Aos
entrarmos nesta vida somos uma trindade de passado, presente e
futuro. Trazemos do passado uma bagagem de erros e acertos. Nossos
erros de vidas passadas estariam gravados naquilo que chamamos de
átomos registro dos corpos inferiores. Quando uma criança nasce, o
catolicismo lhe atribui um pecado original que ela traria do pecado
de seu pai Adão. Para nós, espiritualistas, o pecado original são
as bagagens negativas que trazemos de outras vidas.
Quanto
a bagagem positiva, a traríamos gravada num corpo superior chamado
Momentum (Algoides já trabalhado). A gravação que temos neste
corpo superior permanente teria sofrido já uma triagem para separar
e reter nele só aquilo, instintos, emoções e pensamentos que
estivessem em acordo ao nosso dharma (princípios
divinos) que favorecem a nossa evolução. Enfim, o que está sendo
trabalhado estaria retido nos átomos registros dos corpos
transitórios inferiores, e o que já está pronto,
trabalhado, está retido no corpo permanente superior, no
Momentum.
Quanto
ao presente, é aqui que entra nossos relacionamentos com os nossos
ancestrais. Recebemos deles nossos genes, nossos fatores
hereditários.
A
carga referente a nosso futuro, que trazemos, corresponde ao modelo
de perfeição individual que chamamos também de átomo crístico,
modelo que todos temos que alcançar, nossa meta futura a totalidade
do nosso Eu Sou, da nossa individualidade. Trazemos enfim uma
trindade de: bagagem cármica, fatores hereditários e arquétipo
individual cuja fonte original é o que chamamos de
centelha divina, Deus em nós.
Podemos
então afirmar que nossa colocação cármica familiar e racial nos
vai fornecer o instrumental físico, emocional e mental com que
trabalharemos nossos instintos, sentimentos e pensamentos. Nossos
corpos inferiores sendo então nossos instrumentos nos
dado pelos nossos antepassados, nossa parte genética. Nosso livre
arbítrio individual está portanto limitado tanto por uma bagagem
cármica como por uma carga genética.
Família
ancestral: grupo formador dos nossos fatores hereditários.
A gratidão à
antepassados, é importante em primeiro lugar porque este nosso
relacionamento com eles é regido pela lei da unicidade entre seres,
onde cada um auxilia o outro a evoluir. Se nós como indivíduos,
estamos por exemplo desenvolvendo o senso musical, será uma família
com uma constituição física nervosa apropriada, com uma
sensibilidade tanto física como emocional para sons que nos dará o
gene necessário para alcançá-lo. Se fossem as potências do
1º raio da governança do poder que estivermos desenvolvendo seremos
atraídos a grupos familiares cujos genes nos dê intrepidez,
audácia, liderança. A cada indivíduo será dado então
o gene ancestral que necessita para aquilo que está desenvolvendo no
momento de tornar a nascer. Os fatores hereditários nos ajudarão a
purificar aquela bagagem cármica que trazemos, transformando cada
erro na sua virtude correspondente. Isto é importante, prioridade de
entendermos em estudos sobre carma. Todos os erros possuem
uma virtude correspondente. Isto é, aonde está o nosso erro, ali
também está a energia de uma das nossas virtudes. É perguntado: se
um antepassado nos dá um gene que consideramos negativo,
como teimosia timidez, etc, deveríamos ser ainda assim agradecidos a
este antepassado? Sim porque seu gene está igualmente nos
beneficiando. O fator que alguém nos passa, chegamos a ele por uma
lei de afinidade, de atração por aquele tipo de energia que estamos
trabalhando. Vejam bem: em nossos estudos sobre energias
já ficamos sabendo que as energias se desenvolvem em graus.
Por exemplo, o ódio é o grau mais baixo da energia do amor. A
teimosia o grau mais baixo da persistência . São todos
apenas graus de uma mesma energia. Então, se no momento de
reencarnarmos estamos desenvolvendo a energia da humildade,
possivelmente seremos atraídos geneticamente a uma família que
sempre tiveram orgulho de seu nome e que por erros deixaram como
herança a seus filhos e netos apenas limitações financeiras. Até
podemos acusar um ancestral de não ter sabido preservar seus bens,
mas o que não sabemos é que estão inconscientemente nos ajudando a
alcançar aquilo que viemos desenvolver: a humildade. Chegamos ao
grupo familiar atraídos por qualquer resquício de
orgulho que há ainda em nós para transformar-lo em humildade.
Um
antepassado nosso dentro desta faixa de energia pode não
ter conseguido vencê-la, mas nós poderemos vencê-la.
Na
época dos Beatles, os jovens costumavam ir viver em pobreza,
renunciar a riqueza dos pais porque achavam que seus ancestrais a
tinham ganho ilicitamente ou explorando. Erravam. Eles teriam sido
atraídos ao grupo familiar para purificar a energia do dinheiro que
é uma energia de troca, de multiplicação, um bem divino. Quando
eles dessem um bom uso ao dinheiro eles não só
evoluiriam individualmente mas purificariam a egrégora familiar.
A
egrégora familiar é regida pela lei da unicidade entre os seres.
A
egrégora é um tipo de energia liberada por um grupo seja
familiar, racial, nacional. A egrégora atrai pessoas que estão
desenvolvendo um mesmo tipo de energia. É uma outra forma
de unicidade entre os seres. Por exemplo, o nosso próprio
grupo atrai pessoas cujo raio cria uma característica
grupal indêntica. Essa característica se torna a
egrégora grupal, seja ela formada
por devoção, disciplina, harmonia,
etc.
Todo
grupo familiar tem uma egrégora, também os países a
têm, e os antepassados fornecem o mesmo tipo de energia através dos
fatores legados.
Para
que a nossa individualidade vença a sua bagagem cármica negativa,
precisamos as vezes atrair fatores hereditários que nos
limitem. Em situações genéticas limitativas vamos viver uma
situação de polaridade entre o livre arbítrio de nossa
individualidade e o determinismo genético. Porém, certos
determinismos genéticos, nos limitando, vão nos fazer desenvolver
humildade, paciência, perseverança, solidariedade, etc.
Discordamos
de alguns astrólogos de linha determinista quando acham que
a conjunção de astros na hora do nascimento, seu mapa
astral determinará as tendências do homem, como ele agirá e será
em sua vida. Na verdade, as tendências do homem, aquilo que ele já
era antes de nascer é o que atrai e determina a conjunção de
astros que encontrará no seu nascimento. Seu mapa natal não
determina necessariamente como ele agirá dali para a frente. Seu
mapa natal é válido como uma ilustração reveladora do que ele
necessita trabalhar, sejam positividades ou negatividades. Seu livre
arbítrio individual impulsionando-o à evolução, jamais o deixaria
amarrado a um mapa natal. Também os fatores hereditários o ajudarão
a vencer e desenvolver o seu mapa natal. Do contrário, ele nunca
chegaria à meta futura, ao seu arquétipo.
Os
momentos mais difíceis para a nossa evolução são aqueles em que
nossas limitações são todas retiradas. São aqueles em que ficamos
em meio ao poder, ao renome, a lisonja, a riqueza. Por isso, se diz
que se passarmos pelo 1ºraio, a energia do poder, sem criar muito
carma negativo teremos conseguido a maior vitória em nossa evolução.
Porém, serão muitos os antepassados que nos darão esta
oportunidade de passar pelo raio do poder nos legando fatores
genéticos de intrepidez, liderança e vitalidade. As vezes isto
acontecendo, surpreendentemente, em situações sociais nada
propícias.
Hoje
a genética está sendo muito estudada, a teoria de alguns psicólogos
de que o homem é fruto de educação social já está mais fraca,
pois se está descobrindo a força dos genes em nós.
Nós e
os antepassados formamos na realidade uma grande corrente mútua
entre seres. A relação bagagem cármica e fatores genéticos é
bastante complexa pois só somos atraídos por
fatores que nos é possível atrair. As doenças hereditárias
geralmente são atraídas por uma fraqueza daquele que está nascendo
Então uma das diferenças entre o espiritualista de linha
reencarnacionista que dá ao homem já um passado e religiosos não
reencarnacionistas é esta: enquanto estes últimos dizem
que o gene determina o que o homem é, o primeiro diz que aquilo
que o homem já é na hora de seu nascimento é o que determina o
gene que receberá. Porque naturalmente os que não crêem
na reencarnação, não contam com a bagagem de outras vidas com a
qual o nascituro inicia uma vida.
A
contribuição de nossos antepassados não diz respeito apenas aquela
dada ao nosso corpo físico, mas principalmente através de dos
pensamentos, planos e ideais que nos legaram.
No
chamado inconsciente coletivo, grande força mental que liga os seres
pela força telepática, ali estão também os planos e idéias de
nossos antepassados, que eventualmente realizamos. Alguns
romances fantasiosos sobre reencarnações nos falam em almas
desencarnadas a fazerem, antes do nascimento, planos para se
encarnarem em determinada família para se vingarem de desafetos.
Tais fantasias estão em desacordo com os estudos esotéricos.
Segundo estes, o retorno dos desencarnados não se dá por escolha de
ninguém mas obedecem afinidades e atrações para com os grupos com
os quais irá conviver. Obedece o estagio evolutivo em que se
encontra no momento a nossa individualidade. As vezes, para completar
algum trabalho em algum raio ao qual pertença. No caso de missões o
ascencionado nasce num grupo genético a que pertence o seu raio.
Quando
alguém reencarna, ele entra na vida inocente, mesmo que na outra
encarnação haja sido um transgressor. No período de repouso da
morte, ele não retorna ao reencarne sem ter feito um intercâmbio
com sua centelha divina. Isto é bem ilustrado em ritos de
batismo quando é dito “Eis aqui a branca vestimenta dos
anjos, símbolo da pureza com que entrastes nesta vida”. Apenas
quando a criança começa a tomar posse de sua bagagem cármica, ele
começa a manifestar aquilo que entendemos por pecado original, volta
a ser o que era, entra naquilo que chamamos de ”noite da vida”,
mas auxiliado sempre pelos genes dos ancestrais.
Fonte:odespertardaespiritualidade.blogspot.com.br
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