Oração Lakota (Sioux)

Oração Lakota (Sioux)

Wakan Tanka, Grande Mistério
Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente,
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
Nos sentidos do meu corpo,
Nas bençãos do meu Espírito,
Ensina-me a confiar nessas coisas
Para que eu possa entrar no meu Espaço Sagrado
E amar muito além do medo
E assim caminhar na beleza
Com o passo do glorioso Sol

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Roda da Cura





Na Roda da Cura, o final representa também o recomeço. O ciclo da Roda da Cura é 

também o da vida, dos obstáculos e das missões pessoais ou coletivas que devem ser 

resgatadas, vividas ou modificadas. É como uma espiral aonde o ponto de partida também é 

o ponto de chegada. A vida é como uma estrada sinuosa, que em alguns pontos tem 

encruzilhadas, que em alguns pontos conecta-se com outras estradas, e é nessa conexão 

que muitas vezes damos as mãos e caminhamos juntos. A morte do xamã representa isso. 

Na espiral da vida, no processo de cura, enfrentamos várias mortes. A cada dia estamos 

morrendo e renascendo, nos desvencilhando de aspectos sombrios e obsoletos em nossas 

vidas. Segundo Jamie Sams, no seu livro As Cartas do Caminho Sagrado, "um xamã é 

aquele indivíduo que caminhou até os portais de seu inferno pessoal e teve a coragem de 

entrar. Um verdadeiro xamã é aquele que enfrentou e venceu os demônios auto-concebidos

 do medo, da insanidade, da solidão, da auto-importância e dos vícios ao passar pela gama 

de Mortes do Xamã. A qualidade que melhor define um xamã de verdade é o seu sentido de 

compaixão pelos caminhos que os outros ainda precisam trilhar, já que ele também 

atravessou o mundo subterrâneo das sombras e conhece diretamente a dor e o sofrimento 

envolvidos nesse processo".


A Morte do Xamã representa as diversas iniciações e provações pela qual passa o xamã em 

seu processo de aprendizado. São rituais que simbolicamente marcam a passagem pela 

morte de um dado aspecto da vida ou da personalidade. Esses rituais aparecem em várias 

culturas ameríndias e objetivam não somente a morte de determinados aspectos sombrios e 

batalhas interiores, como também o renascer para uma nova vida, ajuste de personalidade e 

autocontrole. Entregar-se à morte simbolicamente pode significar entregar-se às mudanças 

profundas que fazemos em nossas vidas, proporcionando um terreno fértil para o 

renascimento de novos aspectos mais positivos e produtivos. Abrir-se para as mudanças é 

também buscarmos a nossa cura pessoal e, conseqüentemente, a cura coletiva e do planeta.




Tatiana Menkaiká
terramistica.com

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