Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

Amigos do Blog Xamãs na Umbanda

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Obsessores – Uma Batalha de Luz e Trevas




     Existe uma intensa atividade permeando o universo físico e o espiritual. Forças e energias espirituais influenciam a vida dos encarnados, muitas vezes de forma negativa, provocando comportamentos e atitudes negativas, criando uma atmosfera densa de ódio e desespero. Esses espíritos ligados aos vivos e distantes da grande Luz Divina, vivem só para isso. Estamos falando dos obsessores.
     Obsessão: substantivo feminino. 1 – Diacronismo: antigo. 2 – Suposta apresentação repetida do demônio ao espírito. 3 – Apego exagerado a um sentimento ou a uma idéia desarrazoada. 4 – Ação de molestar com pedidos insistentes; impertinência, perseguição, vexação.

     Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante : em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades,  tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.


     Na Terra, existe um sem-número de forças espirituais, e nem todas com “boas intenções”. Na verdade – segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos – o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas freqüências.


     Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, egoísmo, amor não-correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram,  afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.


    Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.


      A Obsessão Nasce

     Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por  que tudo começou.


     Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.


   É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor. O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de auto-estima), podem produzir obsessões.


      A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.


    Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.


     De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.


     A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à “vitória” do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.


      O Ataque das Trevas


     Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercida pelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente, como os demônios das histórias bíblicas, e assim como ocorre nessas histórias, as formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que se tornam evidentes. Mas podemos dividi-las da seguinte forma:


      Obsessão Simples


    O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce uma persistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.


      Na maior parte das vezes, com o auxílio da auto-análise e do bom-senso, a vítima afasta esses pensamentos “ruins” e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.


       Fascinação


     Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.


  Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tornará ainda mais complexa a situação.

   Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma “missão divina”, e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.


       Subjugação


      É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem suas “novas” atitudes.


    O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor. Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsedado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.
       Auto-Obsessão


     Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por eles mesmos. Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos “erros” que acreditam terem cometido em vida.


     Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por “castigos” que possam “purificá-los”. Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.


        Mas a Luz Cura

    Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso. É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.


      Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a presença de um grupo considerável de médiuns, e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas espirituais.


     A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão. Antes de começar o trabalho, é necessário definir o foco que será seguido, e todos deverão exercitar sua força de vontade de forma a que formem um só feixe de energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido com práticas espirituais diárias, que sejam instrutivas e que lhe dêem um forte alicerce. Além disso, deverá praticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.


         A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.


      Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade em ambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso  livrar-se de plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar ventilar em todos os cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casa onde se sinta a presença de forças obsessoras.


         A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que torna possível a recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida. Recomenda-se a todos seguirem a prática espiritual da prece e a leitura de material espiritual inspirador. Dessa forma, cria-se uma corrente fluídica positiva em torno de todos, gerando a elevação da freqüência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas na situação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos iluminados, gerando um círculo virtuoso e próspero de amor e luz.


        O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça. Depois, quando se vê que a cura demandará semanas, e não dias,  abandonam-se as práticas e surge a descrença quanto à eficácia da cura, buscando outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, tais caminhos apenas levam a mais dor e problemas.


       A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade. A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que e ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e “atalhos” que lhe surgem à frente.


      Além do que vimos anteriormente, existe uma ferramenta que é um dos recursos heróicos no combate à obsessão: é a chamada sessão de desobsessão. Essa  sessão deve ser usada em casos extremos, quando tudo já foi tentado sem resultado e, pelos caminhos da humildade e da fé, mostra-se necessário ajudar alguém que sofre de tal mal.


       Para tal é necessária a presença de um grupo de médiuns seguros, que exercitem a doutrina em todos os instantes de sua vida. Para o sucesso da sessão é preciso a tutela de um orientador que possua grande autoridade e uma intensa força de vontade, inabalável crença na Força Divina, a fim de se dirigir aos espíritos obsessores. Ele deve ser conhecedor do assunto, com prática e facilidade para expor a doutrina, e suas ações devem sempre ser o reflexo de suas palavras, não agindo com hipocrisia e tampouco se deixando levar pelo orgulho, pois ambas se tornam fissuras que prejudicam o trabalho espiritual da desobsessão.


    Durante a sessão, ele deve agir procurando orientar, ensinar e esclarecer o obsessor quanto aos males que está praticando.  Enquanto isso, todos os médiuns deverão se unir em um só coro espiritual de luz e oração.


       Nessas reuniões – que devem ser feitas com um extremo cuidado e com preparo  consciente por parte de todos – o obsedado não deverá estar presente, ficando em sua casa em meio a  preces, leituras ou meditação, para auxiliar o trabalho. E a sessão deverá ser repetida ou retomada enquanto for necessário.


      Concluída a conversão do obsessor, o ex-obsedado deve ser esclarecido quanto à necessidade de modificar os padrões de vida que o levaram àquela situação. Deve ser dito a ele tudo o que fez e que provocou tamanho caos. Não devemos poupar a pessoa, seja por sua sensibilidade ou por questões pessoais, pois assim estaríamos impedindo-a de crescer e evoluir espiritualmente.


      Para evitar uma recaída, ele também deverá manter a disciplina desenvolvida durante a desobsessão, reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar cuidado com suas ações e palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as baixas vibrações para trás.


         Por Alex Alprim


Fonte:http://exuepombagiranaumbanda.blogspot.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

As provações



As provações a que somos submetidos diariamente, fazem da nossa Amada Umbanda uma escola divina. Quando o Caboclo das Sete Encruzilhadas se apresentou através de seu médium Zélio de Moraes e anunciou a Umbanda, não disse em nenhum momento que o caminho seria fácil. As responsabilidades assumidas perante nossos Orixás, requerem devotamento diário, pois a caminhada e o aprendizado é longo. A estrada sinuosa e nebulosa ou até escura as vezes, se deve pelos nossos descaminhos,  as  influências que deixamos penetrar, pela nossa invigilância.
A busca pela espiritualização e o crescimento da humanidade é um compromisso universal, regido pela Grande Fraternidade Branca. Por isso a lucidez mediúnica deve estar sempre em foco, perante o comando do dirigente de nosso Centro de Umbanda e de nossos Mentores Espirituais. Não a força externa que desfaça uma corrente mediúnica onde o amor, devoção, amizade, lealdade, comprometimento, respeito, e o livre arbitrio sejam palavras de ordem. 

Que Cacique Urubatã continue com sua Luz vibrando sobre todos nós. Oke Caboclo, Saráva.

Que Pai Cipriano com sua magia e sabedoria nos amparando e  protegendo hoje e sempre. Adorei as Almas.

Um Saráva fraterno a todos.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O QUE É SER UM CAMBONO



Os Cambonos são médiuns de sustentação, e são tão importantes quanto os médiuns ostensivos (de incorporação mediúnica) nos trabalhos de uma Casa Umbandista; eles também devem seguir certos procedimentos e ter a mesma dedicação e responsabilidade.
O Cambono, médium de sustentação, é aquele trabalhador, com mediunidade ostensiva ou não, que está presente ao trabalho, mas que não participa diretamente do fenômeno nem dos procedimentos de incorporação mediúnica para atendimentos.
Como o próprio nome diz, embora não esteja envolvido diretamente no fenômeno ou na assistência, faz a sustentação energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório elevado por meio de pensamentos e sentimentos elevados.
Ao contrário do que se pensa, os médiuns cambonos de sustentação são tão importantes quanto os médiuns de incorporação, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os médiuns de atendimento fazem a sua parte e desenvolvem o trabalho assistencial.
Além disso, são eles também que ajudam os médiuns de incorporação, como já foi escrito linhas acima.
Considerando esse papel, podemos listar alguns requisitos importantes para os médiuns de sustentação:


Responsabilidade
Tanto quanto o médium de incorporação, o médium cambono de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas médiuns ou não.


Firmeza mental e emocional
Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium cambono de sustentação deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho e dos outros trabalhadores.


Equilíbrio vibratório
Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono, médium de sustentação deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.
Para isso, deve observar sempre a prática dos ensimanentos do templo, ou algo similar, bem como a preparação necessária na noite que antecede o trabalho e no dia propriamente dito, cuidando do descanso, da alimentação, da higiene física e mental, dos banhos ritualísticos, da firmeza da sua guarda, etc.


Compromisso com a casa, o grupo, os Guias Espirituais e os assistidos 
O cambono, médium de sustentação deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem alguns compromissos a serem observados:
• Com a casa que trabalha: conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de seguí-los. Explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro da casa; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição.
• Com o grupo de trabalhadores em que atua: evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou o seu coordenador; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento do trabalho.
• Com os Guias Espirituais: lembrando que eles contam também com os médiuns cambonos de sustentação para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência. Os Guias Espirituais devem ser atendidos com presteza e respeito.
• Com os assistidos: encarnados e desencarnados, que contam receber ajuda na Casa e não devem ser prejudicados pelo não comparecimento de trabalhadores. Todos deverão ser recebidos e tratados com esmero, dedicação, respeito e educação.


Ausência de preconceito
O cambono, médium de sustentação não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os dirigentes, mentores, etc.
Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.


Discrição
O cambono, médium de sustentação nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores, e somente no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos.


Coerência:
Tanto quanto o médium de incorporação, o cambono, médium de sustentação deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de entidades desequilibradas, no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.
Como vemos, as responsabilidades dos cambonos, médiuns de sustentação são as mesmas que a dos médiuns ostensivos, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.


CONCLUSÃO
Como vimos, não é tão fácil ser um cambono. Para ser um, é preciso aprender tudo sobre os Orixás, os Guias Espirituais, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar para, depois, se for o caso, ser um bom médium de incorporação e alcançar a evolução espiritual até o Pai Maior.


Fonte:http://www.tucabocloubirajara.com

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A importância de ser e de ter amigos




Silvia Malamud 

Ter e ser amigo são experiências das mais profundas que se pode viver. Traz sentimento de liberdade, de poder se expor e de compartilhar experiências de modo totalmente espontâneo e franco, ao mesmo tempo que íntimo. Neste tipo de relação de confiança recíproca, amigos espelham-se um no outro e a partir disso costuma acontecer a dança de papéis onde ora se é o amigo, ora o irmão, ora o pai, ora a mãe e por aí vai, tudo no intuito da ajuda mútua.

Mas como chegar nesse lugar? É fácil? Simples? Como estamos no quesito amizade em pleno século XXI?
- Na filosofia política do mundo grego, a amizade entre os cidadãos era o vínculo de coesão da sociedade, hoje, porém, representam sinônimos de relações vazias e superficiais. Será?
Na amizade real, a sensação que fica é a da liberdade de poder se expressar naquilo que estamos sendo no momento e como consequência, esclarecimento maior sobre nós mesmos e sobre a vida.
O não-julgamento do amigo, mais o centramento provocado pela luminosidade do encontro permite expansão genuína de amor, respeito e cumplicidade somados à expansão das afinidades.

O encontro amigo evoca rompimento com inúmeros preconceitos e certamente nos farão pensar sobre outros tantos dogmas por nós navegados de modo cego. A aceitação do outro leva ao conhecimento inequívoco de nós mesmos. Na amizade sincera, é inevitável todos saírem da própria superficialidade cedendo lugar à maior intimidade e aprofundamento em si mesmo. Logo no início das amizades, muitas pessoas imaginam-se íntimos e profundos, mas ainda estão à beira de um processo onde fatalmente ocorrerão as brigas e desacordos, constructos de relacionamentos maduros, para que aprendizados se estabeleçam.

Uma amizade salutar ou mesmo um grupo de amigos saudáveis promove autoconhecimento diferenciado. É através das relações de amizade que se consegue transitar nos mais diversos ambientes emocionais e onde paradoxalmente se aprende a ter autonomia sobre todo tipo de escolha, inclusive, sobre as próprias amizades.
Muitas vezes, procura-se algo no outro sem saber ao certo o que se deseja. Hoje em dia, a busca parece que está em se obter multidões de amigos provocando o armazenamento dos mesmos, vide facebook. A exposição é máxima, porém, a falta do conhecimento do que faz sentido, do que é verdadeiro e íntimo acaba imperando e colaborando para aumentar todo tipo de ansiedade.

Na frenética e ainda inconsciente sede do encontro consigo mesmo, muitas vezes é pelo intermédio do outro que a virada ocorre, ou seja, que o encontro genuíno se revela. Num repente e, nunca desapercebidamente, o sagrado de estar com um amigo de verdade é sentido e vivenciado emocionantemente. Ter muitos amigos, porém, não significa que você tenha amigos de verdade.
Amigos de verdade querem o seu bem e estão com você tanto na chuva, quanto na dor, quanto na alegria.

Amigos falsos lhe usam apenas para que você possa alegrar a vida deles, dar mais dinamismo, escutar continuamente problemas que nunca mudam. Amigos falsos não sabem ouvir, não têm essa capacidade. Amigos falsos lhe usam para não saírem sozinhos ou mesmo o levam nos lugares apenas e tão-somente para competir com você. Para você dar suporte, a fim de que se sintam minimamente melhores do que os outros e do que você.

Observe o tipo de amizade que você tem atraído para si mesmo e, se tiver alguma questão em relação, reflita o porquê disso tudo. Honestamente, pergunte-se também que tipo de amigo você tem sido? No final, veja se o que deseja para sua vida está compatível com as amizades que tem.
Evoluir é o caminho, já pensou onde você está nisso tudo?
Quando não se identifica com as amizades, quando frequentemente se sente usado pelos amigos ou mesmo quando é constante a perda dos mesmos, um processo de terapia em busca de autoconhecimento é altamente indicado. Quando se está só e sem amigos, também é um bom motivo para começar a se questionar e ver o que acontece.

Ninguém vive sozinho. Conhecemo-nos através da relação que temos com o outro. Quando não há relação alguma, há o que se pensar a respeito. Por isso mesmo, iniciar uma relação com um terapeuta muitas vezes serve de laboratório transicional para superar dificuldades desta ordem. Nestes casos, as pessoas que iniciaram terapia comentam que deviam ter começado muito antes. Não tinham noção de como carregavam traumas e inserções de culturas familiares, desde a infância, fazendo-os ser o que são hoje. Tem muita coisa que comanda a vida das pessoas e elas não sabem de onde vem e mesmo quando sabem, se estão sozinhas, tem dificuldades para mudar.

Muitos ainda não almejam mudanças, por pior que sejam seus contextos, permanecendo no conhecido Modelo de vida único = script = certeza e segurança = vida morna. Precisamos da conquista de vários modelos para nos proporcionarmos transcendência. Portanto, amigos, amigos, amigos = modelos, modelos, modelos.

A questão não é a conquista do diferente, mas a conquista de ser você mesmo, de descobrir o que se gosta, o que não se gosta e na sequência, de usufruir de tudo com sabedoria.
Ter amigos, ser amigo, ser seu melhor amigo. Autoconhecimento, amor, vida.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caminhada Espiritual





Durante os últimos cinco meses, tive a honra de participar de uma caminhada espiritual, sim vou chamar de caminhada espiritual. Para ser mais preciso de fevereiro até  dia 18/05/2012, estive reunido com Guerreiras e Guerreiros de Umbanda, dispostos a uma mudança estrutural no plano físico do Centro de Umbanda Cacique Urubatã e São Cipriano. Mudança esta que trouxeram uma aprendizagem que só quem  procura o entendimento de porque estamos neste planeta? ou porque me tornei um médium? porque as circunstãncias de nossa existência nos levam a lugares, caminhos,  a conviver com outros irmãos totalmente fora de nosso círculos de amizades? Foram dias, ou melhor finais de semana e feriados, de muito esforço físico, assim pensávamos; pois estes foram dias de um aprendizado que jamais esqueceremos.  Aproximadamente 15 finais de semana que se tornaram uma vida de sabedoria, pois tivemos que abdicar de várias coisas, como deixar nossos filhos, festas, lazer, etc. para irmos para  Centro, depois de uma semana inteira de cada um com seus afazeres particulares. Nos vários momentos em que o cansaço se tornava  maior que tudo,  vinham aquelas vozes acalentadoras de minhas queridas irmãs e irmãos que buscavam junto aos Orixás e nossos Guias trabalhadores da Umbanda, através dos pontos cantados o alivio de nossas dores. Momentos que certamente fizeram e farão com que a união que se estabeleceu para que este projeto se concretiza-se seja seguido por aqueles mais jovens que irão levar a Umbanda ao longo do caminho. As dificuldades? sim elas apareceram mas com toda a egregora de amor e fé que se formou naquela Cúpula não tiveram espaço, serviram apenas para nos fortalecer muito mais. Bem todo este esforço e luta com a Benção de Zambi, culminou no dia 19/05/2012, dia da reabertura dos trabalhos do Centro de Umbanda Cacique Urubatã e São Cipriano, com uma humilde homenagem aos nossos mestres  Pretos Velhos, emoção que se pudesse descrever diria que seria como um rio atravessando meu corpo, não sei se consegui me fazer entender. Uma correnteza de energia banhando a todos pela vibração dos Atabaques que traziam nossos Orixás para os trabalhos. Meus irmãos tinha a necessidade de compartilhar com todos aqueles que visitam este blog, estes momentos desta Caminhada Espiritual.
Agradecer a todos meus irmãos do Centro de Umbanda Cacique Urubatã e São Cipriano pelo aprendizado que fui agraciado, que Olorum ilumine seus caminhos e que eu seja digno desta acolhida.

Salve Cacique Urubatã ,  Okê Caboclo


Salve São Cipriano  , Adorei as Almas


Salve Xangô , Caô Cabecilê


Alex Sander

http://urubataesaocipriano.blogspot.com.br/

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Jactância Mediúnica






Se aproxima o momento do Ritual do Amaci.


É um rito de fortalecimento da mediunidade através da lavagem da cabeça dos médiuns com ervas maceradas, devidamente consagradas e propiciatórias ao fortalecimento do sensitivo.


Estou bastante sensível e com vontade de ficar em silêncio. Se pudesse, tiraria uma semana de recesso das atividades profissionais e ficaria em resguardo templário.


Reflito sobre o que seria importante neste momento tão sagrado para nós da Umbanda.


O que poderia dizer ou escrever que pudesse ser aproveitado por todos que estão com os pés no chão em um terreiro, para  a comunidade umbandista - tantos que estão vestindo o branco como médiuns?!


Pensando nos anos que já passei como zelador desde a fundação da Choupana e nas centenas de giras de caridade que já realizamos, concluo que o grande obstáculo que paralisa muitos médiuns é a jactância - àquele sentimento velado de superioridade que vai se instalando de tanto escutar as queixas dos consulentes, que anda de mãos dadas com o orgulho e a vaidade, estabelecendo uma altivez e um senso de superioridade irreal, um certo enfado e ar de tédio. Obviamente que tal situação já observei em espíritas, espiritualistas, pastores, padres, bispos, teosofistas, budistas, maçons, rosa-crucianos, apômetras,..., então atribuo este estado psíquico inerente ao ser humano.


Mas como se instala a jactância no médium umbandista? 


O médium sendo consciente, o que é o estado natural da mediunidade na atualidade, é provável  que ele caia num automatismo comodista e, inevitavelmente, nas suas reflexões examine as consciências alheias, identificando os erros do próximo, muitas vezes opinando em questões que não lhe diz respeito, indicando as fraquezas dos semelhantes, educando os filhos dos vizinhos, reprovando as deficiências dos companheiros, corrigindo os defeitos dos outros, aconselhando o caminho reto a quem passa, receitando paciência a quem sofre, e segue resoluto retificando os defeitos de quem o procura no centro umbandista, como se ele fosse só perfeição.


Mas enquanto o medianeiro se distrai orientando,  se distância de si mesmo, e como aprendiz que foge à verdade e à lição, agrava a situação enfatuando-se e sentindo-se superior aos consulentes, sempre incansáveis em seus pedidos de ajuda, reclamações e tristezas.


Enquanto o médium se ausentar do estudo das suas próprias necessidades e fragilidades que fundamenta o indispensável processo de auto-conhecimento, esquecendo a aplicação dos princípios superiores que deve abraçar na fé viva que é mero instrumento, cheio de defeitos e imperfeições e tão frágil e carente quanto àqueles que o procuram, será simples cego do mundo interior relegado à treva da ilusão. Nada estará realizando, pois locupleta-se em si mesmo e se basta, achando que está fazendo uma grande obra, um palácio de realizações com o passar dos anos. Muitos até se gabam do tempo de mediunidade e menosprezam os mais novos. 


Claro que a experiência acumulada ao longo dos anos dá sabedoria ao medianeiro, mas ele não deve sentir-se melhor a quem quer que seja, pois não sabemos o passado e a idade sideral de cada um de nós. Ou você sabe qual a idade do teu espírito?


Despertemos e vigiemos sempre. 


Mantenhamos nossas energias mais profundas para que os ensinamentos, instruções e consolos que passamos na forma de orientações recebidas de nossos guias espirituais aos consulentes  não seja para nós médiuns uma bênção que passa, como é a dádiva  e misericórdia divina da mediunidade que nos foi concedida, em proveito à nossa própria retificação pelo auxilio incondicional aos irmãos de caminhada que nos procuram, porque o infortúnio maior de um médium e para a sua combalida alma eterna é aquele que o infelicita quando a graça do Alto passa por ele em vão em toda uma encarnação!


Nenhuma valia tem um rito, seus elementos e liturgias, se o médium internamente não tem a condição necessária de recebê-lo satisfatoriamente. A aplicação ritualística  externa é feita pelo sacerdote e seus assistentes, mas a ligação espiritual interna é de cada médium. Se assim não acontecer, o amaci será um mero PLACEBO RITUAL, inócuo e sem efeitos positivos.


É tarefa primeira de um zelador espiritual vigiar e "correr gira" para que a jactância mediúnica não se instale nele ou em sua corrente.


Reflitamos!!!


Paz, saúde, força e união.


Por Norberto Peixoto  - Um eterno aprendiz


             *Jactância - s.f. Ação, hábito de se gabar: falar com jactância. Arrogância, altivez.

http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com

domingo, 13 de maio de 2012

TOQUES ESPIRITUAIS DO PRETO VELHO AMIGO






Meu filho, com esses olhos, “que a terra não comeu”, pois são olhos espirituais, reais, já vi muita coisa. Algumas boas, outras nem tanto, e mais outras que não vale a pena contar. O que passou, passou mesmo. O que ficou foi a experiência das diversas vidas na carne, aliás, muitas delas, tão iguais e, ao mesmo tempo, tão diferentes.

O que ficou foi o aprendizado e o conhecimento de como é o coração dos homens e suas emoções e vontades. Aprendi a ler a verdade de cada um, por dentro, lá na toca das coisas que não se falam, e que todos escondem muito bem.

Tem muita zica dentro dos corações, meu rapaz. É rolo que não acaba mais!
E coração rançoso e rancoroso, você sabe como é que é, está cheio de irmãozinhos das trevas agarrados nele. Eles se alimentam das emoções podres e dos pensamentos maldosos. E a zica é tanta, que só a pessoa rancorosa é que não vê a energia que está perdendo.

Menino de Deus, como os homens sofrem por causa das emoções podres!

Igualzinho ao corpo carnal, que pode apresentar escaras na pele, devido à falta de movimento em alguma área, o corpo espiritual também tem suas escaras astrais. Porém, essas são causadas pelas emoções podres, estagnadas no meio da alma atormentada e sem centro espiritual.

Falta movimento sutil ali! Falta vergonha na cara para acertar o passo!

Muito disso vem de outras vidas, são escaras do passado, de coisas mal-resolvidas, ainda alojadas no corpo espiritual. Mas, muita coisa é de agora mesmo, é coisa podre dos dias atuais. E o mal-cheiro psíquico exalado atrai os espíritos atormentados e atormentadores, que ficam agarrados em penca na aura da pessoa.

Isso é uma tragédia invisível! É uma doença psíquica que amarra os encarnados e impede os desencarnados carentes de seguirem em frente.

Nosso Senhor Jesus Cristo avisou muitas vezes sobre isso. Ele disse: “Orai e Vigiai!” – Ele sabia do mal que as emoções podres fazem no ser humano.

Todavia, muitos oram de forma egoísta e mecânica, sem coração e sem alma, e outros nem isso fazem, passando ao largo das boas vibrações que poderiam ajudá-los e fortalecê-los. E os que vigiam, raramente se olham por dentro, pois policiam muito mais a vida alheia, e não foi isso que Nosso Senhor ensinou.

Meu amigo, tem tanto espírito agarrado nas pessoas, que há horas em que você não sabe mais quem é quem, de tão entranhados que estão. É um fuzuê energético na aura desses infelizes. Ô coisa feia de se ver!

Mas Nosso Senhor é de uma compaixão infinita. Sob o seu comando, legiões de espíritos de luz vêm ajudando os homens nessas lides do invisível. Sem eles, isso aqui já teria ido para o beleléu! São eles que deslindam as ligações psíquicas daninhas e levam os irmãozinhos das trevas para o Espaço, para serem tratados pelos médicos da luz.

Esses irmãos da luz são os verdadeiros anjos da guarda da humanidade. Pena que os homens se esquecem tão facilmente das bênçãos que recebem. Esses guias e benfeitores espirituais são os trabalhadores de Nosso Senhor, não importa a linha espiritual à qual laboram. Sempre agradeça a eles, pela proteção e luz.

Todavia, se os guias espirituais ajudam, também é verdade que os homens precisam fazer sua parte. Que vigiem e orem, e exorcizem as emoções podres de seus anseios. Que renunciem aos desejos torpes de vinganças. Que esqueçam as ofensas e se dediquem a alguma causa nobre e verdadeira.

Ninguém é vítima do destino! Todos são passíveis de falhas na jornada, como também de atos elevados. E todos são capazes de seguir em frente...

Tem muito coração “zicado” nessa vida dos homens terrestres, e muitos espíritos zangados na cola deles. Ainda bem que, lá da Aruanda, vem aquela luz que ilumina a fé dos filhos que querem a cura do próprio espírito.

Como você escreve sobre as coisas do espírito, fale para as pessoas daquela chuva de luz que os guias produzem sobre as cabeças dos filhos que se esforçam na senda da luz e do bem. Aquela luz de Aruanda... Aquele amor que cura o coração.

Fale das egrégoras invisíveis que sustentam os bons pensamentos e os bons ideais, para que muitos outros se liguem a elas e se protejam das vibrações pesadas.

Filho, olhe essa estrela sobre a sua cabeça. É linda e brilhante. Você sabe o significado dela, e sabe quem a enviou para iluminar o seu caminho. Pense que o brilho e a proteção que dela emanam possam ser irradiados para outras pessoas.

Que Oxalá abençoe as pessoas zicadas e as cure do mal que trouxeram para dentro de si mesmas. Que Ele propicie um momento de despertar para elas.

Fique na paz de Nosso Senhor!

Na luz de Aruanda.

Na fé!

terça-feira, 8 de maio de 2012

São Cipriano e os Pretos Velhos










Muito se fala sobre São Cipriano mas poucos conhecem a história e a representação deste personagem tão controverso e tão misterioso. Muitos procuram os conhecimentos mágicos de São Cipriano, mas poucos conhecem sua mais poderosa magia. Muitos pedem a São Cipriano, mas poucos entendem seu real poder transformador. Portanto, hoje quero falar um pouco sobre a figura de São Cipriano e sua importante representação para a nossa Umbanda. Vamos lá:
Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também ali que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.
Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante, a população era maioritariamente romano-helênica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem eram famosas nesta cidade.
Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu em 250 d.e.c., filho de Edeso e Cledónia. Nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos, sendo admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos. Entrou assim em contato com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação etc, dedicando a sua vida ao estudo das ciências ocultas. Ficou conhecido pelo epíteto de “O Feiticeiro”, alcançando grande fama sendo reconhecido como um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.
Por volta dos seus 30 anos Cipriano encontra-se na Babilônia, onde encontra a bruxa Évora. Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus. Após o falecimento da Bruxa Évora Cipriano herda os seus manuscritos esotéricos, dos quais extrai muito da sua sabedoria oculta.
Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra contatando demônios. Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.
Com esse poder infernal, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama,  produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprescindível reputação de grande feiticeiro. Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis.
Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido quando foi contatado por um rapaz de nome Aglaide. O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela cristã de nome Justine. Sendo rico Aglaide rapidamente encontrou o consentimento dos pais de Justine quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo Justine recusou-se a casar. Desgostoso, mas com forte determinação em possuir Justine, Aglaide encomendou os serviços espirituais de Cipriano.
Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, que a levariam a oferecer-se para Aglaide e renunciar à sua fé Cristã.
Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito. Para espanto de Cipriano todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações. Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim levá-las a entrar pelos caminhos da luxúria, Cipriano não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele encontrou muitas dificuldades e noite após noite visitava a jovem Justine com a sua infernal quantidade de feitiços. Nada resultou.
Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que até então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora serem derrotadas por uma mera donzela com fé no Deus de Cristo. Aconselhado por Eusébio, um amigo seu, e observando o poder da fé de Justine, Cipriano converteu-se ao Cristianismo. Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu todas as suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como  ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.
Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente  atormentado pelos espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas pretendiam reconduzi-lo aos caminhos da feitiçaria. A fama de Cipriano era contudo grande e as noticias da sua conversão ao cristianismo chegaram à corte do Imperador Diocleciano que tinha fixado residência na Nicomédia.
Cipriano e Justine foram perseguidos,  aprisionados e levados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar  a sua fé. Justine foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de dentes de ferro. Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não negou a sua fé e Justine manteve-se sofredoramente fiel a Deus.
Perante a recusa de Cipriano e Justine em renunciar à sua fé, o imperador os condenou à morte sendo decapitados em 26 de Setembro de 304 d.e.c., juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade. Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Foi um grupo de cristãos que, comovidos pela barbaridade, recolheu-os.
Mais tarde, o imperador cristão Constantino (272 – 337 d.e.c.) ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa.  Foi na “Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput” (mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo) que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.
Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino à vida no esplendor da sua existência: do diabo a Deus, dos demônios aos anjos, da feitiçaria à fé cristã, da magia negra à magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu. Do pecado à virtude, da luxúria à santidade, da riqueza à pobreza, do poder à martirização, se alguém é digno de um percurso de existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.
Controverso e polêmico, São Cipriano é a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais (do mais profano excesso, à mais sacrificada ascese) encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.
                                         





E VOCÊ SABIA que a Linha das Almas ou Linhas dos Pretos-Velhos também é conhecida como Linha de Yorimá ou Linha de São Cipriano e que dentro dessa linha de trabalho encontram-se pretos-velhos com o nome simbólico de Pai Cipriano?
Veja só, a Vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações, são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos Velhos, ensinando as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e experientes devido às seculares encarnações.
Esta Linha, que ora se diz como linha dos Preto-velhos, ora como dos Africanos, de São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito evoluídas que há vários milênios encarnaram e desencarnaram adquirindo, assim, muita experiência no dia a dia da humanidade. Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos e ensinamentos.
Os Preto-Velhos da Umbanda representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam pois curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam aqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e religião.
Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos preto-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores onde foram negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam, escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de preto-velho.
Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor, Amor a Deus e a Você mesmo.
Tenha certeza, assim como a transformação que ocorreu na vida de São Cipriano, os Pretos Velhos transformam a nossa vida se houver Amor.
É incrível o poder que o Amor, e conseqüentemente nossos queridos Pretos Velhos, tem de transformar as pessoas.
É absolutamente incrível a transformação que os Pretos Velhos são capazes de fazer na vida, no íntimo e no envolta das pessoas.
É absurdamente incrível como o amor, simples e puro, é capaz de transformar.
Triste daquele que ainda não sabe amar. Triste daquele que ainda não conhece esse poder.  Triste daquele que ainda não foi tocado pelo Amor de um Preto Velho!
“Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade, mas se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS”

Pai Cipriano através do médium Etiene Sales 09/97


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luzeumbanda.blogspot.com.br

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Reino dos Céus, Reino do Espírito






Pela fé, somos levados a crer que, após a morte, habitaremos um lugar de ventura ou sofrimento, segundo as nossas boas ações praticadas nesta vida. Não obstante, esta perspectiva "ética" da vida não deve se sobrepor àquela outra, "estética" da existência, com fundamento no convívio da perfeição do Espírito.


Síntese entre o real e o simbólico, convivência mística com o divino, serenidade diante dos percalços da vida, o reino do espírito representa uma antecipação venturosa de como , ainda nesta vida, podemos conviver sob a inspiração "de um novo céu e uma nova terra".


É por isto que Cristo insiste em dizer, mediante parábolas, em muitos momentos do Evangelho, que o reino dos céus é como a descoberta de um tesouro, uma "nova atitude", insólita, diante dos fatos e dos acontecimentos. Como conseqüência, surge uma reação inspirada, uma hermenêutica simbólica das coisas e dos fatos:


1) Viver é participar de um momento extático da consciência do Espírito.


2) Tudo no Universo representa apenas uma orquestração de energia e matéria que se refaz a cada instante, como num permanente milagre.


3) Percebemos o tempo e o espaço como perspectivas virtuais, sem nenhuma realidade objetiva. São apenas pontos de referência "decantados".


4) Sendo real apenas o instante, é o presente que se torna importante; passado e futuro medem-se apenas pelas suas conseqüências.


5) Diante da variedade de versões para os fatos e os acontecimentos, só o edificante, o belo e o humano devem ser considerados.


6) Nada tem importância como fato isolado, mas apenas o que ele representa contextualmente.


7) Só o Espírito tem consistência, nada mais.


Como se percebe, nossa consciência, exigindo perfeição, só pode conviver com o simbólico, o onírico, o fantástico, o miraculoso. A tão sonhada perfeição não se contradiz à ética, mas apenas a aperfeiçoa, tornando-a um contributo valioso na perspectiva da felicidade humana.


Não há por que duvidar da existência do Espírito. Ele é o mais real de todos os objetos, pois é o único que torna possível o milagre da percepção, do conhecimento, da cultura, do bem e do belo. A presença do Espírito não se dá através da relação natural sujeito/objeto, mas resulta de uma experiência mística, uma prática interior que necessita desenvolver-se. As oportunidades que se nos oferecem para a prática do mal são os riscos que temos de correr em função de nossas condições e de nossa liberdade. O mal não está no Espírito, mas sim nas insuficiências humanas para diferenciá-lo do bem. Aqui repousam os mistérios de seu reino!


Antônio Celso Mendes

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