Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

Amigos do Blog Xamãs na Umbanda

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O Mentor ou Guia Espiritual



Diferente do que muitos pensam o Mentor ou Guia Espiritual é, na maior parte das vezes, um espírito ainda em evolução, ou seja, imperfeito, mas que já alcançou um grau de pureza maior que seu pupilo, sendo por isso capaz de auxiliá-lo no caminho espiritual da atual encarnação. Isso não desmerece o seu trabalho, muito pelo contrário, já que deixa de utilizar se tempo livre para a própria evolução e o dedica a outro espírito.



 Mentores e Mestres




Um mentor não é igual a um Mestre, os Mestres não precisam mais encarnar, são perfeitos e possuem um grau de evolução muito superior aos mentores.
Alguns médiuns podem entrar em contato com os Mestres, que estão sempre dispostos a ajudar, bastando para isso elevar sua vibração. Esse contato é realizado, na maior parte das vezes, no plano mental, porque é muito sacrificante para um Mestre aparecer em corpo astral. Os médiuns não devem ficar preocupados ou com a mente fixa em entrar em contato com os Mestres, se um dia isso for permitido então acontecerá.


 O Mentor e Anjo da Guarda




O mentor também não é o mesmo que anjo da guarda, embora, não haja indícios que isso não possa acontecer, são papéis diferentes que um ou mais espíritos exercem durante a encarnação de um médium.
Todos possuem um espírito protetor, mesmo os que não são médiuns, até os sete anos de idade ele fica muito perto do seu tutelado, auxiliando na ambientação com o novo plano de vida e afastando (de acordo com os méritos do espírito reencarnante) os espíritos obsessores e adversários de vidas pregressas.
Foram muitas vezes pais, mães, amigos muito próximos que se predispõe a olhar de muito perto o espírito encarnado, aconselhando, fazendo o possível para auxiliar nos momentos difíceis e tentando afastar os espíritos obsessores que se aproximam. Contudo, é importante lembrar que a influência que esses abnegados irmãos podem exercer está diretamente ligada ao tipo de vida e esforço pessoal que o espírito realiza para se purificar, eles nada podem fazer por aqueles que fecham os ouvidos aos seus conselhos.

 A Tarefa do Mentor



O mentor é um espírito que se comprometeu com o trabalho espiritual do médium, dedicando parte do seu tempo para preparar o médium para sua tarefa, trabalhar ao seu lado e fazer o possível para protegê-lo do contato com as energias degradantes do astral inferior. Abaixo segue um trecho do livro Missionários da Luz – Chico Xavier, que fala um pouco sobre a tarefa dos mentores:
"Este irmão não é um simples aparelho. É um Espírito que deve ser tão livre quanto o nosso e que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas. Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outros recebam. Em suma, deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. Sem essa compreensão consciente do espírito de serviço, não poderia atender aos propósitos edificantes. Naturalmente, ele é responsável pela manutenção dos recursos interiores, tais como a tolerância, a humildade, a disposição fraterna, a paciência e o amor cristão; todavia, precisamos cooperar no sentido de manter-lhe os estímulos de natureza exterior, porque se o companheiro não tem pão, nem paz relativa, se lhe falta assistência nas aquisições mais simples, não poderemos exigir-lhe a colaboração, redundante em sacrifício. Nossas responsabilidades, portanto, estão conjugadas nos mínimos detalhes da tarefa a cumprir.
...
Observe. Estamos diante do psicógrafo comum. Antes do trabalho a que se submete, neste momento, nossos auxiliares já lhe prepararam as possibilidades para que não se lhe perturbe a saúde física. A transmissão da mensagem não será simplesmente <tomar a mão>. Há processos intrincados, complexos."
O mentor e seu pupilo se comprometem com o trabalho espiritual antes da encarnação do médium e, diferente do que muitos acham, o médium não é obrigado a receber sua aptidão, ele que a solicita para saldar débitos contraídos em vidas anteriores e acelerar a sua evolução espiritual. O trecho abaixo, retirado do livro Missionários da Luz, fala sobre os compromissos assumidos entre médium e mentor:
"Assinalando a perfeita comunhão entre o mentor e a tutelada, indaguei por minha vez se uma associação daquela ordem não estaria vinculada a compromissos assumidos pelos médiuns, antes da reencarnação, ao que Áulus respondeu, prestimoso:
- Ah! sim, semelhantes serviços não se efetuam sem programa. O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. Gabriel e Ambrosina planejaram a experiência atual, muito antes que ela se envolvesse nos densos fluidos da vida física."
Podemos ter o envolvimento de outros espíritos (mentores, instrutores, auxiliares, médicos, etc) na tarefa executada pelo médium, tudo depende da sua missão, do objetivo que a espiritualidade maior traçou para sua atual encarnação..
Existem casos em que mais de um mentor está ligado ao médium, embora todos façam parte da mesma equipe e exista uma hierarquia, onde o chefe é o espírito mais puro e experiente.
O mentor então dedica parte do seu tempo para desde pequeno preparar o seu pupilo para o trabalho mediúnico. Não é incomum o médium lembrar vagamente de alguns ensinamentos recebidos durante o sono, mesmo quando criança.



 Aproximação e Afastamento do Mentor




Conforme o médium vai se aproximando da idade chave para início da sua tarefa espiritual o mentor atua de forma mais intensa, buscando levar o seu tutelado para uma casa onde ele possa receber os ensinamentos que serão à base de seu trabalho.
Como falamos em um tópico anterior o chamado do mentor é suave, se o médium se recusa a iniciar sua tarefa então ele se afasta para retornar no caso do médium desejar sinceramente iniciar seu trabalho espiritual. Sob o ponto de vista espiritual podemos traduzir isso como um afastamento vibratório, ou seja, o médium não consegue sintonizar na faixa vibratória do mentor, isso acontece pelo tipo de vida física, emocional e mental que ele leva.
O mentor então não tem outra opção além de se afastar para se aproximarem os que se afinizam com o grau vibratório do médium, os obsessores.
O afastamento do mentor por “quebra” de compromisso por parte do médium abre a janela que ele possui para o mundo espiritual, deixando-a desguarnecida, o caminho fica livre para a obsessão e vampirismo de espíritos do astral inferior. Copio abaixo um trecho do livro Dr. Fritz, o Médico e sua Missão:
"Por que muitas vezes os mentores se afastam?
Os mentores não se afastam. Os médiuns é que se afastam do trabalho, geralmente por conveniências materiais, ambição, vaidade, irresponsabilidade e acomodação. Muitos são até aliciados pelas futilidades do plano físico, falta de vontade e preguiça de estudar."
Narci Castro também fala sobre o afastamento dos mentores no livro Mediunidade e Médiuns:
"Porque o responsável pela abertura prematura do chakra - o mentor do médium ou seja, seu espírito protetor – se coloca como guardião do mesmo , impedindo que energias hostis o perturbem. Daí a necessidade imperiosa do médium não deixar de cumprir seu compromisso de se tornar intermediário para minorar o sofrimento dos que padecem sobre o efeito de obsessões. Pode-se entender, então, o sofrimento vivenciado pelo médium antes de começar sua tarefa mediúnica quando ele não responde prontamente ao chamado para tal. São muitos os casos, de nosso conhecimento, de severas perturbações, vivenciadas pelo médium, que podem provocar a sua passagem por tratamentos psiquiátricos."
Se o médium não procurar ajuda, a obsessão e vampirismo acabarão se tornando possessão, ficando cada vez mais difícil afastar o(s) obsessor(es).
O mentor acompanha o médium mais de perto, contudo, dependendo do trabalho que será exercido, outros espíritos podem fazer parte do grupo que o auxilia. Se um médium se vincula a um centro espírita ou templo de umbanda ele também recebe a proteção e auxílio da equipe espiritual da casa.

Substituição do Mentor





O Mentor pode ser substituído durante o trabalho do médium, por vários motivos, entre eles podemos citar:
• Necessidade do mentor encarnar.
• O Mentor receberá uma nova incumbência espiritual e suas responsabilidades não permitirão o apoio necessário ao médium.
• O Médium pode receber novas responsabilidades espirituais, como por exemplo se tornar responsável pelo centro.
• O Médium desperdiça as várias oportunidades de seguir o caminho espiritual, nesse caso o mentor pode receber novas responsabilidades e o médium recebe um novo mentor, que nesse caso se chama Obsessor.



Umbanda



Na umbanda é muito comum o médium possuir vários guias, sejam eles caboclos, pretos velhos, crianças, exus, indianos, etc. Geralmente o espírito que se manifesta é o mais adequado para o tipo de trabalho realizado. O médium da Umbanda treinado incorpora (psicofonia) qualquer um dos seus guias.
Os médiuns da Umbanda tem um profundo respeito e amor pelos seus guias e os cantos que realizam são formas de “firmar” sua ligação, é uma forma de "puxar" o guia. Todo o trabalho realizado com as energias da natureza pelos pretos velhos e caboclos é muito bonito e pode ser sentido pelas pessoas mais sensíveis. É importante lembrar mais uma vez que na Umbanda não existe morte de animais, somente plantas são utilizadas.


 Cuidados com a Idolatria



Todo médium deve saber a diferença entre respeito e carinho da idolatria, o mentor é um espírito ainda em evolução, não alcançou a perfeita ligação com Deus, como os Anjos e Mestres, por isso todo ensinamento, intuição, informação, etc, que o médium ache que foi passada pelo mentor deve sempre passar pelo crivo de sua razão, pois o responsável pelo ato é o médium.
Allan Kardec fala sobre isso diversas vezes no Livro dos Médiuns, ressaltando sempre a importância de analisar o conteúdo das informações passadas e escutar opiniões de outros médiuns, assumindo sempre uma posição de humildade, assim ele evitará a fascinação que pode ser exercida por espíritos obsessores.
Mesmo médiuns experientes podem ser vítimas da fascinação, por isso devem estar sempre alertas, assumindo uma postura de humildade.

  Encontrando o Lugar para Frequentar


Fechando esse tópico falamos sobre um assunto que preocupa alguns médiuns - a casa que deve freqüentar.
Existem médiuns que não têm perfeita sintonia com local onde se encontram, diferente do que muitos acham isso não é problema da casa ou do médium, muitas vezes aquele não é o lugar do médium e essa sensação (em alguns casos) é um aconselhamento para buscar um novo local.
Cuidado para não generalizar essa informação, somente depois de algum tempo freqüentando um centro você consegue ter uma idéia se aquele é o seu lugar. O médium não deve deixar o centro por pequenas discussões ou porque pequenas coisas o desagradam, lembre-se que nenhum local será perfeito.
Alguns médiuns se perguntam... Mas e o mentor?? Vou perder o mentor??
O mentor (o verdadeiro) pode ir a qualquer casa ou templo, somente espíritos inferiores são barrados em centros sérios.
Mesmo em tipos de reuniões que o médium freqüenta com desaprovação do mentor (geralmente onde o intercambio mediúnico tem interesses inferiores ou egoístas) ele pode estar presente, contudo, nessas reuniões ele não se manifestará, somente em situações extremas.
O caboclo pode se expressar em um centro espírita e o doutor se apresentar em um templo de Umbanda, isso é permitido e já foi relatado em alguns livros (Tambores de Angola explora esse assunto com bastante profundidade).
O médium deve freqüentar a casa que o agrade, se ele gosta dos cantos da Umbanda, das energias da Natureza, dos tipos de trabalho realizado nos templos então que siga esse caminho, os centros espíritas já trabalham de outra forma, existe espaço para todos. Atualmente existem centros, como o que freqüento, onde os caboclos e os pretos velhos auxiliam nas reuniões de desobsessão e em vários trabalhos, contudo, a forma de trabalhar é parecida com a do centro espírita.
Existe uma grande diversidade de casas espiritualistas, não estar harmonizado com a casa que freqüenta não é desculpa para parar com o estudo e trabalho espiritual.

Fonte: Gustavo Martins

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Desenvolvimento ou Aprimoramento da Mediunidade


"Como pode um homem aperfeiçoar-se mediante o ensino dos Espíritos,
quando não tem, nem por si mesmo, nem com o auxílio de outros médiuns, os meios de receber de modo direto esse ensinamento?
Não tem ele os livros, como tem o cristão o Evangelho? Para praticar a moral
de Jesus, não é preciso que o cristão tenha ouvido as palavras ao lhe saírem da boca."
Allan Kardec – Livro dos Espíritos
Esse tópico é muito importante!!!
A palavra aprimoramento é a mais indicada para expressar o esforço que o médium realizará para aprender a controlar a sua hipersensibilidade. Seria uma forma natural de entender como controlar essa faculdade. Allan Kardec fala sobre isso no Livro dos Médiuns:
"O que há a fazer-se, quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso natural: a Natureza é mais prudente do que os homens. Acresce que a Providência tem seus desígnios e aos maiores destes pode servir de instrumento a mais pequenina das criaturas"
A palavra desenvolvimento deixa no "ar" uma idéia de que mediunidade é igual a aprender um esporte, basta pegar uma raquete e bolas, treinar e partir para o jogo, mas na verdade as coisas não são assim, na mediunidade não se brinca e somente aqueles que nasceram com a mediunidade aflorada devem trabalhá-la.
Não é aconselhado o desenvolvimento de nenhuma faculdade mediúnica. Em um centro espírita SÉRIO as reuniões de aferimento mediúnico buscam o controle e equilíbrio da(s) faculdade(s) latentes no médium.
Desencorajamos qualquer forma, prática ou ato que busque o desenvolvimento prematuro das faculdades mediúnicas, as conseqüências desses atos podem ser muito sérias, podendo levar até a loucura. Conheci uma pessoa que passou por isso e até onde sei não conseguiu se recuperar. Allan Kardec foi muito claro sobre isso no Livro dos Médiuns quando falou sobre a clarividência:
"A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos."
O aprimoramento mediúnico nunca deve ocorrer enquanto o médium está desequilibrado, ele deve passar pelas seguintes etapas:
• Tratamento espiritual, para se harmonizar, recebendo passes e bebendo água fluidificada. A maior parte dos obsessores são afastados no tratamento.
• Assistir durante algum tempo as palestras públicas.
• Buscar livros que ajudem a formar a base de conhecimento necessária para o início do desenvolvimento mediúnico, sem essa formação o médium pode ser facilmente fascinado ou deixar que sua vaidade e orgulho o dominem. Indicamos a leitura dos seguintes livros : Livro dos Espíritos, série de André Luiz psicografados por Chico Xavier, Evangelho Segundo o Espiritismo, Violetas na Janela.
Quando o médium se sentir preparado deve ingressar no grupo de aprendizes, o nome aprendiz é utilizado somente para facilitar a diferenciação entre os médiuns experientes e aqueles que estão iniciando o aprimoramento.
O aprimoramento mediúnico deve ser composto por estudos e práticas, no estudo o médium deve se aprofundar nos conhecimentos espirituais, lendo obras que o auxiliem na compreensão das suas sensações e que evitem que ele seja mistificado por espíritos obsessores.
O livro dos médiuns é obra obrigatória para preparação do médium. Temas como perispírito (corpo astral e mental), duplo etérico, chakras, obsessão, passes magnéticos e espirituais, etc devem ser estudados.
Nos exercícios práticos o médium é levado a harmonização interior para elevar sua vibração e sentir a aproximação do mentor, que buscará o contado espiritual de acordo com a aptidão do médium, seja pela visão (clarividência), fala (psicofonia), escrita (psicografia), ouvido (clariaudiência), ...
Como falei acima, no aprimoramento o médium é levado a SOZINHO buscar o equilíbrio e SOZINHO sentir e reconhecer a proximidade do seu mentor. Aqui digo sozinho porque em alguns lugares as pessoas realizam passes nos chakras (pontos chaves para comunicação com os planos superiores) para aumentar a sensibilidade. Na minha opinião, que também é seguida pela casa que freqüento, isso não deve ser feito.
O médium deve buscar o afinamento mediúnico para que reconheça a proximidade do seu mentor e também para criar a confiança necessária para executar a sua tarefa.
De forma alguma, em qualquer hipótese, em circunstância nenhuma o médium em aprimoramento mediúnico deve realizar exercícios fora do centro, somente exercícios de harmonização QUE SEJAM INDICADOS pelos responsáveis pela reunião devem ser realizados em casa.
O Lar não é o lugar indicado para aprimoramento mediúnico, mesmo para aqueles que acham que sua casa é o "lugar ideal", o ambiente familiar está sempre sujeito a desavenças, discussões irritações, etc, e por isso não deve ser utilizado, já que não possui a mesma proteção e amparo que um centro. Se insistirem nesse erro, provavelmente abrirão brechas para o contato com espíritos inferiores.
Para se ter idéia do perigo dessas práticas, até para os médiuns mais experientes não é indicado o contato mediúnico no lar, salvo em casos específicos, onde o mentor procura o médium e esse por ter desenvolvido sua sensibilidade reconhece-o e tem confiança no que está sentindo.
É comum chegarem médiuns nas palestras públicas falando que Precisam Trabalhar, geralmente alguém falou para eles que se trabalharem passarão a se sentir melhor, criando toda essa expectativa e ansiedade.
A maior parte dos "médiuns apressados" não aceita a idéia de primeiro passar pelo tratamento, estudar, se aprimorar e depois de preparado iniciar seu trabalho. Seja por vaidade, orgulho ou teimosia eles acham que já estão prontos. A mediunidade deles pode até estar pronta, a flor da pele, mas eles não se encontram preparados para dominá-la.
Nenhum centro sério aceita médium sem preparo porque eles sabem que terão mais trabalho do que benefícios, prejudicarão mais pacientes do que auxiliarão e serão o ponto fraco para o ataque dos espíritos inferiores.
Alguns raros irmãos realizam trabalhos em casa, a grande maioria é de psicografia e somente com autorização da espiritualidade superior isso é possível, porque espíritos terão que proteger e limpar o ambiente. Na verdade é um caso a parte, e deve ser tratado com muita cautela devido aos perigos que o médium se expõe.
Se desejar fazer uma reunião em casa realize o Evangelho no Lar, com certeza os espíritos amigos estarão presentes e você e sua família serão beneficiados.



No centro espírita ou Templo de Umbanda

Ao contrário do que os médiuns desequilibrados acham, o aprimoramento mediúnico abranda e às vezes cessa as sensações incômodas da mediunidade, transformando-as em contatos suaves e agradáveis, muitas vezes imperceptíveis. Vamos explicar...
O despertamento muitas vezes acontece com o médium obsediado e/ou em um estado emocional descontrolado, por isso as sensações são muito intensas e de baixo teor vibratório, gerando incômodo e algumas vezes descontrole.
O contato com uma casa espírita afasta, aos poucos, os obsessores que entravam em contato de forma "agressiva", e no seu lugar entram o(s) mentor(es), que primeiramente harmonizam seu pupilo para depois se aproximarem e entrarem em contato.
Também é comum o médium desenvolver durante o tratamento um tipo de mediunidade que não aflorou inicialmente, isso pode acontecer.
O mais importante é que o contato com o mentor é suave e agradável, inspirativo e tranqüilizante, é um bálsamo porque ele derrama com muito amor suas vibrações amorosas, bem diferente do obsessor, que buscava vampirizar e derramava suas energias degradantes na aura do médium.
Em um centro existem pessoas preparadas para auxiliar os médiuns e equipes espirituais experimentadas no assunto, por isso, por mais demorado que aparente, o centro é o meio mais seguro e tranqüilo de aprimorar a mediunidade.
Allan Kardec nos alerta sobre isso no Livro dos Médiuns:
"Algumas pessoas, na impaciência de verem desenvolver-se em si as faculdades mediúnicas, desenvolvimento que consideram muito demorado, se lembram de buscar o auxílio de um Espírito qualquer, ainda que mau, contando despedi-lo logo. Muitas hão tido plenamente satisfeitos seus desejos e escrito imediatamente. Porém, o Espírito, pouco se incomodando com o ter sido chamado na pior das hipóteses, menos dócil se mostrou em ir-se do que em vir. Diversas conhecemos, que foram punidas da presunção de se julgarem bastante fortes para afastá-los quando o quisessem, por anos de obsessões de toda espécie, pelas mais ridículas mistificações, por uma fascinação tenaz e, até, por desgraças materiais e pelas mais cruéis decepções. O Espírito se mostrou, a princípio, abertamente mau, depois hipócrita, a fim de fazer crer na sua conversão, ou no pretendido poder do seu subjugado, para repeli-lo à vontade."
Os Vícios
Para o médium trabalhar com as energias sutis do mundo espiritual ele deve largar os vícios que abaixam sua vibração e perturbam o seu equilíbrio físico e espiritual.
Entre os principais que podemos citar estão o álcool, fumo, sexo desregrado, drogas e quaisquer tipos de compulsão.
André Luiz nos fala sobre a importância da renovação e força de vontade para o médium no livro Nos Domínios da Mediunidade:
"Médiuns repontam em toda parte, entretanto, raros já se desvencilharam do passado sombrio para servir no presente à causa comum da Humanidade, sem os enigmas do caminho que lhes é particular. E como ninguém avança para diante, com a serenidade possível, sem pagar os tributos que deve à retaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edificando com o bem..."
Se o médium insistir em trabalhar quando está desequilibrado então ele prejudicará a casa que freqüenta e também as pessoas que ele tenta ajudar, vamos pensar em alguns casos:
• Médiuns Passistas doarão energias negativas e de baixo padrão, prejudicando o paciente. Em alguns casos ele pode até absorver energias positivas do paciente.
• Médiuns de Caridade – Reunião de Desobsessão – Ao se tornarem escravos dos vícios também se tornam escravos dos obsessores e criam uma brecha no trabalho espiritual. Muitas vezes se ligam a espíritos durante a sessão e não conseguem se desvencilhar, gerando trabalho e preocupação para o dirigente da reunião.
• Médiuns que trabalham no atendimento ou em passes. Existem casos de médiuns extremamente desequilibrados na parte sexual que aproveitam a fragilidade dos pacientes para obter algum benefício próprio. Geralmente estão sendo assediados por obsessores que tudo fazem para afastá-lo do centro, além de comprometer o trabalho da casa de caridade.

Paciência, Perseverança, Instrução e Humildade

Muitos médiuns ficam extremamente ansiosos ao aceitarem a sua faculdade, iludem-se achando que serão uma janela aberta para as mais lindas mensagens do céu e que tudo acontecerá como que por encanto.
A vida real é mais dura e difícil, o médium terá que estudar e aprender a lidar com o seu tipo de mediunidade, terá que arregaçar as mangas e passar a vida estudando e se aprimorando.
Retirei trechos do Livro dos Médiuns que mostram a necessidade de estudo, paciência e perseverança:
"...O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder confabular com os Espíritos das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderara sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só à medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Pode dar-se, pois, que aquele com quem o médium deseje comunicar-se, não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode acontecer que não tenha possibilidade, nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido. Convém, por isso, que no começo ninguém se obstine em chamar determinado Espírito, com exclusão de qualquer outro, pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente, por maior que seja a simpatia que lhe vote o encarnado. Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tal ou tal Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento da sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu anjo guardião.
...
Suponhamos agora que a faculdade mediúnica esteja completamente
desenvolvida; que o médium escreva com facilidade; que seja, em suma, o que se chama um médium feito. Grande erro de sua parte fora crer-se dispensado de qualquer instrução mais, porquanto apenas terá vencido uma resistência material. Do ponto a que chegou é que começam as verdadeiras dificuldades, é que ele mais do que nunca precisa dos conselhos da prudência e daexperiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que lhe vão ser preparadas. Se pretender muito cedo voar com suas próprias asas, não tardará em ser vítima de Espíritos mentirosos, que não se descuidarão de lhe explorar a presunção.
... a facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto que a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, para lhes apreciar as qualidades boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos Espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade. Facilmente se compreende a importância desta qualidade, sem a qual todas as Outras ficam destituídas de real utilidade. O mal é que muitos médiuns confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os conselhos e se tomam presas de Espíritos mentirosos e hipócritas, que os captam, lisonjeando-lhes o orgulho.
...
As reuniões de estudo são, além disso, de imensa utilidade para os médiuns
de manifestações inteligentes, para aqueles, sobretudo, que seriamente desejam aperfeiçoar-se e que a elas não comparecerem dominados por tola presunção de infalibilidade. Constituem um dos grandes tropeços da mediunidade, como já tivemos ocasião de dizer, a obsessão e a fascinação. Eles, pois, podem iludir-se de muito boa-fé, com relação ao mérito do que alcançam e facilmente se concebe que os Espíritos enganadores têm o caminho aberto, quando apenas lidam com um cego. Por essa razão é que afastam o seu médium de toda fiscalização; que chegam mesmo, se for preciso, a fazê-lo tomar aversão a quem quer que o possa esclarecer. Graças ao insulamento e à fascinação, conseguem sem dificuldade levá-lo a aceitar tudo o que eles queiram.



  Aptidões Mediúnicas

Deixo nas palavras de Allan Kardec o aviso para os médiuns:
"Todas estas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em
sua intensidade. Muitas há que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que, nem por isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais. Concebe-se que há de ser muito raro esteja a faculdade de um médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua.
Deve a pessoa cultivar todas aquelas de que reconheça possuir os gérmens. Procurar ter as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.
Quando existe o princípio, o gérmen de uma faculdade, esta se manifesta
sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá.
Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas
faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impune. Os bons abandonam o presunçoso, que se torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns que, não contentes com os dons que receberam, aspiram, por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais, capazes de os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros. - (SÓCRATES.) “


Confiança

"... preocupar com o saber se esse pensamento promana do seu Espírito ou de uma fonte diversa: a experiência lhe ensinará a distinguir.
Aliás, é freqüente acontecer que o movimento mecânico se desenvolva ulteriormente.
Dissemos acima haver casos em que é indiferente saber o médium se o pensamento vem de si próprio, ou de outro Espírito. Isso ocorre quando, sendo ele puramente intuitivo ou inspirado, executa por si mesmo um trabalho de imaginação.
Pouco importa atribua a si próprio um pensamento que lhe foi sugerido; se lhe acodem boas idéias, agradeça ao seu bom gênio, que não deixará de lhe sugerir outros. Tal é a inspiração dos poetas, dos filósofos e dos sábios."
Allan Kardec - Livro dos Médiuns
A confiança é importantíssima para o sucesso do contato espiritual, será uma das conquistas mais importantes do médium e somente será adquirida com muito esforço, discernimento e vontade.
Trecno retirado do livro Nos Domínios da Mediunidade, de Chico Xavier:
"Não será, porém, tão fácil estabelecer a diferença entre a criação mental que nos pertence daquela que se nos incorpora à cabeça... - ponderou meu colega intrigado.
- Sua afirmativa carece de base - exclamou o Assistente. — Qualquer pessoa que saiba manejar a própria atenção observará a mudança, de vez que o nosso pensamento vibra em certo grau de freqüência, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares."
  Desenvolvimento Mediúnico Forçado



Em alguns centros, principalmente de Quimbanda e Candomblé, o desenvolvimento dos médiuns é forçado, ou seja, ele realiza rituais, recebe passes magnéticos nos seus chakras, raspa a cabeça, faz juramentos, etc..
Muito cuidado com essas práticas porque elas firmam o vínculo com espíritos que, na maior parte das vezes, não são mentores, e em sua maioria ainda vivem apegados ao mundo material.
Eles ainda não tem condições de realizar a preparação espiritual de um médium. Na maior parte das vezes o seu contato mediúnico é interesseiro.
Os falsos mentores que se vinculam aos médiuns desprevenidos são egoístas, interesseiros e orgulhosos, e como a maior parte dos encarnados ainda não atingiram o padrão evolutivo dos espíritos superiores.
Os mentores responsáveis pela ajuda aos médiuns estão ligados em uma cadeia ascendente de espíritos cada vez mais puros, e deles recebem intuições, sugestões e permissões para intervir ou não nos problemas dos encarnados. É por esse motivo que os mentores só realizam o bem, porque eles estão sempre conectados com a vontade de nosso Pai.
Depois que o médium se vincula a um "falso mentor" fica MUITO complicado se desligar desse espírito, já que por sua opção ele entrou em contato e usufruiu "favores" desse espírito. É importante entender favores, porque para os espíritos inferiores se você solicita alguma informação ou ajuda então você pede um favor e fica em dívida com esse espírito (muito humana essa forma de pensar).
Em contrapartida, quando você solicita a ajuda de um espírito superior ele faz o que lhe for permitido sem o menor interesse de retribuição.
Isso nos faz pensar a diferença de abordagem: espíritos superiores nunca fazem promessas de resolver problemas ou se comprometem com as preocupações mesquinhas dos encarnados, eles sempre pregam a necessidade de melhora interior e informam que farão o possível para auxiliar, mas ele só fará o que Deus permitir.
O falso mentor se torna um obsessor implacável quando o médium deseja se desligar de sua influência. São casos muito complicados de Possessão, ou, como Allan Kardec designa, Subjugação. Para maiores informações sobre esse assunto consulte a série de artigos que escrevi sobre Obsessão.
Abaixo copio uma mensagem que se aplica perfeitamente a esse tema:
"Meus irmãos de fé, o médium não é um ser infalível, não é um astro, uma estrela de cinema, muito pelo contrário, erram aqueles que acham que ser médium é ser o centro das atenções.
Muitos médiuns se tornam públicos e famosos, mas isso também é uma prova. Lidar com a fama é uma prova como a riqueza, o poder, etc.
Para Deus não importa se um médium cura 1.000 pacientes ou se ora por 10.000 pessoas, o amor que ele canaliza no seu ato o torna receptor das energias do alto.
Busque realizar a tarefa que lhe foi indicada com o maior amor possível.
Se for recepcionista, busque atender os sofridos que chegam, Jesus sabia como ninguém aconchegar os sofredores que lhe procuravam.
Se atua na organização dos grupos faça com amor porque o Mestre conhecia seus irmãos de caminhada como ninguém.
Se és responsável pela tesouraria esforça-te porque depende de ti a continuidade do trabalho.
E olha para o céu e busca o teu Pai, porque muitos que se encontram em posições inferiores e hoje obedecem, na vida além-túmulo se tornam grandes, vivendo no verdadeiro reino dos céus.
O amor pelo ato de ajuda ao próximo é que importa a Deus, a recompensa está nas vibrações superiores que o seguidor do Cristo recolhe como pagamento.
Seu júbilo não pode ser falado, só sentido.
A vaidade e o orgulho na posição ocupada é o pagamento do que busca somente poder ou dominação enquanto ajuda o próximo.
Faça sua parte e cresça porque Deus é misericórdia, compaixão e amor."


Fonte: Gustavo Martins

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aceitando a Mediunidade


Depois dos primeiros indícios do afloramento da mediunidade os médiuns menos teimosos buscam auxílio com pessoas mais experientes, sejam outros médiuns ou estudiosos do assunto.
MUITO CUIDADO NESSE MOMENTO, todo o trabalho de preparação montado pelos mentores pode desmoronar porque a pessoa que foi falar com o médium é um radical ou alguém que usa o contato com o plano espiritual para obter benefícios próprios.
Depois de aceitar a mediunidade o médium deve ter paciência, embora seja difícil porque muitas vezes está desesperado com as sensações mediúnicas. Contudo, querendo ou não ele deverá esperar, porque o alívio será gradual e o controle somente ocorrerá depois de algum tempo de aprimoramento.
Vamos abordar algumas dúvidas comuns para os que sentem sua mediunidade aflorar de forma descontrolada.



Não adianta fugir ou fingir, você sempre terá essas sensações.


Mediunidade é uma aptidão, o médium foi preparado antes de nascer para obter uma sensibilidade que está além do seu estado evolutivo, seu corpo astral e etérico estão preparados para comunicação (de acordo com o tipo de mediunidade) com o mundo espiritual, por isso não adianta achar que “aquela sensação” não acontecerá novamente.
O estudo e aprimoramento são importantes porque o médium passa a entender suas sensações (perde o medo) e também a manter contato com espíritos superiores, que trazem sensações suaves e agradáveis.
Alguns médiuns são afastados do trabalho mediúnico quando chegam a idade avançada, já que existe um desgaste físico, principalmente em reuniões de desobsessão. Nesses casos o médium cumpriu seu “mandato” mediúnico, sendo sempre auxiliado por seu mentor.
Allan Kardec fala sobre o assunto no Livro dos Médiuns:
"Para isso, em vez de pôr óbices ao fenômeno, coisa que raramente se consegue e que nem sempre deixa de ser perigosa, o que se tem de fazer é concitar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse meio, chega o médium a sobrepujá-lo e, de um dominador às vezes tirânico, faz um ser submisso e, não raro, dócil. "


 Não adianta fazer "trabalhos" para "fechar" a mediunidade.


A aptidão do médium é um presente dado por Deus, é uma oportunidade recebida para acelerar sua evolução espiritual e ao mesmo tempo auxiliar os irmãos que sofrem na Terra.
Não é possível que espíritos ajam contra a vontade do Pai, retirando a mediunidade.
Os trabalhos podem isolar temporariamente o médium ou colocar um espírito "de guarda" para que ninguém se aproxime (isso só funciona para espíritos inferiores), contudo, cedo ou tarde o médium sentirá novamente o contato com o mundo espiritual, muitas vezes de forma mais agressiva ou intensa do que tinha anteriormente.
Existem casos em que o médium é muito novo ou por algum motivo excepcional pede que seja temporariamente atenuada sua sensibilidade para que no futuro ela possa desenvolver sua faculdade com segurança e harmonia. Isso pode acontecer, contudo, é raro e é necessário autorização dos espíritos superiores.
Não adianta orar e pedir que isso aconteça devido a problemas egoístas, isso não vai adiantar, embora o médium não lembre, foi ele solicitou a mediunidade.



 Nunca, vou repetir, NUNCA pague a médiuns que se dizem terapeutas para desenvolver sua mediunidade. Não existe personal espiritual trainer


Escrevo esse tópico com minhas próprias lembranças.
Assim como aconteceu comigo, alguns médiuns ficam desesperados quando a sua mediunidade aflora e morrem de medo de ir ao centro espírita porque acham que quando colocarem o pé nessas casas vão começar a gritar e cantar, perdendo o controle sobre si mesmo.
Isso não é verdade, aliás, muito pelo contrário, como falamos em artigos anteriores uma casa de trabalhos espirituais é protegida por espíritos que não permitem a entrada de quem não é desejado.
Bom, pelo motivo citado acima muitos procuram (como eu fiz) alguém que possa ajudá-lo, e, muitas vezes acabam caindo em "consultórios" de médiuns que chamamos de mercenários ou interesseiros, porque cobram pelos dons espirituais que possuem.
Esses médiuns não são indicados para acompanhar o aprimoramento mediúnico e não devem ser seguidos porque ao seu lado estão falanges de espíritos ainda despreparados para tarefas de tão grande responsabilidade. Alguns podem até ter algum conhecimento espiritual, mas não tem o grau de evolução suficiente para guiar um médium em sua tarefa espiritual, os mentores da Umbanda e de Centros Espíritas se especializam em auxiliar médiuns, além de possuírem um grau de evolução que lhes permite um contato mais puro com o Pai, desprovido de interesses próprios.
Os médiuns interesseiros são subjugados por essas falanges que só ajudam quando existe algum interesse envolvido. Alguns não são maus, contudo, ainda são egoístas e interesseiros.
Volto a dizer, lugar de médium se tratar é no Centro Espírita ou Templo de Umbanda, primeiro participando do tratamento e palestras, depois estudando e finalmente, se assim desejar, iniciando o aprimoramento mediúnico para utilizar sua aptidão em favor do próximo.




Terrorismo Espiritual: "Ihhh... É médium... TEM QUE TRABALHAR!!"


Infelizmente muitos médiuns esquecem de como chegaram ao centro que hoje freqüentam, é muito humano o esquecimento, a vaidade, o orgulho, a sensação de superioridade.
Por terem encontrado no trabalho espiritual uma fonte de luz acreditam que essa é a solução, se trabalhar espiritualmente o seu problema acaba.
Esquecem que o médium descontrolado que pede ajuda está massacrado pelo mundo espiritual (para ele o astral inferior é o mundo espiritual, ele só conhece o que sente) e o querido amigo médium fala para ele que ele tem que trabalhar....???!!
Tenhamos um pouco de sensibilidade e humildade, uma conversa amiga, um conselho, ouvir o que o irmão precisa falar, é disso que ele precisa.
O médium descontrolado não pode ser obrigado a trabalhar, se o mentor que o acompanha não se faz visível e fala que ele tem que trabalhar então que dirá do médium que o recebe no centro.
Na hora certa ele poderá escolher, porque o trabalho mediúnico tem que ser realizado de corpo e alma, restrições, mudanças, muita força de vontade, coragem, perseverança, etc... Não se pode obrigar ninguém a fazer isso, é uma opção e ela tem que vir de dentro.
Temos a obrigação de aconselhar o estudo, mostrar a importância da freqüência ao centro, falar sobre o Evangelho no Lar, etc.
Existem também alguns que se aproximarão da casa espírita como doadores de energia, sua presença é importantíssima para os trabalhos de cura ou de desobsessão, não é obrigatório que ele se aprimore mediunicamente, seu infinito amor por Jesus é importante para auxiliar nas reuniões.
Cada médium deve trilhar o seu caminho, o mentor estará sempre próximo, fazendo o possível para auxiliar, mas o médium deve fazer as suas escolhas e se responsabilizar por elas, pois caso contrário não terá evoluído.
Muitos querem ser fantoches, mas isso não é a vontade do guia espiritual, seu maior desejo é o crescimento espiritual do pupilo, mesmo que seja mais demorado, difícil e doloroso.
Para aquele que se encontra desesperado com suas sensações mediúnicas peço paciência, confiança e que freqüente uma casa para depois de harmonizado escolher o caminho deseja seguir.

 O melhor lugar para o médium se tratar é em um Centro Espírita ou Templo de Umbanda


Mesmo que o médium em desequilíbrio não deseje “aprender” a controlar a sua mediunidade, ele deve freqüentar um centro para receber o tratamento espiritual. Serão afastados obsessores, ele receberá algumas instruções sobre o que sente e receberá passes de limpeza e vitalização. Com o decorrer do tratamento ele se sentirá mais tranqüilo e poderá avaliar melhor o que está passando.
A grande maioria dos centros SÉRIOS possuem tratamento espiritual, QUE NUNCA É COBRADO e que NÃO OBRIGA ninguém a se tornar médium. O paciente pode freqüentar a casa durante o tempo que desejar, sem ter nenhuma obrigação de se tornar médium, qualquer casa que fale o contrário não deve ser freqüentada, pois ninguém pode obrigar um médium a trabalhar.
As seguintes opções devem ser descartadas para tratamento e aprimoramento do médium em desequilíbrio:
• "Terapeutas Espirituais" que cobram pelo serviço.
• Aprimoramento mediúnico com um amigo médium ou amigo do amigo que conhece.
É muito importante que o médium freqüente uma casa espírita, mesmo que opte por não fazer parte do corpo mediúnico. Sua hipersensibilidade precisa de ambientes que o acalmem e que possibilitem o contato com energias superiores.
O contato com a natureza, banho de mar, cachoeiras, lugares silenciosos e arejados são de grande importância para manutenção do padrão vibratório do médium.

Fonte:  Gustavo Martins

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