Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

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sábado, 5 de novembro de 2011

Humildade

  
Os humildes aprenderam, com a introspecção, a fazer de si mesmos um "canal ou espaço transcendente", por onde flui silenciosamente a inteligência universal.

  Buda não foi apenas uma figura histórica que viveu há 2.500 anos, mas uma criatura extraordinária que, a partir das próprias experiências, encontrou a iluminação e o despertar dos potenciais internos. Ele criou uma forma de pensar que oferece respostas práticas para as diversas situações vivenciais e, ao mesmo tempo, uma maneira de transcendê-las.

  Buda foi um psicólogo nato, um instrutor singular para a solução dos problemas humanos, tanto pessoais como coletivos. Ele se considerava um curador de almas, cujo remédio era a clareza súbita na mente para avaliar ou solucionar com objetividade certos fatos ou acontecimentos existenciais - o Sidarta Gautama ensinava: "De que servem cabelo e manto impecáveis, ó tolo! Tudo dentro de ti está confuso e, no entanto, penteias a superfície!".

  Na época de Jesus Cristo, os fariseus - elite religiosa judaica, que vivia na estrita observância das escrituras mosaicas e da tradição oral - e da mesma forma, no tempo de Buda, os brâmanes — sacerdotes que consolidaram sua hegemonia social juntamente com o sistema de castas -, tanto uns como outros foram acusados de formalistas e hipócritas. Eram reconhecidos por suas ricas e pomposas vestimentas e por não viverem de acordo com o que pregavam.

  Todas as almas veneráveis da humanidade possuíam e possuem plena consciência de que falar de humildade não torna ninguém humilde. Realmente, a humildade nada tem a ver com a presença ou ausência de bens materiais, mas com a forma de comportamento íntimo.

  Na atualidade, ainda se associa humildade com inferioridade, submissão e pobreza; no entanto, ela está relacionada com distinção, gentileza, lucidez, graciosidade e simplicidade. Entre todas as virtudes, somente a humildade não realça a si mesma, porque o verdadeiro humilde não acredita que o seja.

  No texto citado, Buda se referia aos que se consideravam melhores, mais bonitos e superiores aos outros, advertindo-os de sua presunção e censurando-os pela fascinação da postura elegante, quando deveriam estar mais atentos a seu desenvolvimento e crescimento espiritual.

  O humilde examina e pondera o orgulhoso porque um dia também o foi; o arrogante, porém, como ainda não conquistou a humildade, não sabe apreciar e valorizar a simplicidade. Aliás, só quem tem plena consciência do seu valor pessoal é que não precisa se exaltar; quem não a tem exibe, de maneira ousada e insolente, sua capacidade, poder, prestígio ou cultura.

  Os indivíduos humildes realçam a simplicidade das coisas, dada a facilidade surpreendente de apreender e organizar os dados de uma situação. Eles penetram na essência das coisas, pois desenvolveram a habilidade de "fazer a mente silenciar". É no "silêncio mental" que os ciclos habituais ou condicionados das regras e normas preconceituosas cessam que os padrões de pensamentos inadequados são interrompidos, para que haja a internalização da inteligência universal em nós.

  Em algumas correntes do budismo, há uma equivocada interpretação do tomam como verdade a crença de que a meta espiritual do homem é alcançar um estado de completa quietude, que o levará à supressão do desejo e da consciência individual. Na realidade, o termo profunda, deve ser traduzido como "a união definitiva da criatura com o Criador", nunca como sinônimo de estático silêncio interior, onde impera o "não-ser".

  Os humildes aprenderam, com a introspecção, a fazer de si mesmos um "canal ou espaço transcendente", por onde flui silenciosamente a inteligência universal.

  Quando o eminente educador Hippolyte Leon Denizard Ri-vail questiona os Espíritos Superiores:"universal" insight, na linguagem atual.nirvana. Elasnirvana, quando entendido em sua significação maisQual é a fonte da inteligência?, eles respondem: "Já o dissemos: a inteligência.

  1. A inteligência universal é o instrumento pelo qual retomamos a conexão com a Causa Primeira. Ela não está confinada a nenhuma religião; ao contrário, é acessível a todos os seres, contudo só se deixa penetrar por aqueles que têm "simplicidade de coração e humildade de espírito" sublimes contribuições - psicológicas, filosóficas, artísticas, científicas, religiosas -, alargando a compreensão da vida dentro e fora de nós mesmos.

   2. Por meio de seus recursos infinitos, recebemos as mais 'Questão 72 Qual é a fonte da inteligência?

  "Já o dissemos: a inteligência universal. "

  Poder-se-ia dizer que cada ser toma uma porção de inteligência da fonte universal e a assimila, como toma e assimila o princípio da vida material?

  "Isto não é mais que uma comparação e que não é exata, porque a inteligência é uma faculdade própria de cada ser, e constitui sua individualidade moral. De resto, como sabeis, há coisas que não é dado ao homem penetrar e esta é desse número, no momento."

"O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo VII, item 2
Fonte: Os Prazeres da Alma  por Hammed.
Psicografado por: Francisco do Espirito Santo Neto.


Regina Rogrigues

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