oferta à humanidade", diz Eurípedes. Ele observa que, no espírita convicto, conquanto o instinto de conservação impere em todos os seres vivos, "a morte, em si, sem ser desejada, deixa de ser temida. Acredito na existência de outros universos, não apenas o físico (da astronomia) e no espiritual (da concepção espírita), mas também, universos em dimensões ultra-espirituais" .

Wagner Borges, especialista em projeção astral e fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, afirma que desde sua primeira experiência mediúnica (enquanto dormia, saiu de seu corpo e pode se observar), já foi logo se informar sobre o fenômeno. "Nunca tive medo, porque sempre procurei entender o que acontecia. Li muitos livros e participei de reuniões em grupo, de modo que minha mediunidade foi se desenvolvendo à medida que eu ia compreendendo cada vez mais esse assunto". Ele conta que, certa vez, apareceu-lhe um espírito que estava sem a cabeça. Wagner teve de fazê-Io entender que sua cabeça astral continuava
lá, que fora o seu corpo material que sofrera a lesão. "O espírito se apresenta para você da forma como ele mesmo se vê; então eu o vi sem a cabeça. Pouco a pouco, ela foi se reconstituindo, quando ele se convenceu de que ela estava lá".

Episódios semelhantes são corriqueiros nos centros espíritas. "Houve um homem cujo rosto estava todo deformado, e que não sabia que tinha morrido num acidente de trabalho", conta William Jones. "Enquanto ele regulava a pressão de uma caldeira, ela explodiu na sua frente. Nós lhe ´emprestamos´ ectoplasma e recompusemos seu perispírito. Quando ele se olhou com a face refeita, ficou tão feliz que chorava de emoção", relembra. Depois disso, os médiuns orientaram-no a procurar assistência do plano espiritual. "Ele tentava falar com a família, mas achava que ninguém queria falar com ele porque estava deformado".

Conhecendo os Sinais

Há cerca de 100 tipos de mediunidade, dos quais os mais recorrentes são: a psicografia (mensagens escritas, transmitidas por um espírito através do médium), pictografia (pintura de imagens recebidas), clarividência (capacidade de ver acontecimentos passados ou futuros, ver o corpo astral de outras pessoas e ver espíritos), clariaudiência (propensão para ouvir os espíritos), etc. Os médiuns conhecedores do assunto explicam que cada espírito recebe um potencial diferente mediante sua ocupação na Terra. "Por exemplo", diz William, "se você encarnou com o objetivo de ajudar a humanidade através do jornalismo, então suas aptidões estarão voltadas para a comunicação. É a mesma coisa com a mediunidade: cada um recebe a que precisa".

Os sintomas mais comuns indicadores de forte predisposição para a mediunidade são: suor excessivo nas mãos e axilas; maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem; depressão psíquica e instabilidade emocional, melancolia; distúrbios de sono, ou em excesso, ou insônia; perda do equilíbrio do corpo, sensação de desmaio iminente; súbita aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia); fobia e medo de quase tudo, sensação de insegurança. Mas tudo isso vai se estabilizando e desaparecendo conforme o médium canaliza de forma mais adequada suas faculdades psíquicas com muito estudo, trabalho e disciplina.

Uma das tarefas mais complexas para o médium novato é conseguir discernir as influências que atuam em sua psique. Não se questiona mais o fato de que o ser humano sofre interferências de todos os elementos que compõem o universo, e isso inclui as formas pensamento de outros seres. De uma maneira ou de outra, todos os seres humanos são, em maior ou menor grau de intensidade, médiuns por natureza.

"Às vezes, o indivíduo escreve uma mensagem e não sabe se veio dele mesmo, de seu mentor ou de outro espírito. Nem tem certeza se foi inspiração ou psicografia", diz William. Além disso, o próprio médium, por falta de confiança ou desenvoltura em lidar com sua mediunidade, pode interferir no que o espírito está tentando lhe dizer.

Dahoui lembra um episódio, quando trabalhava com sua entidade no centro umbandista, em que veio um consulente pedir auxílio espiritual. "Era um homem negro, de trinta anos, e postou-se em perfeito mutismo. Em questão de segundos, passou pela minha cabeça que o rapaz tinha sido abandonado pela esposa e que ela tinha levado sua adorada filha de oito anos. Além disto, estava sendo acusado de desvio de mercadorias na empresa em que era guarda-noturno. Imediatamente, não permiti que minha entidade lhe falasse aquilo. Só podia ser coisa de minha cabeça: era muita desgraça para um homem só". Convencido de que aquilo era uma criação de sua mente, Dahoui disse ao homem que estava tudo bem e que fosse embora, ao que o consulente, arrasado, retrucou dizendo que não estava nada bem e, em seguida, contou exatamente a mesma história que surgira na mente do médium. "A entidade ainda tinha tentado falar algo, mas eu - um médium novo na época -, fiquei aflito e querendo me ver livre da situação constrangedora".

Concentrar no Amor

Dahoui ainda observa que, se o espírito quer dizer alguma coisa que o médium acredita ser invenção de sua cabeça - e muitas vezes é mesmo - ele é capaz de não deixar o espírito falar. "Muitas pessoas hão de ficar revoltadas com o que estou dizendo, mas posso assegurar que devo ter tido contato com mais de três mil espíritos e médiuns diferentes nestes 33 anos de pesquisa, e não encontrei um caso sequer em que eu pudesse dizer que o médium não interferiu de uma forma ou de outra, em menor ou maior grau". Sendo assim, o esforço do médium consiste em "sintonizar a freqüência", corno se fosse urna estação de rádio, de modo que a "melodia" possa fluir com o mínimo de distorção.

Mas a coisa não pára por aí. É unanimidade entre os médiuns experientes que a evangelização é condição indispensável para uma orientação positiva das faculdades mediúnicas. "Não é necessário que a pessoa desenvolva algum tipo de trabalho diretamente ligado ao Espiritismo", diz William Jones. "Aliás, ela nem precisa ser espírita, mas tem que se desenvolver moralmente e ampliar seu poder de amar incondicionalmente". Wagner Borges, que não tem uma religião específica, concorda plenamente com esse ponto. "Se você tem amor dentro de você e ele está presente em todas as suas ações, então você já está no caminho certo".

O executivo Ailton Leite, de 49 anos, nunca trabalhou num centro espírita, apesar de ser médium desde a infância. "Sempre quis ser médico de gente, mas acabei virando um médico de empresas", conta Leite, que também afirma ter uma forte sintonia com Ramatís. Ele acredita que, se não fosse pela mediunidade, ele não teria mergulhado nos conhecimentos espíritas, que muito contribuíram para seu crescimento moral. "Na profissão em que atuo, a paciência, a honestidade e a serenidade são valiosos atributos", observa Ailton. "Cada um recebe as faculdades de que necessita para desempenhar urna determinada função nesta vida.

Se você é um espírito missionário, que não tem nada a pagar e só vem para trazer conhecimento à humanidade, o plano espiritual pode julgar providencial que sua mediunidade seja muito forte, a fim de que ela potencialize seu trabalho", explica. William completa dizendo que às vezes, a mediunidade só vem para mostrar algumas coisas à pessoa.

Todos os entrevistados concordam que não é preciso ter uma religião para ser bom e fazer o que é correto. Segundo eles, na ausência de uma educação ética, o médium pode utilizar seu dom negativamente. Pode comercializá-lo, aproveitando-se da fragilidade das pessoas para cobrar por consultas nas quais é capaz de delatar maridos que traem, sócios que roubam, acidentes que irão acontecer ou ensinar como ganhar fortuna fácil. "Existem pessoas que usam seu poder para se promover e chamar a atenção do público", diz William. Ailton reforça essa tese dizendo que as pessoas sempre procuram os efeitos especiais, em detrimento dos verdadeiros ensinamentos. "Se numa mesma rua estiver um homem que entorta garfos com o poder da mente, e mais adiante houver outro falando sobre amor, justiça e solidariedade, o povo vai atrás do primeiro", ele ironiza.

A mediunidade em si, como todas as coisas no universo, não é boa nem ruim. O dinheiro na mão de uma pessoa pode servir para comprar uma arma e matar um ser humano, ou para comprar comida e alimentar urna criança faminta. No cosmo, há espíritos comprometidos com a evolução humana, há os que precisam desesperadamente de orientação, e há os que ainda mantêm um apego ferrenho aos bens materiais. Cada qual sintoniza com as pessoas da mesma estirpe, da mesma índole. Ou seja, cabe a cada ser humano determinar suas companhias e seu destino, nesta e em qualquer outra dimensão.


Fonte:http://www.ippb.org.br

HÁBITO



O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando costante indução à rotina. Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, o rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência. Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensametos alheios pela reflexão automática, e, em razão disso, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando conseqüentemente a nós mesmos. Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse, e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias. Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar. Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser levanta no seio do espaço e do tempo, conquistanto os recursos que lhe enobrecem a vida. A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos da existência. É por esse motivo que vemos no Cristo - divino marco da renovação humana - todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão. À tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima. No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer. Toda a passagem do Senhor entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano. Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança, e o nosso amor sobe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o "hoje". Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educar-nos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Corrente Mediúnica




É o conjunto de forças magnéticas que se forma, em dado local, quando indivíduos de pensamentos e objetivo semelhantes se reúnem e vibram em comum. Podemos dizer que é um conjunto de médiuns, tal quais os elos de uma corrente de metal, que se interligam e complementam.

 Na corrente, cria-se o contacto entre as auras, unem-se os fluídos, harmonizam-se as vibrações individuais, os elos mentais ligam-se entre si e forma-se uma estrutura espiritual da qual cada pessoa é uma parte, uma parte viva, vibrante, operante. Para que uma corrente mediúnica seja coesa e tenha uma boa vibração, os médiuns que dela participam, deverão ter o mesmo pensamento ou sentimento, caso contrário, o elo quebra-se, o trabalho espiritual não desenvolve. Às vezes a “carga negativa” é demais para um único médium absorver e se livrar dela. É necessário que se dilua essa carga entre outros médiuns e, nesse caso forma-se uma corrente mediúnica, que pode ser composta por dois médiuns no mínimo ou por uma quantidade infindável deles.

 As sessões espirituais são compostas por duas correntes: corrente mediúnica e corrente espiritual, que trabalham em harmonia, buscando os mesmos objetivos. À corrente que se estabelece num ritual no plano material, corresponde uma outra formada pelas entidades e, dessa união gera-se uma forte corrente espiritual, de onde todos podem beneficiar. A participação de um médium numa corrente deverá começar pelo banho de ervas e uma limpeza mental, preparada de bons sentimentos, elevando o pensamento para um plano superior de religiosidade.

A formação de uma boa corrente magnética é a condição mais importante para a realização de todo e qualquer trabalho espiritual.

A missão de ser médium é árdua e espinhosa, é difícil, é o caminho das tentações. Médiuns são aqueles espíritos que receberam antes da presente encarnação, determinados ajustes no Organismo Astral e, nas suas concepções morais, que possibilitem ceder a sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da Caridade e da evolução própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este Ser e os Espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda, antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo. A vida não nos pede sacrifícios, nem esforços que não sejam compatíveis com as nossas forças. Compete a todos os médiuns lutarem para melhorar. O desejo de muitos para ser médium é ardente, no entanto, passar pelos caminhos que devem ser trilhados por um instrumento sensível ao bem, poucos suportam.


Fonte:http://www.centropaijoaodeangola.com.br

terça-feira, 13 de março de 2012

Lucidez Espiritual






Saúde, Enfermidade e Auto-Amor
Além da Matéria - Joseph Gleber – Robson Pinheiro





As enfermidades são o resultado da desarmonia dentre o espírito e o corpo, a vida e a forma. A consciência encerra toda a expressão da vida em sua própria intimidade. É o espírito imortal. Quando essa consciência assume o campo da forma através da reencarnação, passa a expressar-se no mundo fenomênico com uma parcela de sua lucidez espiritual.

Mas o homem encarnado não traz em si, nessa interação espírito-corpo, toda a manifestação de sua consciência. A expressão máxima da vida e da lucidez espiritual encontra-se no espírito. Semelhante verdade é de grande importância para que se compreenda as relações de equilíbrio e desequilíbrio, harmonia e desarmonia ou de saúde e enfermidade.

Entre o campo consciencial e o corpo físico existe um mundo de energias, cuja existência está demonstrada na revelação espírita, como nas modernas descobertas da ciência terrena. Nesse campo energético, também representado pelo duplo etérico e pelo psicossoma, é onde se originam, muitas vezes, os conflitos que geram as enfermidades.

A doença é, por isso mesmo, efeito do acúmulo ou do desgaste de energias que atingem os corpos superiores. É preciso desenvolver certos sentidos espirituais a fim de compreender a linguagem do corpo. Cada manifestação de enfermidade traz uma mensagem com endereço certo e com a linguagem necessária para o aprendizado do homem.

Sendo a doença o resultado de um conflito no campo energético ou emocional, ela pode ser vista como um processo de evolução ou de expurgo dos fluidos densos. Tais fluidos ou energias poderão, através da doença, liberar o organismo espiritual da carga tóxica que o oprime.

Como fator evolutivo, a enfermidade que desarmoniza o homem transforma-se em objeto de despertamento da consciência para a solução de conflitos íntimos. Uma vez solucionado o conflito com a reeducação dos impulsos da alma, a enfermidade perde a sua razão de ser. Com o cessar do desequilíbrio íntimo, a energia mórbida que impregna o psicossoma é redirecionada e paulatinamente deixa de fluir; assim, é restabelecido o equilíbrio interior.

É dessa forma que a postura evangélica do amor resolve por completo os bloqueios energéticos da alma em trânsito evolutivo.

As posturas equivocadas,  as emoções descontroladas, podem emergir do passado espiritual em forma de conflitos psicológicos ou enfermidades físicas, mas, uma vez que o homem se reeduca de acordo com as leis da vida, no desenvolvimento do auto-amor, tais energias em desequilíbrio encontram novamente a harmonia.

A fonte dos males ou das desarmonias que são conhecidas como enfermidades pode ser encontrada em qualquer dos corpos de manifestação da consciência. Quando à desarmonia nasce no “campo emocional” mais facilmente se transfere para o corpo denso através dos chacras, que automaticamente distribuem o fluido mórbido nos locais mais sensíveis do corpo somático.

Quando é o “corpo mental” que está desorganizado, as enfermidades se manifestam no campo psicológico ou mental, exigindo também grandes dispêndios de energia, a fim de reequilibrar o indivíduo.

Como o homem terreno tem seus campos etérico e psicossomático mais desenvolvidos que os corpos superiores, é natural que as enfermidades que atualmente assolam a humanidade encontrem sua gênese exatamente no perispírito ou psicossoma.

As emoções e os desejos contidos de modo irrefletido e desordenado dão origem a profundas angústias; os desequilíbrios emocionais e as paixões desenfreadas, muitas vezes reprimidos apenas pelas imposições sociais, deixam marcas profundas nas células sutis do corpo espiritual.

Isso requer longo tempo no trabalho de reajuste. Normalmente, nestes casos, os chacras inferiores e os seus plexos correspondentes encontram-se desajustados pelo acúmulo de energia ou fluido mórbido. Essa vibração desarmônica transfere-se para o corpo somático em forma de enfermidades.

A integração entre espírito-perispírito e corpo-físico é tão grande e se manifesta em tal intensidade que o sistema nervoso responde de forma automática aos impulsos advindos do espírito.

As energias e emoções vividas pelo espírito encarnado influem profundamente nas funções vegetativas, atingindo o sistema simpático e parassimpático com a densidade característica desses focos de desarmonia.

O acúmulo de energia densa pode gerar distúrbios e toda forma de enfermidades inflamatórias, envolvendo o órgão afetado com uma carga de fluido denso e uma aura densa e sem brilho, que é absorvida pelo órgão, causando a enfermidade local.

A falta de energia que ativa a vitalidade pode ser o resultado de um bloqueio que impede a circulação do fluido vital, deixando o órgão correspondente atrofiado ou sem o campo energético que o mantém ativo. Observa-se então um certo enfraquecimento do órgão, com um embaçamento da aura ou campo energético que o circunda.

Isso tudo nos leva a reavaliar certos conceitos modernos a respeito da saúde e das enfermidades. O organismo físico apenas reflete o estado dos outros campos de manifestação da consciência espiritual. O estado psicológico está sempre em relação com o estado físico, interagindo com este de forma perfeita e gerando situações que podem ser classificadas de saúde ou doença.

Quando o individuo é hiper-ativo, utilizando-se em demasia do fluido vital, provoca um desequilíbrio externo, que, com o tempo, passa para outras pessoas que o rodeiam, contaminando aqueles que entram em contato com ele. É o excesso de energia que o ser não sabe direcionar. Tal excesso se manifesta na hiperatividade, na sexualidade desregrada, nas agitações íntimas que se alastram como vírus.

Por outro lado, quando o individuo passa a dirigir suas energias exclusivamente para o seu íntimo, não consegue adaptar-se à realidade em que se situa, gerando traumas e fugas, que são outras causas de enfermidades do corpo e da alma.

Tais focos de desarmonia requerem um ponto de equilíbrio, que a terapia evangélica aconselha acontecer através da reeducação. Reeducar-se é procurar o ponto de equilíbrio entre a matéria e o espírito.  Nunca a reeducação significa fuga ou excesso. Sempre o Evangelho nos aconselha o método do amor ágape(ágape, como um termo para o amor ou a afeição, é usado raramente em manuscritos antigos.) e do auto-amor.

Saúde, Enfermidade e Auto-Amor
Além da Matéria - Joseph Gleber – Robson Pinheiro

Lucidez espiritual: Segundo algumas pesquisas, o homem utiliza apenas uma pequena porcentagem de sua capacidade mental.

Considerando o ser espiritual, compreende-se que apenas uma parcela de todo o seu potencial se faz perceptível para a consciência encarnada, já que o corpo físico e, portanto, o cérebro, amortece as impressões que o espírito envia ao corpo. O organismo físico funciona como um transformador vivo que diminui lembranças e a freqüência vibratória do ser.

Linguagem do corpo: O corpo é um espelho altamente revelador do inconsciente. Ele mostra flashes da personalidade, expõe crenças, valores, preconceitos, forças e fragilidades do caráter.

As mensagens que emitimos por meio do nosso corpo constroem aquilo que temos demais verdadeiro e substancial. A linguagem corporal, quando bem utilizada, ajuda a dizer o indizível, a dar forma a um sentimento e a concretizar as imagens das emoções mais verdadeiras.

Envolvemos, além da palavra, o jogo fisionômico, a postura cênica, a flexibilidade dos músculos, o domínio das expressões faciais, dos movimentos de braços, pernas e  quadris.

Energia mórbida: É a qualidade dos fluidos mais densos, que impregnam o duplo etérico e o perispírito, causando um aumento de vibração de natureza doentia.

Ordinariamente, esse fluido mórbido apresenta-se como uma fuligem que se adere às células do corpo espiritual e extravasa para o corpo físico em forma de enfermidade.

Quando o homem adoece, em geral, é o resultado do descenso vibratório desse fluido, que se somatiza e faz fluir para o corpo o resíduo de cargas tóxicas aderidas ao perispírito.

Chacras: A palavra chacra significa roda. Sua principal função é absorver e distribuir o prana ou energia vital para o corpo etérico e, através deste, para o corpo físico.

Atuam como transmissores e transformadores de energia, que é distribuída por canais etéricos – as nadis(Uma nadi (plural: nadis) é uma formação de energia na forma de canal na qual o prana flui e pode se conectar aos chakras – que correm paralelos ao sistema nervoso.

Focos de desarmonia: Esses focos de desarmonia poderão ser identificados como emoções desequilibradas, excesso de energia que produz irritabilidade, nervosismo e hiperatividade sexual. Também podem ser identificados como estados alterados de permanente alheamento da vida social, introspecção, tristeza, melancolia, depressão, etc.






Fonte:http://www.harmoniaespiritual.com.br

segunda-feira, 12 de março de 2012

Doenças do corpo e do espírito




Para a Doutrina Espírita há três gêneros de doenças, a saber:

Doenças Cármicas 
São as congênitas e as hereditárias, resultantes dos desequilíbrios que tivemos em vidas passadas.

As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc, arrastando um corolário de sofrimentos.

As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.

Doenças Adquiridas 
São aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra.

Predisposições (físicas ou espirituais) Para as Doenças 
Provenientes de um ou vários desequilíbrios das vidas passadas e/ou de tendências genéticas que, ante uma fragilidade na presente existência, se manifestam sob a forma de doença (a predisposição é cármica, mas a doença é adquirida).

O surgimento das doenças
A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.

Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.

Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”.

Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.

A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

O Espírito André Luíz explica que: “Os factores que programam as condições do renascimento no corpo físico, são o resultado dos atos e pensamentos das existências anteriores”. Por aqui constatamos que no que se refere às doenças cármicas e às predisposições para as mesmas, somos herdeiros de nós próprios.

Há dois comportamentos que marcam negativamente o perispírito e que provocam as doenças cármicas: um deles, é a consciência culpada, tanto pelo mal que fizemos – a nós e/ou aos outros –, como pelo bem que deixamos de fazer (quando está nas nossas mãos realizar o bem e por egoísmo ou comodismo, optamos por não o fazer); o outro, é o desejo de continuar doente. Há pessoas que querem ficar ou continuar doentes, como uma maneira de substituírem a carência afectiva que sentem. Esta atitude vai marcar fortemente o perispírito, fazendo com que essa marca passe para outras vidas, onde o atual desprezo pela saúde, será resgatado pelo desejo de a poder recuperar.

O leitor(a) pode pensar: “– Mas não há nada que se possa fazer para suavizar as doenças cármicas?” E a resposta é um rotundo sim!

Vejamos quais são então os meios de que dispomos para isso:
a) aceitar a doença com uma resignação ativa, ou seja, fazendo um esforço constante para superar ou amenizar as limitações desta, quer sejam físicas ou psíquicas;
b) nunca nos revoltarmos;
c) trabalhar a favor do próximo – o Mestre Jesus assegurou-nos há mais de dois mil anos que “o amor cobre a multidão de pecados” e assim, compreendemos que fazer o bem incondicionalmente é uma excelente maneira de suavizarmos as nossas dívidas do passado e de amenizarmos as marcas no nosso perispírito.

A CURA DAS DOENÇAS 
A cura está formada por três pontos básicos:

Ação terapêutica da Fé 
Querermos curar-nos e tornarmos este desejo cada dia mais forte, é fundamental para qualquer cura. Mas para isso, precisamos de acreditar em nós próprios e em Deus, e mudarmos a nossa atitude perante a doença, isto é, temos que vê-la como um obstáculo que temos que ultrapassar. E para nos ajudar a consegui-lo, devemos usar o recurso da prece sincera e fervorosa, tal como no-lo aconselha O Evangelho Segundo o Espiritismo, no ponto 11 do cap. XXVII. É que, por meio da prece, entramos em sintonia com o Mundo Maior, equilibrando o nosso ser e favorecendo a ação curativa dos Benfeitores espirituais.

“A tua fé curou-te. Vai e não peques mais!” – disse Jesus. Se aplicássemos esta recomendação do Mestre a toda a nossa vida, não voltaríamos a adoecer.

A medicina atual conta já com inúmeras pesquisas que demonstram a importância que tem o pensamento positivo no fortalecimento imunológico do corpo físico, favorecendo a reação orgânica pela qual se obtém a cura.

E o Espírito Miramez comenta no seu livro Saúde, psicografado pelo médium João Nunes Maia, que “não existe verdadeira cura sem oração. Eis porque em todos os métodos de cura, a devemos usar para alcançarmos o beijo de luz de Deus, que se transforma no nosso peito em magnetismo animal, para curar os nossos semelhantes e a nós mesmos”.

Auto-conhecimento 
Adenauer Novaes, no Psicologia do Evangelho diz-nos que “querer ficar curado é não atribuir aos outros a responsabilidade pelo processo da cura… O meu salvador sou eu”. Se nós imprimimos a nossa doença de dentro para fora, é lógico que devemos curá-la da mesma maneira – de dentro para fora. Só conhecendo as nossas tendências boas e más, seremos capazes de nos curar. Mas para isso precisamos de fazer uma ação terapêutica em 3 passos, na qual devemos, em primeiro lugar, identificar as causas do sofrimento; a seguir, tentarmos compreender a razão desse sofrimento e assumirmos a atitude correta; e finalmente, libertarmo-nos dos sentimentos negativos que temos dentro de nós, como a mágoa, o rancor ou o ódio – libertação esta que só é possível mediante o perdão.

Hoje em dia, a ciência médica já chegou à conclusão de que é o estado psicológico da pessoa, isto é, o seu Espírito, que influencia o estado de saúde ou de doença; já se sabe que, por exemplo, o perdoar-se alguém, não só é necessário devido às concepções morais ou religiosas, mas também é um imperativo, como meio de se curarem várias doenças crônicas.

Atualmente, em praticamente todo o mundo, os psicólogos passaram a fazer parte das equipas médicas de Oncologia, para fazerem terapia de recuperação da auto-estima aos pacientes, pois descobriu-se que este é um componente que tem muito peso na cura do cancro.

Resignação Dinâmica, isto é, aceitação da vontade de Deus. 
Neste caso, a resignação é, em primeiro lugar, aceitarmos a doença, mas termos a coragem de a enfrentar e de extirparmos ou suavizarmos a sua causa; em segundo lugar, procurarmos o tratamento para a mesma. Devemos fazer todos os tratamentos que estiverem ao nosso alcance, através da medicina, da psicologia e também das terapias espirituais (passes, palestras e desobsessão).

No entanto, devemos fazer aqui uma ressalva importantíssima: Tudo aquilo que expusemos só dará resultado se a doença nos tiver motivado para fazermos a nossa reforma íntima do bem!

Adenauer Novaes esclarece que “curar-se, é alcançar uns níveis maiores na capacidade de nos amarmos a nós próprios, ao próximo, e à vida”; e Roberto Brólio afirma que “a profilaxia das doenças da alma decorre do conhecimento que cada qual deve ter das leis da vida, que são totalmente voltadas para o bem”.


Fonte:http://aprendizadoespirita.wordpress.com

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