A FÉ:
A Fé era a única certeza que Deus não os abandonara e quais os humilhavam seriam um dia tratado do mesmo modo.
A grande maioria seguia este caminho, mas havia muitos revoltados.
Alguns pensavam em vingança e viviam para fugir e se vingarem. Estes irmãos sofreram ainda mais, pois sem Fé e esperança em Deus, suas mentes adoeciam e acabavam mortos e sem esclarecimentos espirituais.
Chegando ao Mundo Espiritual cheio de ódio e querendo justiça com as próprias mãos.
Até hoje muitos irmãos ainda perseguem e cobram aos seus antigos Senhores as maldades que sofreram.
Ainda não despertaram e se julgam com direitos a fazer cobranças. Esquecem que Deus tudo vê, e que nada, nem ninguém passa escondido aos seus olhos. Se houve revolta e vingança, também à Luz se fez. No meu pequeno conhecimento sobre os espíritos, creio que nunca se viu irmãos, mais humildes e iluminados.
Quanto Amor quanta Fé bem-dizem as dores e sofrimentos que passaram por Amor a Deus. Reconhecem que tudo serviu para purificá-los a elevação de seus espíritos. Agradecem a Deus a posição de Escravos e não de Senhores.
“Fé é acreditar sem qualquer desconfiança,
Ainda que na frente nenhuma luz exista,
Deixando a dúvida e a falta de esperança,
Para aqueles que andam apenas por vista.
Confiar nas promessas de Deus, isso é fé,
Quando parece que Deus já nos esqueceu,
É não duvidar nem vacilar como São Tomé,
Nem buscar sinais e lamentar o que não sucedeu.
Fé é acreditar em Deus e nunca esquecer,
A esperança dum futuro que um dia virá,
Fé é a coragem de acreditar sem esmorecer,
Que tudo o que esperamos um dia acontecerá.”
David Berg
Fé refere-se à capacidade de acreditar, e independe de qualquer motivação específica.
Manifesta-se de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais e motivos nobres ou estritamente pessoais. Pode estar direcionada a alguma razão específica ou mesmo existir sem razão bem definida e não carece absolutamente de qualquer tipo de evidência física racional.
A fé pode manifestar-se direcionada tanto a pessoa quanto a um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, uma crença popular, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião.
Fé não é baseada em evidências físicas reconhecidas pela comunidade científica. A fé geralmente é associada a experiências pessoais e pode ser compartilhada com outros através de relatos. Nesse sentido é geralmente associada ao contexto religioso e a decisão de “ter fé” é unilateral, ou seja, o objeto da fé direcionada é do livre-arbítrio de cada um. A bíblia, um livro religioso e considerado sagrado por muitas religiões cita bastante a fé. Nela se encontra uma definição geral por: “a fé é acreditar em coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos” (Hebreus 11:1).
Sou a irmã mais velha da Esperança e da Caridade: chamo-me Fé.
Sou grande e forte. Aquele que me possui nem teme o ferro, nem o fogo: é na prova de todos os sofrimentos físicos e morais. Irradio sobre vós com um facho cujos jactos brilhantes se refletem ao fundo dos vossos corações e vos comunico a força e a vida. Entre vós dizem que transporto montanhas, mas eu vos digo: Venho erguer o mundo, porque o Espiritismo é a alavanca que me deve ajudar. Uni-vos à mim; venho convidar-vos: eu sou a Fé.
Sou a Fé! Moro com a Esperança, a Caridade e o Amor, no mundo dos Espíritos Puros. Muitas vezes deixei as regiões etéreas e vim à Terra para vos regenerar, dando-vos a vida do Espírito. Mas, fora os mártires dos primeiros tempos do cristianismo e alguns fervorosos sacrifícios, de longe em longe, ao progresso da ciência, das letras, da indústria e da liberdade, não encontrei entre os homens senão indiferença e frieza e, tristemente, retomei o meu vôo para o céu. Julgais-me em vosso meio, mas vos enganais: porque a Fé sem obras é um semblante de Fé. A verdadeira Fé é vida e ação.
Antes da revelação do Espiritismo, a vida era estéril; era uma árvore, ressequida pelo raio e que nenhum fruto produzia. Reconhecem-me por meus atos: eu ilumino as inteligências e aqueço e fortifico os corações; afasto para bem longe as influências enganadoras e vos conduzo para Deus pela perfeição do espírito e do coração. Vinde colocar-vos sob minha bandeira; sou poderosa e forte: eu sou a Fé.
Sou a Fé e o meu reino começa entre os homens, reino pacífico, que os tornará felizes no presente e na eternidade. A aurora de meu aparecimento entre vós é pura e serena; seu sol será resplendente e seu ocaso virá docemente embalar a humanidade nos braços de eternas felicidades.
Espiritismo! Derrama sobre os homens o teu batismo regenerador. Eu lhes faço um apelo supremo: eu sou a Fé.
(Espírito de Georges, bispo de Périgueux – R. E. 1862)
CARIDADE:
Caridade é atender aos filhos ou irmãos sem cobrar um centavo por saber que Caridade não se cobra. Dê de graça o que de graça, recebemos!
Jesus é Mestre Supremo e segundo suas pegadas, veremos que este foi é o exemplo a ser seguido.
Vê-se que em suas caminhadas na Terra nada era cobrado. Levava o Evangelho e as palavras de Deus sem cobrar nada a ninguém. Curava, ouvia os seus seguidores, perdoava, mostrava o caminho, não separava seus irmãos e apontava os defeitos.
nem lhes apontava os defeitos.
Via em todos o caminho para a casa do Pai. Alimentava-se em casa de irmãos ou pessoas nem sempre de boa conduta. Recebia abrigo e na manhã seguinte seguia nova jornada. Nunca houve pagamento em troca. É por este caminho ou lei que seguiremos na Umbanda.
Eu sou a Caridade; sim, a verdadeira Caridade. Em nada me pareço com a caridade cujas práticas seguis. Aquela que entre vós usurpou o meu nome é fantasista, caprichosa, exclusiva, orgulhosa; venho vos premunir contra os defeitos que, aos olhos de Deus, empanam o mérito e o brilho de suas boas ações. Sede dóceis às lições que o Espírito de Verdade vos dá por minha voz. Segui-me, meus fiéis: eu sou a Caridade.
Segui-me. Conheço todos os infortúnios, todas as dores, todos os sofrimentos, todas as aflições que assediam a humanidade. Sou a mãe dos órfãos, a filha dos velhos, a protetora e suporte das viúvas. Curo as chagas infectas; trato de todos os doentes; visto, alimento e abrigo os que nada têm; subo aos mais humildes tugúrios e às mais miseráveis mansardas; bato à porta dos ricos e poderosos porque, onde quer que exista uma criatura humana, há, sob a máscara da felicidade, dores amargas e cruciantes. Oh! como é grande minha tarefa! não poderei cumpri-la se não vierdes em meu auxílio. Vinde a mim: eu sou a Caridade.
Não tenho preferência por ninguém. Jamais digo aos que de mim necessitam: “Tenho os meus pobres; procurai alhures”. Ó falsa caridade, quanto mal fazes! Amigos, nós nos devemos a todos. Crede-me: não recuseis assistência a ninguém. Socorrei-vos uns aos outros com bastante desinteresse para não exigir reconhecimento de parte dos que tiverdes socorrido. A paz do coração e da consciência é a suave recompensa de minhas obras: eu sou a verdadeira Caridade.
Ninguém sabe na terra o número e a natureza de meus benefícios. Só a falsa caridade fere e humilha àqueles a quem beneficia. Evitai esse funesto desvio: as ações desse gênero não têm mérito perante Deus e atraem a sua cólera. Só ele deve saber e conhecer os generosos impulsos de vossos corações, quando vos tornais os dispensadores de seus benefícios. Guardai-vos, pois, amigos, de dar publicidade à prática da assistência mútua; não mais lhe deis o nome de esmola. Crede em mim: eu sou a Caridade.
Tenho tantos infortúnios a aliviar que por vezes tenho o colo e as mãos vazias: venho dizer-vos que espero em vós. O Espiritismo tem como divisa Amor e Caridade; e todos os verdadeiros Espíritas quererão, no futuro, conformar-se a esse sublime preceito ensinado pelo Cristo há dezoito séculos. Segui-me, pois, irmãos, e eu vos conduzirei ao reino de Deus, nosso Pai. Eu sou a Caridade.
(Espírito Adolfo – R. E. 1862)
Não há mais bela virtude.
Nela se resumem todas, porque todas dimanam dela, como em nosso sistema solar toda a luz irradia do Sol.
A caridade é o bálsamo que consola todas as dores; o manto que tapa toda a nudez; o auxílio que socorre toda a miséria; o pão que mitiga toda a fome; a água que sacia toda a sede; a luz que ilumina toda a treva; a força que anima toda a fraqueza; o sentimento que penetra todos os corações; a riqueza ao alcance de todos os mendigos.
Como nem só de pão vive o homem, nem só é caridade a que se resume na esmola. Caridade é consolar os tristes, confortar os que sofrem, encorajar os tíbios, perdoar aos que erram, ensinar os que ignoram, levantar os que caem, suster os que tombam, amparar os que fraquejam.
Caridade é fazer justiça, é corrigir o defeito, é animar o tímido, é proteger o ousado, é exalçar a verdade, é enobrecer o humilde, é semear a paz, é pugnar pelo bem, é estabelecer a concórdia, é servir o amor, é esquecer agravos, é desculpar as faltas alheias, e é, acima de tudo, adorar a Deus.
Como adorar a Deus? Pois em adorar a sede suprema de toda a caridade, existe caridade? Existe.
Se é caridade tudo que se pense, que se obre, que se deseje, que se peça, em benefício dos outros, não é menos caridade a que se tiver para conosco próprios. E amar a Deus é ter caridade para conosco.
É do amor que lhe temos, que há de sair o ânimo para o servirmos, e do modo como o servirmos há de resultar o serviço que poderemos prestar aos outros; e desse amor e deste préstimo há de vir a nossa mercê.
Se bem amarmos a Deus bem o havemos de servir, e para bem o servirmos havemos mister praticar a caridade, nas suas mais variadas manifestações de bondade, de amor e de conforto. E depois todos nós somos mais pecadores do que os outros. Pelo menos assim nos devemos julgar, porque conhecemos melhor as nossas faltas, do que as dos estranhos; e as faltas que se conhecem, ainda que sejam leves, são sempre maiores do que as que se ignoram.
O que é ignorado é como que se não existisse.
Como o homem, na Terra, só é homem desde que nasce, a flor só é flor desde que desabrocha, o rio só é rio desde que corre, o dia só é dia desde que o carro de ouro do Sol aparece, as coisas só começam a ser desde que se descobrem e, por isso, a falta só é falta quando se conhece.
A maior parte das vezes é só conhecida pelo que a pratica, e isso basta para que seja falta, e para que para ela haja mister caridade.
Não é preciso que o nosso vizinho conheça a nossa fraqueza para que nós a conheçamos e a procuremos remediar. A consideração do nosso vizinho não é maior do que a nossa, e realmente nós não tememos a apreciação dele: – a que tememos, a que nos punge, a que nos acusa, é a nossa.
Se em nossa consciência não temos o respeito por nós próprios, também nos não importa o dos outros. O respeito dos outros está em nosso amor pela nossa própria individualidade e pelo conceito que dela queremos que tenham.
Podem os estranhos ter por nós toda a veneração, que se ela não encontra eco em nosso peito e em nosso cérebro, é como se não existisse. Será como brocados e pedrarias a enfeitarem um morto.
Se temos faltas que perturbem o nosso sossego ou distraiam a nossa meditação tranqüila, nada há fora do nosso ser que no-las faça esquecer. Falta existente, sabida só por nós, é maior do que falta presumida por todo o mundo e que não exista. Para essas que nos afogam no seu charco, que nos esmagam com o seu peso, que nos torturam na sua engrenagem, que nos dilaceram com as suas invisíveis garras, é que virá o alívio em nosso amor a Deus, e na caridade, que pela nossa caridade, Ele para conosco tiver.
Não sei de sentimento mais vasto do que o da caridade. Amamos as criancinhas frágeis, doentes, rotinhas, famintas, de pele engelhada sobre os ossos em atrofiado crescimento? Temos caridade.
Amamos as criancinhas rosadas, felizes, travessas, impertinentes; desculpamos-lhes as suas maldades, perdoamo-lhes os seus atrevimentos, servimo-lhes os seus caprichos, satisfazemo-lhes os seus desejos? Temos caridade.
Amamos os velhinhos trôpegos, de cabeça alva como flocos de espuma, no inverno da vida, despidos de ilusões como as árvores despidas de folhas, de braços descarnados, que se elevam ao céu, numa prece de despedida, como os troncos desnudados das árvores em dezembro despedindo-se das derradeiras folhas que os vestiram e alindaram? Temos caridade.
Visitamos os encarcerados e os enfermos, levando-lhes lembranças que os alegrem no meio da sua tristeza, e palavras que os consolem e lhes aliviem os sofrimentos, como raios de luz que lhes iluminem a escuridão do seu viver? Temos caridade.
Amamos o nosso semelhante, amamos o nosso inimigo, amamos os animais das raças inferiores, amamos as plantas, somos compassivos, somos tolerantes, somos generosos? Temos caridade.
A esmola que se lança às escondidas, na mão rugosa e suja da mendiga; o auxílio que se presta ao amigo em ocasião difícil; o sacrifício que se faz por alguém em qualquer oportunidade; o conselho que se dá a quem necessita de guia; o lume que se presta a um desconhecido; o sal que se dá ao vizinho pobre; o caminho que se desempeça ao viandante; o percurso que se ensina ao caminheiro; o incitamento feito a quem se meta em empresa útil, é tudo caridade.
Ilumina ela mais do que o Sol, porque brilha de noite, brilha nas minas subterrâneas, brilha nas mansardas, brilha nas tocas, brilha na dor, brilha até na morte; e o Sol brilha só onde não encontre coisa que lhe impeça a marcha.
Para o brilho da caridade nada há que faça sombra, e para ofuscar o do Sol basta uma débil folha de rosa, uma microscópica asa de inseto alado, a fita solta de uma renda preciosa.
E, se brilha mais do que o Sol, mais do que o Sol ela aquece também, porque aquece sempre, e – generosa caridade! – aquece tanto mais quanto mais afastado anda o astro-rei das criaturas carecidas de calor.
Onde ela chega cessa o sofrimento, dilui-se a dor, desaparece o abatimento.
Servida pelos bons, amada pelos tristes, desejada pelos sofredores, cantada pelos poetas, exercida pelos santos, venerada pelos justos, adorada pelos simples, pregada pelos profetas e querida por Deus, ela é o que de mais modesto, mais emocionante, mais precioso existe. Simples dentro da sua grandeza; grande dentro da sua simplicidade.
Brilha sem ofuscar, aquece sem queimar, refresca sem gelar, socorre sem rebaixar, serve sem vexar, guia sem enganar, aconselha sem ofender, corrige sem molestar, destaca-se sem se impor.
Entraja-se na modéstia, dá escondendo a mão, aparece velando o rosto. Visita os prostíbulos, os palácios, os ergástulos, as espeluncas, as igrejas, as oficinas, os hospitais, as minas, os mares, os sertões, os presídios, as escolas, e até o cadafalso, sempre humilde, sempre solícita, sempre afetuosa, sempre boa.
Quem conhece, pois, virtude de mais realce, riqueza de mais valor, afeto de mais merecimento, luz de mais irradiação, manto que mais cubra, carinho que mais conforte, princípio que mais enobreça, religião que mais sirva e serviço maior da religião?
Toda a palavra, toda a obra do nosso Divino Mestre, rútilo farol com que Deus vem iluminando tantos mundos, pode caber dentro desta palavra tão curta e tão simples – caridade.
Toda a lição cristã se resume em amar a Deus sobre todas as coisas, e o próximo mais do que a nós mesmos; e este preceito, que é uma maravilha de filosofia, de verdade e de amor, cabe dentro da caridade como o homem cabe no óvulo fecundado, o cedro do Líbano na microscópica semente de que germina e a luz que ilumina o espaço cabe na estrela de que irradia.
Ela é a mater de todos os sentimentos puros, de todos os afetos santos.
Alva como a neve, e como a neve: – pura.
Com ela não se pode misturar sentimento ou ação ruim que a não desvirtue, enodoe ou transforme.
Desconhece o interesse, repele o egoísmo e abomina a crueldade.
Existe no amor de mãe, no carinho filial, na dedicação do sábio, na abnegação do missionário, na bondade da mulher, na retidão do juiz, no sacrifício do pai, na amizade do amigo e até na piedade, na comiseração, do desconhecido.
Em tudo onde haja vida e amor existirá a caridade.
Ela é a fada linda e branca de todas as coisas; a parte sã e preciosa de todos os organismos inteligentes; é a emanação divina, o fluido universal que Deus espalhou pelo infinito, para adoçar, corrigir, modificar, as asperezas, os desequilíbrios, as desigualdades humanas, reveladas no homem, na família, na sociedade, no mundo; é o bálsamo para todas as dores, o obreiro de toda a paz, o antídoto de todo o mal.
Filha dileta de Deus, é o anjo de níveas asas que Ele lançou por esse Universo fora, para melhorar a triste condição do corpo e do espírito humano.
É, enfim, a Caridade
(Espírito de Alves Mendes – Médium: Fernando de Lacerda – Do País da Luz)
HUMILDADE:
Humildade é o caminho único para se servir a Deus. Todos nós encarnados ou não, devemos ser simples e humildes. Nosso exemplo maior é Jesus. Nasceu numa manjedoura, veio com a missão de Rei, mas nunca foi ligado a bens materiais. Nada nem ninguém o tiraram do caminho certo. Sabia o valor do dinheiro, do ouro, podia obter riquezas e prestígio fácil.
A sua volta, todos erros e ganâncias eram comuns. Não se precisava muito para justificar uma grande fortuna ou títulos de nobreza. Jesus sabia como ninguém que os bens eram necessários, mas como Mestre visto que a Humildade e Nobreza de Coração eram títulos mais importantes.
O homem precisa do seu trabalho, ganhar o pão com o suor do dia, mas não pode ser escravo do dinheiro. O corpo não vive sem alimento, sem roupas ou teto. Sem trabalho e sustento ninguém sobrevive. Deus nos mostra que pelo trabalho, nos melhoramos e nossas matérias recebem as forças para cumprirem suas missões. Nosso lar, nossa família são à base de partida para uma jornada de luz.
Mas Jesus nos recomenda, não acumulemos tesouros na terra, onde os vermes e as traças os destroem. Acumulemos bens no Astral, onde nada e nem ninguém podem destruí-los.
O que são estes Tesouros, Bens Materiais. Ninguém levará nada destes valores.
Na terra ficará tudo que materialmente compramos. Só as boas Ações,
Caridades prestadas seguirão conosco.
Sejamos humildes, usemos tudo que Deus nos empresta por meio do dinheiro com sabedoria.
Vamos ter o teto, a roupa, o conforto que a matéria precisa, mas lembremos de dividir com os nossos irmãos de jornada.
A oportunidade sempre aparece. Hoje é alguém com fome, amanhã é um vizinho doente, por vezes basta um aperto de mão, um sorriso ou um abraço e já fizemos a nossa parte.
Sejamos humildes e pensemos que hoje ajudamos, e amanhã seremos ajudados. Ninguém encarnado ou não, vive sem ajuda de Deus.
Ao ler e estudar o Evangelho veremos que os Simples e Humildes verão o Reino dos Céus.
Isto é, habitarão uma das moradas do Senhor. Meu irmão, na vida material precisa de simplicidade. Esta só é possível se nos curvarmos diante das boas ações e nos empenharmos em Jesus, Médium Perfeito é a humildade sem igual. Estamos na escola da vida e agora iniciamos as aulas da Espiritualidade. Sempre que oramos ou entramos em prece sejamos simples. Vejamos os nossos erros e faltas cometidas. Antes de pedir, agradecemos tudo que Deus nos tem dado.
Os espíritos de Luz estão nesta elevação, por suas boas ações e simplicidade.
Médiuns Vaidosos é Médium doente. Sua vaidade afasta a Luz, e os bons espíritos não se afinam. Não há como juntar as trevas a Luz.
Aos poucos nossos amigos espirituais se afastam e só irmãos sofredores encontram afinidade. Vamos nos policiar. Quando um amigo maior ajudar alguém, não se julguem em grande posição, somos apenas intermediários.
Este Amigo também sabe que ele nada fez a não ser ter a graça de servir a Deus. Então para que dizer: Eu tenho um Guia Forte… Ou sou um ótimo médium. Vamos ser humildes, quando surgir um elogio, lembre-se que o mérito não é seu.
Você teve sim, oportunidade de se melhorar e Deus lhe deu esta chance de evoluir. Quanto mais simples, melhor será a comunicação entre os dois Planos.
Portanto, a Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos orixás e seus seguidores. Estes grupos de Espíritos estão na Umbanda “organizados” em linhas: Nanã, Iemanjá, Oxum, Iansã, Ogum, Xangô, Oxossi, Obaluaê e Omulú, Crianças, Povo do Oriente, Preto-Velhos, Malandros e Exus. Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças de Zambi e Oxalá.
Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso, é uma religião totalmente brasileira.
Humildade refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão.
Humildade vem do Latim humus que significa “filhos da terra”, ao analisarmos esta frase, encontramos material suficiente para aprender sobre a humildade:
Se diz que a humildade é uma virtude humilde, quem se vangloria da sua, mostra simplesmente que lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.
Exemplo: “Eu sou o mais humilde de todos aqui” isto prova a falta completa de humildade.
O contrario da humildade é a soberba.
Não há dúvida alguma de que a característica comportamental do ser humano, a humildade, influi de maneira decisiva nos rumos da vida em sociedade. Desde os tempos mais longínquos de vida na Terra, em que a natureza obrigava o homem a empregar grandes esforços na sua luta pela sobrevivência em um mundo hostil, é de se esperar que a união em harmonia e equilíbrio promova melhores resultados do que a sociedade onde impera a vaidade, o orgulho, o individualismo e a falta de humildade em atos e ações.
Nos dias modernos, com o avanço científico e tecnológico, onde a transformação de bens materiais brutos em componentes imprescindíveis à vida do homem moderno, cada vez mais a competitividade na geração do trabalho pessoal e coletivo torna-se maior e mais forte, sendo o fator humildade o grande diferencial para o sucesso de uma reencarnação produtiva e mais feliz.
Assim, estudarmos a humildade como componente do comportamento humano, visando melhor desempenho da sociedade, é fundamental a fim de promover as reestruturações e adaptações no novo mundo regenerado.
Analisar a humildade do ponto de vista de bens materiais é o mesmo que analisar uma pedra como fator responsável pela morte de uma criatura atirada para tal finalidade. É necessário, portanto, avaliar a humildade como característica intrínseca do indivíduo, herdada desde a criação do Espírito, como centelha componente do amor Divino e sujeita a todas as leis da evolução humana, rumo à perfeição.
É muito comum definir como sinônimo de humildade, a pobreza, ou seja, o homem com deficiência ou ausência de bens materiais os quais não podem promover o conforto de uma vida saudável e tranqüila para ele em nosso planeta. Assim, quanto mais miserável for a pessoa, mais ausente de bens materiais, mais humilde ela seria. Essa análise é absolutamente materialista e improcedente, pois se a característica é intrínseca ao Espírito, ela não pode ser extremamente materialista.
Devemos sim, respeitar todas as formas de crenças e aqueles que se julgam com necessidade de estar entre a miséria para aproximar-se da humildade devem mesmo seguir a ordem natural das coisas. Aliás, muitas dessas pessoas estão de fato no caminho da verdadeira humildade espiritual, levando uma vida de simplicidade, de amor a natureza com desprendimento material. Mas o que é uma vida ligada à matéria e o que é o significado de desprendimento material?
Caso o conceito de humildade signifique a pobreza, a miséria, seria lógico raciocinar de duas, uma. Ou a humildade não significa nada na evolução do homem, ou a pobreza, miséria, riqueza não estão totalmente ou parcialmente ligada a ela. Como já dissemos que a humildade é de fato importantíssima na evolução da humanidade, ela se exterioriza nos atos e ações do espírito e não nas situações de posição social a que ele se encontra no momento.
Evidentemente, como o espírito caminha em evolução eterna no seu aprimoramento pessoal, na sua passagem pela matéria terrestre, os bens materiais não devem ser importantes para a sua evolução espiritual. Cabe ressaltar que o conhecido ditado popular – “a pessoa não leva nada dos bens adquiridos aqui depois da morte” não é correto, pois mantém as atitudes e gostos vivenciados quando reencarnada, após o seu desencarne. Na sua nova jornada, no plano espiritual, continua normalmente a luta em seu aprimoramento pessoal.
A forma e não o fundo é o diferencial importante. Por exemplo, um indivíduo adquire um carro bom, confortável, com boa segurança, necessário a sua atividade de vida e compra com recursos do seu próprio esforço. Para ele, o carro é um meio de vida, assim ele o vê e o usufrui. Outra pessoa, bem mais pobre, adquire um bom carro com a intenção de se sentir melhor do que os outros, mais poderosa, mesmo a duras penas, as aparências são mantidas.
Neste caso, o carro satisfaz a sua vaidade, o seu orgulho, nada mais. Onde está o desenvolvimento mais aperfeiçoado da humildade? Certamente não é na posição social em questão. A forma é a visão que se tem do bem, o fundo é a visão que se tem do indivíduo com base na sua posição social. Um homem rico pode ser muito mais humilde que um pobre, pois a condição de riqueza e pobreza é uma condição que deve mesmo ser definida antes da reencarnação, sendo, portanto, temporária.
A verdadeira humildade está no espírito e não na condição reencarnatória. O espírito utiliza de todos os meios possíveis para sua evolução e assim, aliás deve experimentar as mais diversas formas de condições reencarnatórias, passando inclusive pela reencarnação em locais de miséria, pobreza, riqueza, diferentes culturas, raças, credos, na deficiência de meio intelectual, nos meios científicos e acadêmicos, etc. É dessa forma, que ele evolui mais rapidamente passando por muitos caminhos, e principalmente, naquele que mais se despreza, que mais odeia no momento. Nesse ponto, há a total desarmonia espiritual e somente através do sentimento real daquela situação, promove a oportunidade de luz para resgatar o seu equilíbrio pessoal. Por isso, veremos sempre pessoas de grande humildade vivendo momentaneamente entre os meios mais ricos, e certamente, aproveitam essa oportunidade com grande propriedade promovendo a verdadeira caridade, além da material, do seu exemplo de vida em favor do bem comum. Por outro lado, veremos também o inverso, a falta visível de humildade na pobreza, denotando vaidade, orgulho e sem o mínimo interesse pelo seu semelhante.
Numa reencarnação na condição de riqueza, há uma responsabilidade muito maior para a evolução do espírito, pois o meio é muito mais propício a ambição, vaidade, orgulho, etc.
Graças à doutrina espírita temos agora a nossa visão ampliada da humildade, pois observamos o indivíduo como um todo, com sentimentos, atos e ações adquiridos ao longo do tempo, quer no plano espiritual quer no plano terrestre. E tudo se confunde. Não é a simples visão da sua condição reencarnatória atual que deve ser apenas considerada. No plano espiritual, a visão se amplia, e muito.
“Vindo de dentro do ser humano, a humildade é característica daqueles que têm a caridade como meta na evolução do espírito.
Ser humilde não significa ser desprovido de bens materiais, mas ser capaz de aceitar a sua condição na escala evolutiva a que todos estamos sujeitos.
Ser humilde é ser capaz de aprender com pequenos gestos e estar sempre aberto a novos conhecimentos em prol da humanidade.
O maior bem que pode um ser humano almejar é a humildade, pois ela é capaz de construir caminhos que levam à luz, caminhos que permitem o companheirismo sem interesses e egoísmo.
Ser humilde é reconhecer no outro o seu valor. É elevar a auto-estima do amigo e pessoas de jornada evolutiva, através do seu exemplo de vida, sempre fundado na verdade e no bem.
Sede humilde e conseguirás a sabedoria, pois ela é a fonte da inspiração a que todos buscamos nessa jornada.
Estejas sempre atento às atitudes grotescas que destroem a harmonia do seu ambiente no lar, escola, trabalho, etc.
Estejas pronto a ajudar os menos favorecidos que você.
Sejas humilde o suficiente para ensinar aquilo que um dia alguém teve a paciência de transmitir a você. A felicidade depende dessa sua estada.
Quanto mais humilde, mais oportunidade de conhecimento terás e maior será a tua recompensa.
Ajude um amigo e sempre será ajudado quando precisares. Não que esse seja o objetivo da caridade, mas é a lei que rege todo o universo: quanto mais amor for dado, mais amado serás…”
(Mensagem psicografada em reunião familiar)
Muita Paz,
Raul Franzolin Neto
MONTAGEM: ALEX DE OXÓSSI
Fontes:
LIVRO UMBANDA – CENTRO ESPÍRITA FÉ E CARIDADE – PARÁ DE MINAS – MG
WIKIPEDIA
TEXTOS:
David Berg
Espírito de Georges, bispo de Périgueux – R. E. 1862
Espírito Adolfo – R. E. 1862
Espírito de Alves Mendes – Médium: Fernando de Lacerda – Do País da Luz
Raul Franzolin Neto
"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)
ResponderExcluir