Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

Amigos do Blog Xamãs na Umbanda

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A VISÃO UMBANDISTA DO PECADO



Usaremos muito o termo “pecado” em nossos apontamentos. Mas o que seria pecado? Vamos ver:Um dos conceitos mais arraigados na nossa cultura cristã é a idéia do pecado. Desde a mais tenra idade nosensinam que somos todos pecadores, que tudo de errado que fazemos é pecado e que por isto devemos ser punidos, ou como é mais comum dizermos, castigados. Fazendo-se uma análise, à luz da razão, desta relaçãoentre pecado e castigo, vamos verificar que este é um processo que apenas gera medo e temor, levando-nos aconter nossos atos, não pela educação, mas pela ameaça do respectivo castigo. Mas será esta a maneiraadequada de levar as pessoas à obediência do Evangelho? Será este o meio adequado de implantar o amor entreos homens? Antes de nos concentrarmos na busca de uma alternativa, seria interessante que fôssemos procurar aorigem desta visão punitiva.Quando Moisés retirou seu povo do Egito, os hebreus estavam completamente influenciados pela cultura egípcia, aidéia de um Deus único era estranha e não havia qualquer disciplina entre eles, era um povo rebelde eacostumado à prática do roubo, do adultério e da adoração a vários deuses. Era ainda um povo primitivo, incapazde espontaneamente modificar sua conduta. Não existia outra maneira de levá-los a abandonar os velhos hábitos anão ser a adoção da imagem de um Deus punitivo, um Deus que se irava e que castigava implacavelmenteaqueles que não obedecessem a “sua Lei”, era o tempo do “olho por olho, dente por dente”.

Quando Jesus veio aTerra, seu discurso falava de um Deus tão amoroso que ele o chamava de Pai, sua mensagem não era mais oantigo conceito do Deus vingativo, mas do Deus que perdoava e que nos queria vivendo como irmãos, perdoandoe oferecendo a outra face.Com o advento da Idade Média, a Igreja resgatou o conceito mosaico do pecado, e a idéia de que os pecadoresprecisavam ser castigados como forma de remir suas faltas, além disso, foi fortalecida a idéia da ação do demôniona vida dos homens e de que se não “pagássemos” pelas nossas faltas estaríamos irremediavelmente condenadosao fogo do inferno. Essa concepção foi transmitida através das gerações e chegou até os nossos dias, ondecontinuamos temendo os castigos de Deus.O Espiritismo, através de uma visão amadurecida, observa sob uma nova ótica a questão do pecado, lançando aluz do entendimento sobre o assunto e trazendo conforto e esperança aos homens, que doravante apagam anoção de pecadores e passam a assumir o papel de seres em evolução, ainda imperfeitos é verdade, masrumando inexoravelmente para uma condição superior onde não mais cometerão os erros atuais. Alguns podem julgar esta posição absurda, mas então vamos parar um minuto e perguntar a nós mesmos: Quantos de nós, quesomos humanos, ao invés de darmos nova oportunidade aos nossos filhos, quando estes fazem algo que julgamoserrados, os expulsamos de casa e os condenamos a viver eternamente com sua culpa? Então por que Deus que éo infinito amor agiria de uma forma pior do que a nossa? Afinal não foi Jesus quem disse:
“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus” 

(Mateus 7:11)
.Apaguemos de nossas mentes a idéia da culpa. Na doutrina Espírita nós não somos culpados; somosresponsáveis pelos nossos atos e devemos responder pelas nossas ações, não através do famigerado castigo,mas através de mecanismos que nos levam à conscientização de nossas atitudes equivocadas e da reparação dosmesmos, pois o equívoco faz parte do processo de aprendizado e como seres em evolução precisamos vivenciar as mais diversas experiências para alcançar o progresso espiritual, e nessa jornada de luz é natural que nosenganemos, mas, é imprescindível que nos esforcemos para crescer. O objetivo da Lei Divina não é punir, mas,educar, fazendo com que cada indivíduo evite repetir seus erros pela compreensão de que sua atitude passada foiinadequada e que é necessária uma mudança de conduta.As fases deste processo de mudança são: o Arrependimento , momento em que reconhecemos a nossa falha deconduta, a Expiação , que é quando vamos refletir sobre o que fizemos e finalmente a Reparação , que é o ápicedeste processo, pois é quando alteramos nossos passos ou corrigimos o ato falho. Observem a lógica destaproposta, nela todos saem enriquecidos; nós, pelo amadurecimento, e o outro (a quem porventura prejudicamos),por ser valorizado ao consertarmos os nossos enganos. A vida é uma dádiva de Deus, que no-la concedeu, paraque alcancemos a felicidade, e não para vivermos com medo, vamos todos então trabalhar para alcançarmos acomunhão com Ele, certos de que:
“Todo homem podendo corrigir as suas imperfeições pela sua própria vontade,pode poupar-se dos males que delas decorrem e assegurar a sua felicidade futura” 

(o Céu e o Inferno, Cap VII).

(Edilson Botto)

Fonte: Livro O Ritual das Santas Almas Benditas, A Presença dos Semirombas e dos SaKáangás na Umbanda/Pai Juruá
http://pt.scribd.com/doc/74432885/1/O-RITUAL-DO-ROSARIO-DAS-SANTAS-ALMAS-BENDITAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...